segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Cesarianas antes das 39 semanas triplicam internamentos de recém-nascidos

Estudo publicado na mais recente edição da Acta Médica Portuguesa
 
As cesarianas realizadas antes das 39 semanas, muitas por conveniência, triplicaram os internamentos de recém-nascidos, de acordo com uma análise a mais de três mil bebés feita ao longo de uma década na maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra.
 
De uma amostra de 3.213 recém-nascidos, a investigação realizada entre 2003 e 2013 mostrou que quase metade nasceu de cesariana eletiva antes das 39 semanas.
 
Segundo o estudo publicado na mais recente edição da Acta Médica Portuguesa, ao qual a agência Lusa teve acesso, estes recém-nascidos por cesariana marcada antes das 39 semanas tiveram mais internamentos na unidade de cuidados intensivos, mais morbilidade respiratória, mais hipoglicémia e mais internamentos com duração acima dos cinco dias.
 
“A cesariana eletiva, sem indicação médica, antes das 39 semanas tem riscos associados e potencia muito a necessidade de internamento dos bebés em cuidados intensivos”, disse à agência Lusa a neonatologista Cristina Resende, uma das autoras da investigação.
 
Com este estudo, Cristina Resende refere que se veio comprovar o que empiricamente já era a ideia da comunidade médica: as cesarianas sem recomendação médica aumentam as complicações e as necessidades de cuidados suplementares.
 
Além de triplicarem os internamentos, os autores do estudo identificaram um aumento de 160% no diagnóstico de dificuldades alimentares e perda de peso excessiva nos recém-nascidos por cesariana de conveniência, além de uma duplicação da necessidade de fototerapia por icterícia.
 
De acordo com Cristina Resende, a situação das cesarianas combinadas com a doente, por conveniência, antes das 39 semanas de gravidez, tem melhorado na maternidade Bissaya Barreto, que é analisada no estudo, nos últimos cinco anos.
 
Contudo, a neonatologista reconhece que, a nível nacional, ainda há algum facilitismo nos partos induzidos ou programados por conveniência entre médico e doente.
 
“Não se deve antecipar o fim da gestão por conveniência. É importante que as grávidas percebam que uma semana de diferença numa gravidez é uma grande diferença. Se tudo estiver bem, o bebé deve ser deixado onde está até ao fim natural da gravidez”, afirmou, lembrando que, no entanto, há condições clínicas que impõem a necessidade de uma cesariana.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/cesarianas-antes-das-39-semanas-triplicam-internamentos-de-recem-nascidos?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20151123

domingo, 15 de novembro de 2015

Mais de metade da população com 18 ou mais anos tinha excesso de peso - 2014 

 
 
Em 2014, mais de metade (52,8%) da população com 18 ou mais anos, tinha excesso de peso (50,9% há uma década). O aumento da obesidade foi o mais expressivo, tendo afetado principalmente as mulheres e a população com idades entre 45 e 74 anos.
Aumentou o número de pessoas com doenças crónicas. 1/3 da população com 15 ou mais anos referiu ter dores lombares crónicas. Os sintomas de depressão afetam mais as mulheres e a população reformada. 

Cerca de 75% da população com 15 ou mais anos consultou um médico de medicina geral e familiar. Na última década, aumentaram significativamente as visitas anuais ao dentista (de 7,2% para 13,3%).

A percentagem de pessoas que referiram consumir medicamentos prescritos por um médico aumentava acentuadamente com a idade, sendo mencionado por mais de 90% da população acima de 65 anos.

A proporção da população fumadora (20,0%) manteve-se estável face a 2005/2006 (20,9%), observando-se todavia uma diminuição de quase 2 p.p. no número de pessoas que fumam diariamente.

Quase 35% da população com 15 ou mais anos consumia bebidas alcoólicas diariamente.

O Instituto Nacional de Estatística, em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, efetuou, em 2014, o Inquérito Nacional de Saúde (INS 2014) em todo o território nacional.

