segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Consumo moderado de vinho tinto diminui risco de cancro da mama

O consumo moderado de vinho tinto diminui o risco de desenvolvimento de cancro da mama, sugere um estudo publicado no “Journal of Women's Health”.

Este estudo contradiz, em parte, a crença generalizada de que o consumo de todos os tipos de bebidas alcoólicas aumenta o risco das mulheres desenvolverem cancro de mama, pois o álcool aumenta os níveis de estrogénio, que por sua vez, estimula o crescimento das células tumorais.

De acordo com a American Cancer Society, existem, todos os anos nos EUA, mais de 230 mil novos casos de cancro da mama. Aproximadamente 39.000 mulheres morreram em 2011 devido a este tipo de cancro.

Para este estudo os investigadores do Cedars-Sinai Medical Center, nos EUA, contaram com a participação de 36 mulheres em idade pré-menopausica, que foram divididas em dois grupos distintos: um bebeu durante um mês cerca de 250 ml de vinho tinto, enquanto o outro grupo bebeu a mesma quantidade de vinho branco. Ao fim deste tempo as mulheres trocaram de grupo, ou seja, as mulheres que tinham consumido vinho tinto durante o primeiro mês começaram a beber vinho branco e o segundo grupo vinho tinto. Foram colhidas, duas vezes por mês, amostras de sangue a cada participante para medir os níveis hormonais.

Os investigadores tinham por objetivo determinar se o vinho tinto conseguia mimetizar os efeitos dos inibidores da aromatase, os quais têm um papel importante na manutenção dos níveis de estrogénio. Atualmente estes inibidores são utilizados no tratamento do cancro da mama.

Os investigadores constataram que os químicos presentes na pele e nas grainhas das uvas vermelhas diminuíram, ligeiramente, os níveis de estrogénio e aumentaram os níveis de testosterona. Os investigadores revelaram que as alterações nos padrões hormonais sugerem que o vinho tinto pode impedir o crescimento das células cancerosas, tal como tem sido demonstrado em estudos in vitro.


Um dos co-autores do estudo, Glenn D. Braunstein, revelou que estes resultados não significam que o consumo de vinho branco aumente o risco de desenvolvimento de cancro da mama, mas as uvas utilizadas neste tipo de vinho não apresentam os mesmos elementos protetores que os encontrados nas uvas vermelhas.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/consumo-moderado-de-vinho-tinto-diminui-risco-de-cancro-da-mama?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20120116)

Estatinas aumentam risco de diabetes nas mulheres idosas

A toma de estatinas pelas mulheres idosas aumenta o risco de desenvolvimento de diabetes, de acordo com um estudo publicado nos “Archives of Internal Medicine”.

Contudo, os investigadores salientam que estes resultados não são uma razão para alterar as atuais diretrizes para a utilização de fármacos nas pessoas que têm ou não diabetes. As estatinas são muitas vezes prescritas para baixar os níveis de colesterol no sangue, ajudando desta forma a evitar o aparecimento doenças cardíacas ou a sua progressão. Por outro lado, a diabetes é considerada um fator de risco cardiovascular.

Para este estudo, os investigadores da University of Massachusetts Medical School, nos EUA, contaram com a participação de 153.840 mulheres que tinham uma média de 63,2 anos e que não sofriam de diabetes. Em 1993, no início do estudo, 7,04% das participantes revelaram estar a tomar estatinas.

Os investigadores verificaram que, em 2005, 10.200 mulheres tinham desenvolvido diabetes tipo 2 e que a toma de estatinas estava associada ao maior risco destas mulheres desenvolverem esta doença. Os investigadores verificaram que, em comparação com as participantes que não tomavam estatinas, as que tomavam tinham um risco de cerca de 1,5 vezes maior de desenvolver diabetes. Este risco foi associado a qualquer tipo de estatinas utilizadas e permaneceu mesmo após os investigadores terem tido em consideração algumas potenciais variáveis como, a idade, excesso de peso e história familiar.

Para já os investigadores ainda não conseguem explicar esta associação. “É uma área que ainda está sob análise”, revelou a primeira autora do estudo, Annie Culver. “As estatinas podem afetar o modo como o organismo gere a resposta à insulina e glicose”, acrescentou a investigadora.

De acordo com os investigadores é necessário prestar mais atenção às medidas que podem diminuir o risco da diabetes ou as que podem ajudar a gerir esta doença, no caso de esta já se ter desenvolvido. Manter um peso corporal saudável, adotar uma dieta saudável e praticar exercício físico com regularidade são medidas que podem ajudar.

Se uma mulher idosa necessitar de tomar estatinas para reduzir o risco de enfarte agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral, este estudo não deve dissuadi-la pois estes resultados são observacionais, refere Spyros Mezitisum, um endocrinologista do Lenox Hill Hospital, em Nova Iorque, EUA.

Contudo, Spyros Mezitisum acrescenta que o médicos deveriam tentar manter as doses de estatinas o mais baixas possíveis. E as mulheres com ou sem diabetes que estão a tomar estatinas deveriam monitorizar regularmente os seus níveis de colesterol e de glucose.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/estatinas-aumentam-risco-de-diabetes-nas-mulheres-idosas?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20120116)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

“Locomoção Adaptativa e Inteligente”

Investigação realizada por uma equipa de investigação da Universidade do Minho

Investigadores da Universidade do Minho (UM) estão a desenvolver, em robôs, próteses que se comportem com um membro original.

“Uma das aplicações futuras passa pela criação de próteses e membros artificiais mais naturais, contribuindo para a mobilidade, autonomia e reabilitação de pessoas com membros amputados”, refere, à agência Lusa a coordenadora do projeto, Cristina Peixoto Santos.

