sexta-feira, 8 de março de 2019

Doentes com espondilite anquilosante perdem em média 110 dias de trabalho/ano
Conclusão do estudo arEA
Um doente com espondilite anquilosante perde em média 110 dias de trabalho por ano devido a baixas, dispensas médicas ou falta de produtividade, revela um estudo divulgado pela agência Lusa.
 
O prejuízo causado na economia por esta doença reumática crónica chega a vários milhões de euros, conclui o estudo arEA (avaliação de resultados na Espondilite Anquilosante), que visou perceber o impacto da doença na vida dos doentes e averiguar a perceção e resposta dos cuidados primários no diagnóstico e referência atempada dos doentes para a especialidade.
 
A amostra do estudo arEA, um projeto NOVA IMS e Novartis, foi constituída por doentes e especialistas de Medicina Geral e Familiar.
 
Mais de sete em cada dez doentes (71%) referem que a doença tem um impacto razoável ou forte no trabalho, sendo que 69% teve que se reformar antecipadamente ou entrar em baixa permanente, refere a investigação realizada em parceria com a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas e Associação Nacional de Espondilite Anquilosante.
 
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, Luís Miranda, afirmou que os resultados do estudo são “muito importantes relativamente àquilo que é uma doença reumática crónica” incapacitante, que atinge 0,7% da população portuguesa.
 
“Esta é uma das doenças reumáticas crónicas e todas elas têm um impacto semelhante (como o lúpus ou artrite reumatoide) na pessoa, no trabalhador, na família”, disse o reumatologista, observando que a espondilite anquilosante acaba por interferir anualmente num terço da vida laboral do doente.
 
Isto também acontece fundamentalmente pela “falta de acessibilidade à especialidade” e não pela falta de especialistas, afirmou.
 
“Enquanto especialidade de reumatologia conseguimos transformar estes números, mas o sistema nacional de saúde não tem isso em conta e, portanto, mantemos estes números perfeitamente aterrorizadores”, sublinhou.
 
Segundo o especialista, “14 dos hospitais que estão na rede de referenciação hospitalar não têm reumatologia” e “51% dos doentes em Portugal têm mau acesso ou não têm acesso à reumatologia e muito é por não haver um planeamento estratégico das vagas”.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/doentes-com-espondilite-anquilosante-perdem-em-media-110-dias-de-trabalhoano?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20190225)
Boas rotinas de sono são muito importantes para as crianças
Estudo publicado na “Paediatric Respiratory Reviews”
A adoção de práticas de higiene do sono, como proporcionar um ambiente tranquilo ou ler uma história antes de dormir, está a tornar-se cada vez mais frequente nos pais que querem proporcionar aos filhos um sono de qualidade.
 
Um estudo conduzido por investigadores da Universidade de British Columbia, Canadá, propôs-se analisar a adoção de práticas de higiene do sono em vários países e culturas, com base em 44 estudos conduzidos em 16 países, que envolviam cerca de 300 mil crianças na América do Norte, Europa e Ásia. 
 
Os investigadores focaram-se em quatro faixas etárias diferentes: bebés (dos quatro meses aos dois anos de idade), crianças em idade pré-escolar (dos três aos cinco anos), crianças em idade escolar (dos seis aos 12 anos) e adolescentes (dos 13 aos 18 anos de idade). 
 
A equipa apurou que seguir regularmente certas práticas de higiene do sono oferecia a melhor oportunidade de as crianças, em idade pré-escolar e escolar, terem diariamente um sono adequado, nomeadamente: ir para a cama a horas regulares, ler antes de dormir, ter um ambiente tranquilo no quarto e poderem adormecer sozinhas.
 
Nas crianças mais velhas, foi igualmente observado que um horário regular de sono era muito importante. Os investigadores apuraram que os adolescentes cujos pais estabeleciam horários de sono rigorosos dormiam melhor do que aqueles cujos pais não estipulavam regras.
 
Finalmente, a equipa comprovou ainda que limitar o uso de dispositivos digitais antes da hora de dormir e no quarto da criança é igualmente benéfico para uma boa noite de sono. Alguns estudos analisados demonstraram que quanto mais prolongado era o uso de ecrãs antes de dormir, menor era a duração do sono.
 
De forma geral, o estudo apontou a importância do estabelecimento de rotinas na vida das crianças e adolescentes.
 
“(…) Um sono saudável é fundamental para promover o crescimento e desenvolvimento das crianças”, comentou Wendy Hal, investigadora neste estudo. “Os estudos indicam-nos que as crianças que não dormem o suficiente de forma consistente têm maior tendência para problemas na escola e para se desenvolverem mais lentamente do que as da mesma idade que dormem o suficiente”, concluiu.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/boas-rotinas-de-sono-sao-muito-importantes-para-as-criancas)
O exercício físico protege contra a Alzheimer. Como?
Estudo publicado na “Nature Medicine”
Um estudo conseguiu desvendar a forma através da qual a prática de exercício físico protege contra a doença de Alzheimer.
 
A atividade física faz melhorar a memória. Há estudos que sugerem ainda que o exercício físico pode reduzir o risco de se desenvolver Alzheimer, mas não se sabia qual o mecanismo subjacente.
 
