sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

OMS destaca quedas como segunda principal causa de morte por lesão acidental ou não intencional no mundo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) chama a atenção para o facto de as quedas serem a segunda principal causa de morte por lesão acidental ou não intencional em todo o mundo, logo após os acidentes rodoviários.

Globalmente, as quedas são um problema de saúde pública, sendo que ocorrem cerca de 424 mil quedas fatais anualmente. Mais de 80% das mortes relacionadas com a queda ocorre em países de baixos e médios rendimentos. Em todas as regiões do mundo, as taxas de mortalidade são maiores entre os adultos com idade superior a 60 anos.

Embora não fatais, cerca de 37,3 milhões de quedas, por ano, são graves o suficiente para exigir atenção médica. A maior morbilidade ocorre em pessoas com mais de 65 anos, jovens adultos com idades entre os 15 e os 29 anos e crianças com 15 ou menos anos. Os custos financeiros associados às lesões relacionadas com quedas são substanciais.
Embora qualquer pessoa que caia corra o risco de ficar com lesões, a idade, o sexo e a saúde do indivíduo podem afectar o tipo e a gravidade dos ferimentos.
Idade

*A idade é um dos principais factores de risco no que toca a quedas. As pessoas mais velhas têm um risco maior de morte ou lesões graves decorrentes de uma queda e o risco aumenta com a idade. Este nível de risco pode ser, em parte, devido a alterações físicas, sensoriais e cognitivas associadas ao envelhecimento, em combinação com ambientes que não estão adaptados para o envelhecimento da população;

*Outro grupo de alto risco são as crianças. Quedas na infância ocorrem, em grande parte, como resultado das suas fases de desenvolvimento, curiosidade inata e níveis crescentes de independência que coincidem com comportamentos mais desafiadores.

Género

*Em todos os grupos etários e regiões, ambos os sexos correm o risco de quedas. Em alguns países, verificou-se que os homens são mais propensos a morrer de uma queda, enquanto as mulheres sofrem mais quedas não fatais. As mulheres mais velhas e as crianças mais jovens são especialmente propensas a quedas e lesões mais graves.

Outros factores de risco

*Profissões que implicam alturas elevadas ou outras condições de trabalho perigosas;

*Uso de álcool ou outras substâncias;

*Factores socioeconómicos, incluindo a pobreza, habitação sobrelotada, situações monoparentais, maternidade em idades jovens;

*Condições médicas subjacentes, nomeadamente neurológicas, cardíacas ou outras condições incapacitantes;

*Efeitos colaterais da medicação, sedentarismo e perda de equilíbrio, especialmente entre os idosos;

*Pouca mobilidade, cognição e visão, sobretudo entre aqueles que estão institucionalizados;

*Ambientes inseguros, especialmente para aqueles com pouco equilíbrio e visão limitada.
De acordo com a OMS, as estratégias de prevenção das quedas devem ser abrangentes e multifacetadas e enfatizar a educação, formação, criação de ambientes mais seguros, dando prioridade à investigação relacionada com a queda e a definição de políticas eficazes para reduzir o risco.

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