A inovação deste projeto está em integrar controladores biológicos no modelo, conferindo aos robôs um padrão de movimento mais natural e menos robótico e uma capacidade de se adaptarem ao meio em que se movem.

O objetivo do trabalho intitulado “Locomoção Adaptativa e Inteligente” é a programação de robôs para que, de forma autónoma, tomem decisões, através de uma arquitetura, que reproduz o que se passa no sistema nervoso humano.

Neste projeto de investigação, que conta com a colaboração do Instituto Superior de Engenharia do Porto, desenvolve-se a arquitetura de controlo da locomoção de robôs quadrúpedes, que lhes permitirá lidarem com ambientes desconhecidos, sendo capazes de criar alternativas no seu percurso, perante diferentes tipos de terreno e obstáculos.

A aplicação deste trabalho parte dos modelos biológicos, procurando replicar a resposta do sistema nervoso a problemas de controlo.“A originalidade do software de controlo reside na capacidade de aprendizagem, que permite que o robô assimile situações já experienciadas de forma a não repetir o mesmo erro”, revela Cristina Santos. A investigação será depois transposta para os humanoides.

Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/%E2%80%9Clocomocao-adaptativa-e-inteligente%E2%80%9D?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20120109)

Fato sem fios avalia desempenho dos nadadores

Estudo da Universidade do Minho

A Universidade do Minho está envolvida na criação de um fato sem fios que permitirá aos nadadores de alta competição avaliar, em tempo real, os diversos parâmetros biométricos e o seu desempenho, revela uma notícia avançada pela agência Lusa.

Este fato inovador é constituído por sensores eletrónicos e têxteis integrados. O fato irá conter cerca de 20 sensores que serão colocados em zonas estratégicas, para se analisar parâmetros biomecânicos, fisiológicos e de desempenho do nadador, como ritmo cardíaco, atividade muscular, acelerações dos membros, pressão palmar, temperatura timpânica, frequência respiratória e a posição do nadador.

“A medição de parâmetros na água era feita, de um modo geral, recorrendo a transmissão de dados baseada em fios, devido à quantidade de informação a transmitir. Por outro lado, a maior parte dos sensores é fixada através de fortes adesivos, envolvendo uma preparação morosa”, referiu, em comunicado de imprensa o coordenador do projeto, André Catarino.

Assim, os investigadores pensaram “em algo fácil de vestir, sem fios ligados ao exterior e que incomode o menos possível”, mantendo uma compressão no corpo semelhante aos fatos de competição.

Os dados do treino serão enviados, em tempo real, por um sistema sem fios e simultaneamente guardados em memória para posterior análise . Assim, o treinador pode analisar os dados e aumentar o desempenho do atleta, bem como aperceber-se de sinais de fadiga extrema e de alerta.

De acordo com o investigador do Centro de Ciência de Engenharia Têxtil da Universidade do Minho o equipamento poderá posteriormente ser aplicado noutros desportos e áreas, desde a saúde ao lazer.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/fato-sem-fios-avalia-desempenho-dos-nadadores?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20120109)
Qualidade da relação mãe filho associada à obesidade na adolescência

Estudo será publicado na revista “Pediatrics”

A qualidade emocional da relação entre uma mãe e o seu filho pode afetar o desenvolvimento da obesidade da criança durante a adolescência, dá conta um estudo que irá ser publicado em janeiro na revista científica “Pediatrics”.

Para o estudo, os investigadores Ohio State University, nos EUA, analisaram os dados de 977 indivíduos que tinham participado no Study of Early Child Care and Youth Development , um projeto da Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development. A amostra incluía várias famílias, de nove estados dos EUA, que tinham tido filhos nascidos em 1991.

Os investigadores analisaram detalhadamente as caraterísticas da relação entre as mães e os seus filhos em três momentos distintos: quando as crianças tinham 15, 24 e 36 meses. Um dos parâmetros analisados foi a sensibilidade materna, a qual se refere à capacidade da mãe em reconhecer o estado emocional dos seus filhos, respondendo com conforto, consistência e carinho. Por outro lado, os investigadores também observaram a segurança emocional da criança para com as suas mães. Com base nestes dois parâmetros os investigadores, liderados por Sarah Anderson, desenvolveram uma escala para avaliação da qualidade do relacionamento materno-infantil.

Quando as crianças atingiram os 15 anos de idade foi calculado o seu índice de massa corporal, o qual foi convertido em percentis de acordo com a idade e sexo da criança.

O estudo revelou que quanto mais baixa era a qualidade da relação, a qual teve em conta a segurança emocional da criança e a sensibilidade da mãe, maior era o risco da criança ficar obesa aos 15 anos. Os investigadores verificaram que, entre as crianças que tinham uma relação emocional de baixa qualidade com as suas mães, mais de um quarto ficaram obesos na adolescência, em comparação com 13% dos adolescentes que tiveram uma melhor relação.

Este estudo sugere que as áreas do cérebro que controlam as emoções e as respostas ao stress, bem como o equilíbrio do apetite e de energia, podem trabalhar em conjunto para influenciar a probabilidade de uma criança ficar obesa.

Os investigadores sugerem que esta associação, entre as experiências vividas em criança e a obesidade na adolescência, pode ter origem no cérebro. O sistema límbico do cérebro controla a resposta ao stress, bem como o ciclo de sono /vigília, a fome e a sede, e uma variedade de processo metabólicos, principalmente através da regulação de hormonas.

Em vez de culpar os pais pela obesidade infantil, os investigadores revelam que estas descobertas sugerem que a prevenção da obesidade infantil deve ter em conta estratégias para melhorar o vínculo mãe-filho e não se concentrar exclusivamente na alimentação e exercício.

Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/qualidade-da-relacao-mae-filho-associada-a-obesidade-na-adolescencia?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20120109)