O objetivo principal é caracterizar a população residente com 15 ou mais anos em três grandes domínios: estado de saúde, cuidados de saúde e determinantes de saúde relacionadas com estilos de vida. O INS 2014 é harmonizado e regulamentado a nível europeu (Regulamento UE n.º 141/2013), permitindo a comparação internacional dos resultados.

Foram, ainda, incluídas questões de cariz nacional com vista a obter dados sobre temáticas relevantes para a caracterização do estado de saúde da população (nomeadamente a saúde reprodutiva, o consumo de alimentos, a satisfação com a vida e a incapacidade de longa duração) e a comparabilidade com os dados do 4.º INS de 2005/2006.

Assim, neste destaque, os dados de 2014 são, sempre que possível, comparados com os do 4.º INS, então realizado por iniciativa nacional, com questões comuns ao inquérito atual.

Fonte - http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/ComInf/Noticias/Paginas/INS2014.aspx

Diabetes autorreferida aumentou em Portugal 

 
 
Em 2005, data de realização do 4º Inquérito Nacional de Saúde (INS), a proporção da população com 15 e mais anos que referiu sofrer de diabetes situava-se em 7,7%, sendo a proporção de mulheres (8,3%) superior aos homens (7%). No INS de 2014, a proporção desta mesma população com diabetes autorreferida subiu para 9,3%, não se registando grande diferença entre homens e mulheres (9,4 e 9,3, respetivamente).

Verifica-se assim que, entre 2005 e 2014, ocorreu um aumento da proporção da população que refere sofrer de diabetes e que esse aumento aconteceu sobretudo no sexo masculino. Segundo a coordenadora do INS, Mariana Neto, esta subida da prevalência deve, no entanto, ser analisada com alguma ponderação.

"Mais do que refletir o aumento conhecido dos novos casos de diabetes, estes valores da prevalência traduzem essencialmente uma melhoria no diagnóstico desta doença, em resultado das medidas implementadas através do Programa Nacional para a Diabetes e do acesso aos cuidados de saúde, nomeadamente aos cuidados de saúde primários", refere a especialista do Instituto Ricardo Jorge.

A diabetes mellitus é uma doença metabólica em que o organismo não produz insulina suficiente e/ou é resistente à sua ação, caracterizando-se por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue. Quando não diagnosticada e convenientemente tratada, a doença pode causar complicações muito graves, tais como problemas do funcionamento dos rins, com insuficiência renal, e problemas de visão, com cegueira. As alterações que provoca nos sistemas circulatório e nervoso podem provocar também lesões muito graves dos pés que podem levar a amputações.

O INS 2014 foi realizado em conjunto pelo Instituto Nacional de Estatística e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em todo o território nacional. O principal objetivo deste Inquérito é caracterizar a população em três grandes domínios: estado de saúde, cuidados de saúde, incluindo os cuidados preventivos, e os determinantes de saúde, em especial os que estão relacionados com estilos de vida.

Fonte - http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/ComInf/Noticias/Paginas/Diabetesautorreferidaaumentou.aspx

domingo, 8 de novembro de 2015

Stress na infância afeta resposta do cérebro à recompensa

 
Investigadores americanos identificaram de que forma o stress na infância afeta a atividade cerebral e como este está associado ao risco de depressão e a outros problemas mentais na idade adulta, dá conta um estudo publicado na revista “Social Cognitive and Affective Neuroscience”.
 
Vários estudos associaram o stress no início da vida a problemas mentais na idade adulta, embora pouco se conheça sobre as razões desta associação. Neste estudo, os investigadores da Universidade de Duke, nos EUA, utilizaram ressonâncias magnéticas funcionais para analisarem a ligação entre o stress no início da vida e a atividade cerebral associada à recompensa nos adultos.
 
O estudo focou-se nos níveis de stress a que 72 indivíduos que tinham sido expostos quando frequentavam o jardim-de-infância. Aos 26 anos, os participantes completaram um jogo para avaliar de que forma os cérebros processavam as recompensas e o feedback positivo. Os investigadores focaram-se na atividade associada à recompensa numa área do cérebro conhecida como corpo estriado ventral, que foi medida através de ressonâncias magnéticas funcionais.
 
