quinta-feira, 29 de março de 2012

Esclerose Múltipla - Primeiro medicamento oral aprovado em Portugal

Até agora só havia resposta terapêutica injectável. Doença afecta cerca de cinco mil portugueses.
O primeiro medicamento oral para a esclerose múltipla, doença para a qual até agora só havia resposta terapêutica injectável, foi aprovado pela autoridade que regula o sector, o que representa "um importante avanço" para os doentes.

Trata-se de um fármaco cuja substância activa é o Fingolimod e que está indicado para o tratamento em doentes com esclerose múltipla 'surto-remissão' muito activa.

Por se tratar de um medicamento de administração oral, a presidente da Sociedade Portuguesa de
Esclerose Múltipla (SPEM), Manuela Neves, sublinha a importância desta aprovação pela autoridade que regula o sector do medicamento (Infarmed)


"Substituir uma injecção por um comprimido é um grande avanço", disse Manuela Neves.

A presidente da SPEM lembra que só os doentes com indicação médica para a toma deste fármaco o poderão fazer, mas acrescenta que este, e principalmente a sua forma de administração (oral), pode facilitar a dia aos portadores desta patologia, que em Portugal afecta cerca de cinco mil pessoas.


Segundo informação do laboratório que comercializa o Fingolimod, mais de 30 mil doentes em 55 países já foram tratados com esta terapêutica.


Em todo o mundo existem cerca de 2,5 milhões de pessoas com esta doença inflamatória crónica do sistema nervoso central.


A doença manifesta-se em jovens adultos, entre os 20 e os 40 anos de idade, e interfere com a capacidade do doente em controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio.

Fonte - http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=547287&pn=1

segunda-feira, 12 de março de 2012

Vitamina D diminui risco de fraturas

Estudo publicado nos “Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine”


O consumo de vitamina D pode reduzir o risco de fraturas por stress nas raparigas, especialmente aquelas causadas por atividades físicas de alto impacto, sugere um estudo publicado nos “Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine”.

As fraturas de stress são lesões comuns relacionadas com a prática de desportos ou atividade física, as quais ocorrem quando o osso não aguenta a pressão nele exercida. Este tipo de lesões também pode desenvolver-se ao longo do tempo devido a impactos repetidos, mesmo que não provoquem qualquer dano visível, mas que após vários episódios podem tornar-se num problema para a estrutura óssea.

Embora seja geralmente aceite que as dietas ricas em cálcio são boas para a força e saúde óssea, os investigadores do Children's Hospital Boston, nos EUA, referem que tal pode não ser verdade.

Nestes estudos os investigadores analisaram mais de 6.100 pré-adolescentes e adolescentes que tinham, no início do estudo, entre nove e quinze anos. Durante os sete anos de acompanhamento foi verificado que quase 4% das raparigas desenvolveram fraturas de stress e que o consumo de lacticínios e cálcio não as protegia destas lesões. Por outro lado, o consumo de vitamina D parecia ser particularmente importante para a manutenção da saúde óssea, estando envolvida na resistência a eventos de elevado impacto, especialmente nas raparigas que praticavam uma hora ou mais, por dia, de exercício físico de elevada intensidade.

Os autores revelaram, em comunicado de imprensa, que “pelo contrário, não se verificou que a ingestão de cálcio ou de laticínios protegiam contra o desenvolvimento de fraturas de stress ou que o consumo de refrigerantes estava associado ao risco de fratura”.

Os autores observaram também que o consumo elevado de cálcio estava associado com um maior risco de desenvolvimento de uma fratura de stress, embora esta " descoberta inesperada " necessite de mais estudos. Os autores concluem que os seus resultados corroboram as recomendações do Institute of Medicine's as quais indicam que os adolescentes devem aumentar o consumo diário de vitamina D de 400 UI/d para 600 UI/d.

De acordo com os investigadores são necessários mais estudos para verificar se estes resultados também se aplicam aos rapazes e se a ingestão de vitamina D através da toma de suplementos tem o mesmo efeito que a ingerida através da dieta.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/vitamina-d-diminui-risco-de-fraturas?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20120312)