segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Porque é que as enxaquecas afetam mais as mulheres?
Estudo publicado na revista “Frontiers in Molecular Biosciences”
Um estudo poderá ter descoberto o potencial mecanismo que faz com que as mulheres sejam mais afetadas pelas enxaquecas do que os homens.
 
Segundo a equipa de investigadores que conduziu o estudo, da Universidade Miguel Hernández em Espanha, as hormonas sexuais afetam as células que rodeiam o nervo do trigémeo e os vasos sanguíneos na cabeça, com estrogénios, fazendo com que as células desencadeiem as enxaquecas.
 
Os níveis mais elevados de estrogénios encontram-se em mulheres em idade reprodutiva.
 
Antonio Ferrer-Montiel e equipa analisaram várias décadas de estudos sobre hormonas sexuais, sensibilidade às enxaquecas e as respostas celulares aos fatores que desencadeiam as enxaquecas para procurarem identificar a função de hormonas específicas.
 
Os investigadores descobriram que algumas hormonas, como a testosterona por exemplo, parecem oferecer proteção contra as enxaquecas. Outras hormonas, como a prolactina, parecem, pelo contrário, agravar as enxaquecas.
 
“Podemos observar diferenças significativas, no nosso modelo de enxaquecas experimental, entre homens e mulheres e estamos a tentar perceber os correspondentes moleculares responsáveis por essas diferenças”, explicou Antonio Ferrer-Montiel.
 
Ao que parece, este efeito resulta do facto de as hormonas tornarem os canais iónicos das células mais ou menos vulneráveis aos fatores que desencadeiam as enxaquecas. Os canais iónicos controlam as reações celulares a estímulos externos.
 
Embora sejam necessários muitos mais estudos sobre as funções de algumas hormonas, o estrogénio evidenciou-se como sendo essencial para perceber a ocorrência das enxaquecas. A hormona foi inicialmente identificada como fator devido à maior prevalência de enxaquecas na altura da menstruação e à associação de alguns tipos de enxaqueca às alterações hormonais relacionadas com o período menstrual. 
 
Apesar de este trabalho ser preliminar, revela-se promissor para se desenvolver medicação personalizada para tratar as enxaquecas.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/porque-e-que-as-enxaquecas-afetam-mais-as-mulheres?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20180820)
Descoberta a razão que leva os bebés a mexerem-se no útero
Estudo publicado na revista “Development”
Cientistas descobriram a razão que leva os bebés a mexerem-se dentro o útero, segundo um estudo divulgado pela agência Lusa.
 
Segundo os investigadores do Trinity College, em Dublin, Irlanda, algumas interações moleculares fundamentais são estimuladas pelo movimento, orientando as células e os tecidos do embrião para construírem um esqueleto robusto e também maleável.
 
Caso um embrião não se movesse, perder-se-ia um sinal vital, o que poderia levar ao desenvolvimento de ossos frágeis e articulações anormais.
 
Segundo o estudo, as células do embrião recebem precocemente sinais biológicos que são orientadas para diferentes tipos de tecidos e de locais.
 
Assim, as células do embrião são direcionadas para tomar a decisão de formar osso ou cartilagem, dependendo de onde se encontrem. Por exemplo, alguns ossos precisam de material forte e resiliente para proteger e apoiar o corpo, enquanto as articulações como joelhos ou cotovelos necessitam de maleabilidade para serem movimentadas.
 
A comunidade científica já conhece bem os sinais que direcionam as células para construir o osso, mas sabe muito menos sobre a formação da cartilagem na articulação.
 
Atualmente, o tratamento clínico para a degeneração articular é a substituição das articulações, o que melhora a qualidade de vida de muitas pessoas, mas envolve cirurgia invasiva e não é uma solução permanente.
 
Segundo os investigadores, se for possível compreender melhor como o embrião forma a cartilagem articular, estar-se-á mais perto de encontrar formas de regenerar a cartilagem das células.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/descoberta-a-razao-que-leva-os-bebes-a-mexerem-se-no-utero)
Projeto para emprestar berços ecológicos a bebés quer "nascer" em Évora
O Banco de Berços (BaBe) é inspirado num modelo finlandês
O empréstimo de um berço ecológico a todos os bebés que nasçam no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), durante os primeiros quatro meses de vida, está na génese de um projeto lançado por duas amigas.
 