O estudo apurou que o stress, especialmente em crianças no jardim-de-infância e até ao terceiro ano do ensino básico, foi fortemente associado a respostas ligeiras a recompensas na idade adulta. Estudos anteriores identificaram este tipo de atividade cerebral como um marcador para o risco aumentado de depressão e ansiedade.
 
“Os participantes com maiores níveis de stress na infância apresentam os níveis mais baixos de atividade no corpo estriado ventral em resposta a uma recompensa. Acreditamos que a atividade do corpo estriado ventral associada a uma recompensa é um marcador importante da saúde mental”, revelou, em comunicado, um dos autores do estudo, Jamie Hanson.
 
Estudos anteriores focaram-se no processamento da ameaça e de emoções negativas após o stress na infância. Na opinião do investigador, a produção de emoções positivas pode potencialmente atenuar alguns dos efeitos do stress.
 
Os autores do estudo concluem que existem vários eventos stressantes no início da vida que podem afetar o risco de uma criança crescer ou não com problemas mentais. Para os investigadores, estudos futuros nesta área poderão conduzir ao desenvolvimento de novas intervenções que irão ajudar a impedir problemas de saúde mental resultantes do stress na infância.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/stress-na-infancia-afeta-resposta-do-cerebro-a-recompensa?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20151026
DPOC - Um problema sub valorizado

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) afecta, pelo menos, 700 mil portugueses. Muitos doentes chegam tarde demais à consulta. Número de novos casos aumentou 100% entre 2011 e 2013. A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) alerta para um problema subvalorizado.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é consequência exclusiva do consumo do tabaco e avança silenciosamente apresentando sintomas que são frequentemente desvalorizados.

Carlos Robalo Cordeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), explica que essa é a principal razão para muitos casos “que chegam tarde demais ao médico”. Em declarações à Renascença, o especialista alerta que “quando os doentes chegam a nós, já perderam, em média, 50% da sua capacidade respiratória”.

E quando assim é, o controlo da doença torna-se mais difícil. Estima-se que em Portugal haja, pelo menos, 700 mil portadores de DPOC. Um número que resulta da extrapolação feita a partir de um estudo realizado há três anos na Grande Lisboa e que revela “uma prevalência de cerca 14% da população com mais de 40 anos”.

Prevenção do tabagismo não é eficaz

“A prevenção tem sido eficaz nos grupos etários entre os 20 e os 30 anos”, diz à Renascença a presidente da Respira, a associação de doentes com DPOC.

Maria Luísa Branco alerta, contudo, que “se nós passarmos junto às escolas secundárias, há muitos jovens a fumar”. Um sinal de que “a estratégia da indústria tabaqueira está a ser bem sucedida”, acrescenta o presidente da SPP, para quem “a moda do cigarro electrónico não pode ser excluída deste fenómeno”.

Os resultados mais recentes do Eurobarómetro revelam que 25% da população portuguesa fuma “e é sobretudo à custa das mulheres jovens que esta percentagem evoluiu”.

Neste momento, Portugal está em 13.º lugar no ranking da prevenção tabágica. “Há um ano, apenas a Suécia estava à nossa frente”, precisa Carlos Robalo Cordeiro.

Novos casos duplicaram em dois anos

Entre 2011 e 2013, o número de novos casos anuais de DPOC duplicou. O presidente da SPP revela que “há quatro anos, tínhamos cerca de 50 mil portadores desta doença".

Neste momento, “e os dados mais actuais correspondem a finais de 2013, estão codificadas 100 mil pessoas com este diagnóstico”, o que significa um aumento de 100% em dois anos.

Os números completos de 2014 ainda não estão disponíveis. Carlos Robalo Cordeiro alerta, por isso, para um problema que está subvalorizado. “É um iceberg do qual só conhecemos a ponta”, conclui.

Fonte - http://www.mypneumologia.pt/sistema-de-sa%C3%BAde/37-dpoc-um-problema-subvalorizado.html
Bebés prematuros parecem ter ligações cerebrais enfraquecidas

 
Os bebés que nascem prematuramente têm um maior risco de problemas neurológicos e psiquiátricos que podem ser justificados por ligações enfraquecidas nas redes cerebrais envolvidas na atenção, comunicação e processamento das emoções, refere um estudo apresentado na reunião anual da Sociedade de Neurociência.
 
“O cérebro é particularmente plástico no início da vida e pode ser potencialmente modificado através de uma intervenção precoce. Habitualmente não podemos começar as intervenções até os sintomas se desenvolverem, mas o que estamos a tentar fazer é desenvolver medidas objetivas do desenvolvimento cerebral em prematuros, para que possam indicar o risco de as crianças terem problemas futuros e possamos intervir com um suporte extra e terapia precoce para melhorar os resultados”, revelou, em comunicado, uma das autoras do estudo, Cynthia Rogers.
 
De forma a tentar entender melhor de que forma o parto prematuro afeta o cérebro, os investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos EUA, utilizaram ressonâncias magnéticas funcionais e imagem de difusão por ressonância magnética para comparar 58 bebés de termo com 76 nascidos pelo menos 10 semana antes do termo. Todos os bebés de termo foram submetidos a este tipo de exames no segundo ou terceiro dia de vida. Os bebés prematuros realizaram estes exames por volta da data em que completariam o tempo completo de gestação. 
 
O estudo apurou que algumas redes cerebrais chave envolvidas na atenção, comunicação e emoção, estavam mais enfraquecidas nos bebés prematuros. Na opinião dos investigadores, estes resultados explicam por que motivo os prematuros têm um risco elevado de problemas psiquiátricos.
 
O estudo apurou que existiam diferenças significativas nas fibras da substância branca e alterações nos circuitos cerebrais nos bebés prematuros, comparativamente com os bebés de termo.
 
As fibras da substância branca são constituídas por axónios que ligam as regiões do cérebro para formar redes. Foram também encontradas diferenças nas vias cerebrais em estado de descanso dos bebés prematuros, particularmente nalgumas redes anteriormente associadas a problemas de aprendizagem e desenvolvimento. 
 
Entre estas redes em estado de descanso encontra-se a rede de modo padrão, que tende a encontrar-se mais ativa quando as pessoas estão menos ativas. As maiores diferenças entre os bebés de termo e prematuros foram observadas nesta rede e na rede frontoparietal. Ambos compreendem circuitos cerebrais associados à emoção, os quais já tinham sido associados a distúrbios do espectro autista e transtorno do défice de atenção com hiperatividade.
 
De acordo com os investigadores, estas alterações nos circuitos cerebrais podem contribuir para problemas que se materializam à medida que a criança cresce.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/bebes-prematuros-parecem-ter-ligacoes-cerebrais-enfraquecidas?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20151026
Exercício físico regular alivia sintomas da asma
Resultados de estudo publicado no “BMJ Open Respiratory Research”

 
Trinta minutos de exercício físico por dia ao longo do todo o ano é o que basta para controlar sintomas da asma, revela um estudo levado a cabo por uma equipa internacional de cientistas e cujos resultados se encontram publicados no periódico científico “BMJ Open Respiratory Research”.
 
Investigadores da Universidade Concordia e do Hospital Sacré-Coeur de Montreal, no Canadá, em conjunto com outras instituições do mesmo país e de França, analisaram os hábitos de exercício físico de 643 indivíduos com asma.
 
Os resultados indicaram que aqueles que realizavam atividade física regularmente tinham 2,5 vezes mais probabilidade de controlar de forma adequada os seus sintomas da asma, quando comparados com aqueles que não realizavam qualquer tipo de exercício físico.
 
“Apenas 30 minutos por dia a caminhar, a andar de bicicleta, a praticar ioga – basicamente algo ativo – pode resultar numa redução significativa dos sintomas da asma”, revela Simon Bacon, líder do estudo, em comunicado divulgado pela Universidade Concordia.
 