Os berços serão produzidos através de "impressão em 3D" e com "recurso a materiais renováveis", nomeadamente "fibras celulósicas com origem em restos alimentares", explicou à agência Lusa Maria João Rasga, uma das promotoras da iniciativa.
 
"Além de ser uma componente mais facilmente degradável no futuro, estamos a incutir também um pouco de educação ambiental neste projeto e, assim, sensibilizar as pessoas para as questões da diminuição da pegada ecológica", assinalou.
 
Por outro lado, a promotora do projeto sustentou que, a concretizar-se, será uma "medida igualitária", por ser destinada a todos os bebés, "independentemente da condição socioeconómica da mãe".
 
Inspirado no modelo finlandês, o denominado Banco de Berços (BaBe) pretende entregar a todos os bebés que nasçam na maternidade do HESE um berço que terá de ser devolvido ao fim de quatro meses para que outros recém-nascidos o possam usar.
 
Além do berço ecológico, o 'kit' a entregar é constituído também por um colchão com a forra de cortiça, material "autóctone do Alentejo", enxoval para a criança, roupa interior para a mãe, um tapete de atividades e um livro.
 
Maria João Rasga estimou que sejam necessários cerca de 300 berços ecológicos, tendo em conta que nascem no HESE cerca de 1.200 bebés por ano, frisando que, numa primeira fase, serão criados apenas 30 para perceber a aceitação das mães.
 
Promovido por Maria João Rasga e Anisa Shahidian, o BaBe, com um orçamento estimado de 200 mil euros, é uma das propostas apresentadas ao Orçamento Participativo Portugal (OPP) de 2018, estando em processo de votação até ao final de setembro.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/projeto-para-emprestar-bercos-ecologicos-a-bebes-quer-nascer-em-evora?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20180813)
Dieta pobre em proteínas na gravidez aumenta risco de cancro da próstata nos filhos
Estudo publicado na “The Journals of Gerontology: Series A”
Os filhos de grávidas que tenham tido uma alimentação pobre em proteínas durante a gestação e lactação, apresentam uma propensão significativamente superior para cancro da próstata, à medida que envelhecem.
 
Este achado resultou de um ensaio conduzido sobre ratazanas, por uma equipa de investigadores do Instituto de Biociências da Universidade Estadual de São Paulo, Brasil.
     
“Os nossos estudos anteriores demonstraram que a exposição intrauterina a uma alimentação de baixas proteínas afeta o desenvolvimento da próstata. O nosso estudo mais recente prova que este efeito pós-natal observado aumenta a incidência de doenças na próstata quando os indivíduos em causa ficam mais velhos”, observou Luís Justulin, principal investigador do estudo.
 
O modelo usado pela equipa consistiu em alimentar ratazanas fêmea prenhes com uma dieta que continha apenas 6% de proteínas. As ratazanas de laboratório são normalmente alimentadas com uma dieta com 17 a 23% de proteínas. Luís Justulin explicou que o teor mínimo de proteínas que os ratos devem consumir para terem uma gravidez de termo sem problema é, segundo estudos, de 12%.
 
Os ratos foram divididos em três grupos. Um grupo de controlo recebeu a dieta habitual durante a gestação, com pelo menos 17% de proteínas, incluindo o período de lactação de 21 dias, após o qual as crias receberam a dieta habitual. Não se registaram casos de cancro da próstata neste grupo, 540 dias após o nascimento, quando os roedores foram considerados idosos.
 
O segundo grupo recebeu uma dieta com 6% de proteínas durante a gravidez e a dieta habitual durante o período de lactação. 540 dias após o nascimento, 33% dos machos tinham desenvolvido cancro da próstata. 
 
O terceiro grupo recebeu uma dieta pobre em proteínas durante a gravidez e lactação, tendo 50% das crias do sexo masculino desenvolvido a doença na idade idosa.
 
Apesar de os investigadores terem detetado alterações neoplásicas com o potencial de se tornarem cancro, a doença só se desenvolveu nos roedores expostos às dietas de poucas proteínas durante o período de gestação.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/dieta-pobre-em-proteinas-na-gravidez-aumenta-risco-de-cancro-da-prostata-nos-filh?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20180813
O perigo de consumir apenas bebidas vegetais em vez de leite e produtos lácteos
Estudo publicado na “British Journal of Nutrition”
Os consumidores de bebidas vegetais substitutas do leite poderão correr o risco de sofrerem de insuficiência de iodo, atestou um novo estudo.
 