As pessoas que sofrem de asma são muitas vezes desencorajadas de praticar atividades físicas devido à crença de que o exercício físico pode desencadear episódios de falta de ar ou ataques de asma.
 
Bacon afirma que “a questão do broncospasmo provocado pelo exercício é real”, mas aponta que se o doente utilizar medicação de alívio, como a bomba de asma, antes do exercício e se, no final, realizar arrefecimento, não deverá haver problemas. “Mesmo que tenha asma, não há razão para não sair e fazer exercício”, esclarece.
 
E o especialista alerta que “fazer alguma coisa é melhor do que nada” e que “mesmo a mais pequena quantidade de atividade é benéfica”.
 
“O nosso estudo demonstra que aqueles que foram capazes de realizar atividade física regularmente ao longo do ano eram aqueles que mais beneficiavam”, afirmou.
 
Na opinião de Bacon, o que é necessário é alguma criatividade, especialmente durante os meses de inverno, em que os níveis de atividade física decrescem e o ar frio propicia o aparecimento dos sintomas da asma. Além disso, acrescenta que “seria fantástico ver médicos recomendar atividade física aos seus doentes com asma, juntamente com os tratamentos farmacológicos tradicionais”.
 
Fonte - http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/exercicio-fisico-regular-alivia-sintomas-da-asma?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20151019
Doença de Huntington

disponível na revista "Plural e Singular" - 9ª edição - pp 40 e 41

www.pluralesingular.pt 

DPOC: Combater a doença através do conhecimento

Numa altura em que ainda há quem não saiba o que é nem em que consiste a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e a Associação RESPIRA desenvolveram um guia prático e informativo de apoio ao doente, familiar e cuidador.

A Dr.ª Luísa Soares Branco, presidente da Associação Respira, explicou que “esta iniciativa visa ajudar e sensibilizar as pessoas para a prevenção da DPOC, necessidade de diagnóstico precoce e também para as limitações e comorbilidades de uma doença respiratória crónica grave e complexa que afecta consideravelmente a qualidade de vida”.

Para o Prof. Doutor Carlos Robalo Cordeiro, presidente da SPP, uma das melhores formas de combater uma doença é prevenindo-a através do conhecimento e das ações de sensibilização. "Apesar de todo o trabalho que se tem desenvolvido na área da sensibilização, com reconhecidos resultados a nível do conhecimento geral da sociedade, a DPOC continua a ser uma doença por muitos desconhecida e até relativizada. O seu impacto na qualidade de vida dos doentes é demasiado elevado para ser ignorado. Por estas e outras razões a SPP acredita que é importante reforçar o dialogo com a sociedade, em especial com os grupos de risco".

O livro “DPOC de A a Z” foi pensado para toda a população interessada em saúde que não conhece a DPOC ou para aqueles que pretendem aprofundar os seus conhecimentos. Tem um formato prático, estilo livro de bolso, por forma a facilitar e incentivar as pessoas a leva-lo para casa para futuras consultas.

Fonte - http://www.mypneumologia.pt/iniciativas/39-dpoc-combater-a-doen%C3%A7a-atrav%C3%A9s-do-conhecimento.html

 

Leite materno ajuda a combater a inflamação e infeção 

Estudo publicado na revista “Mucosal Immunology”


 
O leite materno, que fornece os nutrientes essenciais e anticorpos aos recém-nascidos, já há muito que é conhecido por desempenhar um papel importante no desenvolvimento infantil. O estudo agora publicado na revista “Mucosal Immunology” descobriu que o leite materno funciona como um reservatório de biomoléculas que ajuda no combate da inflamação e infeção.
 
No estudo, os investigadores do Hospital Brigham and Women's, nos EUA, descobriram moléculas conhecidas por SPM (do inglês, specialized pro-resolving mediators) no leite materno humano, tendo verificado que cada uma destas moléculas resolvia a inflamação e estimulava a resposta imunológica em modelos pré-clínicos.
 
Alguns SPM já tinham sido anteriormente detetados no leite materno, mas, de acordo com os investigadores, esta foi a primeira vez que se encontrou uma variedade tão grande de moléculas bioativas, incluindo moléculas que ajudam a eliminar as infeções, reduzir a inflamação, combater a dor e curar as feridas.
 
“O leite materno humano tem muitas propriedades protetoras importantes. Este estudo aumenta o nosso conhecimento dos benefícios fornecidos pelo leite materno”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Hildur Arnardottir.
 
Nas duas últimas décadas a equipa de investigadores tem feito descobertas importantes que ajudaram a esclarecer as vias de sinalização bioquímica que resolvem e controlam a inflamação, a dor associada à doença e a cura de feridas. Agora, neste estudo, os investigadores utilizaram técnicas de deteção rigorosas para analisar estes sinais no leite materno humano, tendo descoberto um perfil constituído por 20 moléculas com propriedade pró-resolução. Posteriormente foram testadas as contribuições de amostras de leite materno e das moléculas individualmente em modelos animais e celulares de infeção, tendo sido medido o tempo até à resolução.
 
O estudo também testou amostras de leite materno humano de mulheres com mastite, uma infeção do tecido mamário que causa dor e inflamação. Verificou-se que os níveis de SPM no leite das mulheres com mastite eram mais baixos e não resolviam a inflamação e infeção no mesmo grau que o leite materno de mulheres sem mastite. Os SPM não foram detetados no leite de vaca e no leite de fórmula.
 
“Os resultados sugerem um papel dos SPM na modelação da inflamação, infeção e estimulação da infeção durante o desenvolvimento precoce do sistema imunitário, e reforça a importância do leite materno para os bebés”, conclui um dos autores do estudo, Charles Serhan.
 
ALERT Life Sciences Computing, S.A

Fonte - http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/leite-materno-ajuda-a-combater-a-inflamacao-e-infecao?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20151026

Mais de um milhão de portugueses têm diabetes

A população entre os 20 e os 79 anos de idade apresenta uma prevalência da diabetes de 13,1%, ou seja, esta doença atinge atualmente mais de um milhão de portugueses. Estes números, relativos a 2014, foram hoje divulgados pelo Observatório Nacional da Diabetes (OND), na apresentação do seu relatório anual.


As estatísticas apontam para uma diferença significativa entre a prevalência da doença nos homens (15,8%) e nas mulheres (10,8%). Quanto à prevalência da hiperglicemia intermédia, o OND concluiu que 27,2% da população portuguesa compreendida entre os 20 e os 79 anos apresenta esta alteração metabólica, sugestiva de pré-diabetes. Somando este número à estatística da prevalência da diabetes, considera-se que 40,3% da população, no grupo etário indicado, tem ou está em risco de ter diabetes.

Os dados recolhidos pelo OND dão conta de um forte aumento da prevalência da doença à medida que a idade aumenta e que mais de um quarto das pessoas entre os 60 e os 79 anos de idade tem diabetes. A propósito destes números, o ministro da Saúde, Dr. Fernando Leal da Costa, afirmou durante a apresentação do relatório que esta é uma doença que apresenta uma tendência crescente ao longo dos anos, justificada pelo envelhecimento da população.

Estima-se que o tratamento da diabetes consuma 1% do PIB nacional.

NF Diabetes dentro 43417

O relatório anual "Factos e Números da Diabetes 2014" foi hoje apresentado na Escola da Diabetes, em Lisboa. Presentes na apresentação estiveram também o Dr. Francisco George, diretor-geral da Saúde, o Prof. Dr. José Luís Medina, presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), o Dr. José Manuel Boavida, director do Programa Nacional para a Diabetes (PND) e o Dr. Luís Gardete Correia, coordenador do Observatório Nacional da Diabetes (OND).
Fonte - http://www.newsfarma.pt/noticias/3196-mais-de-um-milh%C3%A3o-de-portugueses-tem-diabetes