O iodo é necessário para a produção de hormonas da tiroide e é muito importante na gravidez pois é fundamental para o desenvolvimento do cérebro do feto. Estudos anteriores demonstraram que a falta de iodo durante a gravidez foi associada a um coeficiente de inteligência (QI) inferior na criança, bem como em dificuldades com a leitura na infância.
 
O estudo efetuado por uma equipa de investigadores da Universidade de Surrey, Inglaterra, analisou a composição de 47 bebidas alternativas ao leite, que incluíam bebidas de soja, arroz, amêndoas, coco, aveia e cânhamo e comparou-as com o leite de vaca. Foram excluídas as bebidas direcionadas a bebés e crianças.
 
A equipa descobriu que a maioria das bebidas vegetais alternativas ao leite não possuíam os níveis adequados de iodo, com níveis de concentração de iodo de cerca de 2% dos do leite de vaca.
 
Considerando que o leite de vaca e laticínios são a fonte principal de iodo através da alimentação no Reino Unido, estes resultados demonstram que as bebidas vegetais não constituem uma alternativa adequada para o leite de vaca.
 
“Muitas pessoas não têm noção da necessidade deste mineral vital da alimentação e é importante que as pessoas que consomem bebidas alternativas ao leite fiquem conscientes que não estarão a substituir o iodo do leite de vaca que é a maior fonte de iodo no Reino Unido. Isto torna-se particularmente importante para as mulheres grávidas ou as que planeiam uma gravidez”, disse Margaret Rayman, uma das investigadoras deste estudo.
 
“Um copo de bebida alternativa ao leite apenas fornece cerca de 2 mcg de iodo, o que é uma proporção muito pequena da dose diária recomendada de 150 mcg/dia. Na gravidez essa recomendação sobe para 200 mcg/dia”.
 
“O que preocupa é que a maioria das bebidas alternativas ao leite não são fortificadas com iodo e o teor de iodo das mesmas é muito baixo. Se evitarem o leite ou os produtos lácteos, os consumidores precisam de assegurar-se que recebem o iodo de outras fontes alimentares, sempre que possível”. 
 
Fonte - ERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/o-perigo-de-consumir-apenas-bebidas-vegetais-em-vez-de-leite-e-produtos-lacteos)
Parque aquático devolve sorrisos a crianças com necessidades especiais
Unidade pertence ao Kastelo
O Kastelo, unidade de cuidados continuados e paliativos pediátricos em Matosinhos, inaugurou um parque aquático para crianças com necessidades especiais para as ajudar na reabilitação e estimulação sensorial, mas sobretudo para lhes proporcionar “experiências únicas e devolver sorrisos”.
 
“Hoje fez-se história porque crianças ligadas a um ventilador têm, a partir de agora, a oportunidade única de estar num parque aquático e sentirem-se iguais a crianças consideradas saudáveis”, disse à Lusa a diretora técnica, Teresa Fraga.
 
Falando num equipamento único na Europa e o segundo a nível mundial, depois de em 2017 ter inaugurado um semelhante no Texas, nos EUA, a responsável afirmou que “a sua importância na vida das crianças é incalculável, este parque tem sido o delírio dos meninos e das meninas”.
 
O parque, nas traseiras do edifício principal, está rodeado de um enorme jardim e de uma quinta, tendo ainda um “cantinho das memórias”, onde são lembrados os “príncipes e princesas” do Kastelo que “já partiram”, referiu a diretora técnica.
 
As melhorias apresentadas por algumas crianças surpreenderam os profissionais que as acompanham, ressalvou a terapeuta ocupacional, Raquel Pereira, acrescentando que “um ou dois casos beneficiaram imenso com o parque em pouco tempo”.
 
A fisioterapeuta Diana Palhas que, diariamente, trabalha com as crianças na água fala numa enorme melhoria no seu desenvolvimento psicomotor.
 
Fazendo toda a diferença a nível da reabilitação, os “príncipes e princesas” do Kastelo ficam mais calmos, interativos e alegres na água, permitindo-lhe uma maior estimulação sensorial do que apenas os trabalhos feitos em sala, avançou.
 
Criada em 2006 pela Associação NoMeioDoNada para apoiar crianças que somavam meses nos hospitais do Porto, o Kastelo foi a primeira unidade de cuidados paliativos pediátricos da Península Ibérica.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/parque-aquatico-devolve-sorrisos-a-criancas-com-necessidades-especiais)
A exposição a ecrãs prejudica a visão das crianças?
Estudo publicado na revista “Ophthalmology”
Uma equipa de investigadores descobriu mais factos que sustentam a teoria de os ecrãs, e também os livros físicos, estarem por trás do aumento de miopia que se tem verificado globalmente.
 
Os investigadores apuraram ainda que passar mais tempo ao ar livre, especialmente durante a pequena infância, pode fazer desacelerar a progressão da miopia.
 
À medida que as crianças passam cada vez mais tempo em frente a ecrãs de computador, jogos de vídeo, televisão e outros dispositivos, aumenta também a preocupação sobre os potenciais efeitos nocivos dessas atividades sobre o desenvolvimento da sua visão.
 
Os oftalmologistas têm, efetivamente, verificado um aumento significativo na secura ocular e vista cansada em crianças, que são produto da exposição dos olhos a ecrãs.
 
Só nos EUA, a incidência de miopia quase duplicou desde 1971 e na Ásia até 90% dos adolescentes e adultos são míopes! O que exatamente se está a passar é objeto de controvérsia entre a classe dos cientistas. 
 
Não se sabe se este aumento global na incidência de miopia é devido ao facto de as pessoas estarem muito tempo com ecrãs, se à luz que interage com o nosso ritmo circadiano influenciando o crescimento ocular, ou se nenhum destes fatores.
 
A pergunta que se coloca depois é se o esforço ocular devido à interação digital pode causar danos permanentes. Este esforço pode, com efeito, causar secura e cansaço ocular, visão turva e dores de cabeça nas crianças. Embora estes sintomas sejam tipicamente temporários, poderão ser frequentes e persistentes.
 
No entanto, não significa que as crianças necessitem de óculos de ler ou para usar ao computador. Significa, sim, que necessitam de uma pausa. 
 
“Se corremos demasiado e as nossas pernas começam a doer, paramos. Da mesma forma, se estivermos estado a ler demasiado tempo ou a ver vídeos durante demasiado tempo e os nossos olhos começarem a doer, devíamos parar”, considerou David Epley, porta-voz da Academia Americana de Oftalmologia, EUA. 
 
“Prefiro ensinar às crianças melhores hábitos, em vez de lhes fornecer uma bengala, como óculos de ler que lhes permitirão consumir ainda mais media”, rematou. 
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/a-exposicao-a-ecras-prejudica-a-visao-das-criancas?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20180813)
Excesso de peso em jovens pode afetar saúde cardíaca posteriormente
Estudo publicado na revista “Circulation”
O excesso de peso, mesmo quando se é jovem, pode prejudicar a estrutura e função cardíaca, conduzindo a doenças cardíacas numa altura posterior da vida, atestou um novo estudo.
 
Conduzido por investigadores liderados por Kaitlin Wade, da Faculdade de Medicina da Universidade de Bristol, Reino Unido, o estudo apurou que possuir um índice de massa corporal (IMC) quando se é jovem adulto pode causar hipertensão e a dilatação do músculo cardíaco. 
 
Para este estudo, os investigadores procuraram encontrar uma relação de causa e efeito entre os comportamentos relacionados com o estilo de vida ou fatores de risco e as doenças cardíacas.
 
Foram usados três tipos diferentes de análises genéticas para procurar identificar evidências do IMC como causador de diferenças específicas em medições cardiovasculares. A equipa contou ainda com dados sobre milhares de jovens saudáveis com 17 e 21 anos de idade que tinham participado noutro estudo da Universidade de Bristol.
 
Como resultado, os investigadores apuraram que um maior IMC causava tensão arterial sistólica e diastólica mais elevada e a dilatação do ventrículo esquerdo (a câmara principal de bombeamento do coração).
 
“O alargamento das paredes das veias é largamente considerado como sendo o primeiro sinal de aterosclerose, uma doença na qual as placas de gordura se acumulam nas artérias e conduzem a doenças cardíacas. No entanto, os nossos achados sugerem, que os IMC mais elevados causam alterações na estrutura cardíaca dos jovens que poderá preceder alterações nos vasos sanguíneos”, comentou Kaitlin Wade.
 
A investigadora concluiu, portanto, que “os nossos resultados suportam esforços de redução do índice de massa corporal para um nível normal, saudável desde cedo para prevenir doenças cardíacas mais tarde”. 
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/excesso-de-peso-em-jovens-pode-afetar-saude-cardiaca-posteriormente?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20180806)