Efetuado por uma equipa de investigadores coliderada por Ottavio Arancio, da Universidade de Columbia e do Instituto Taub para a Investigação sobre a Doença de Alzheimer e do Cérebro em Envelhecimento, EUA, o estudo apurou que a atividade física faz produzir uma hormona conhecida como irisina, que pode melhorar a memória e oferecer proteção contra aquela doença neurodegenerativa.
 
A equipa usou amostras de tecido cerebral e descobriu que a irisina se encontrava presente no hipocampo humano.
 
Para descobrir o efeito da irisina no cérebro, a equipa conduziu ensaios clínicos sobre ratinhos. Foi observado que a irisina protegia as sinapses no cérebro e a memória dos ratinhos. 
 
Os investigadores decidiram então desativar a hormona no hipocampo de ratinhos saudáveis e como resultado as sinapses e a memória dos roedores ficaram mais fracas. O inverso, ou seja, o aumento dos níveis de irisina no cérebro fez melhorar a saúde cerebral dos animais.
 
Seguidamente, para testar o efeito do exercício físico sobre o cérebro, a equipa pôs ratinhos a nadar quase todos os dias durante cinco semanas. Consequentemente, os roedores não desenvolveram incapacidade na memória, apesar de receberem infusões de proteína beta-amiloide, que está implicada nos problemas de memória verificados na Alzheimer.
 
O bloqueio da irisina fez anular os efeitos benéficos da natação observados. Efetivamente, os ratinhos que nadavam e tinham recebido fármacos que bloqueavam a irisina por completo não tiveram um desempenho melhor em testes de memória do que os animais sedentários após receberem infusões de beta-amiloide.
 
A equipa conclui que estes achados demonstram que a irisina poderá ser empregue em novos tratamentos para prevenir ou tratar a demência em humanos. 
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/o-exercicio-fisico-protege-contra-a-alzheimer-como?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20190225)
Doença de Crohn poderá ser tratada com as próprias células do doente
Estudo publicado na revista “Gastroenterology”
Uma equipa de investigadores desenvolveu uma técnica que emprega as próprias células do paciente para tratar a doença de Crohn. 
 
A doença de Crohn é uma doença vitalícia e debilitante em que partes do sistema digestivo sofrem inflamação severa, causando diarreia, dores de estômago, cansaço, entre outros sintomas. Embora não se conheçam as causas da doença, sabe-se que tem alguma ligação com o sistema imunitário.
 
A nova técnica, que demonstrou ter sido eficaz em experiências com células humanas, poderá entrar em ensaio clínico nos próximos seis meses.
 
Os investigadores do Centro de Investigação Biomédica dos Hospitais Guy and St Thomas, Londres, Reino Unido, desenvolveram a inovadora técnica recorrendo a glóbulos brancos, conhecidos como linfócitos T reguladores, recolhidos de pacientes com a doença de Crohn e comparados com linfócitos de indivíduos saudáveis.
 
A comparação entre os linfócitos T reguladores de pacientes com Crohn e os de pacientes saudáveis permitiu apurar que os doentes com Crohn produziam menos integrina α4β7, uma proteína específica do sistema gastrointestinal.
 
Este achado foi a base para o desenvolvimento de uma técnica de terapia celular. A técnica envolve a manipulação de células de pacientes com Crohn com uma molécula conhecida como RAR568 que repõe níveis saudáveis de integrina α4β7.
 
As células tratadas são novamente injetadas no paciente através de infusão intravenosa. 
 
“Isto é o próximo patamar da terapia celular, na medida em que estamos a ir além do tratamento dos sintomas da doença de Crohn e a tentar reprogramar o sistema imunitário para tratar a doença”, explicou Graham Lord, investigador que liderou este estudo.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/doenca-de-crohn-podera-ser-tratada-com-as-proprias-celulas-do-doente?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20190225)
Alzheimer: descoberta causa de redução do fluxo sanguíneo no cérebro
Estudo publicado na revista “Nature Neuroscience”
Uma equipa de investigadores descobriu o que causa a diminuição no fluxo sanguíneo do cérebro de pacientes com a doença de Alzheimer.
 
O achado de uma equipa de engenheiros bioquímicos da Universidade Cornell, EUA, poderá conduzir a tratamentos promissores para aquela doença neurodegenerativa.
 
Após cerca de uma década de investigação, Chris Schaffer e colegas concluíram que a explicação para a redução substancial do fluxo sanguíneo observada nos cérebros com Alzheimer será devida a glóbulos brancos que aderem ao interior dos capilares, que são os vasos sanguíneos mais pequenos do cérebro.
 
Embora apenas uma pequena percentagem de capilares experiencie este bloqueio, cada vaso sanguíneo afetado provoca uma redução no fluxo sanguíneo de múltiplos outros vasos, maximizando o impacto no fluxo sanguíneo geral do cérebro.
 
Inicialmente, a equipa procurou inserir coágulos sanguíneos na vasculatura do cérebro de ratinhos com Alzheimer e ver o efeito, mas descobriu que já havia bloqueios. “Isso fez virar a investigação ao contrário – era um fenómeno que já estava a acontecer”, esclareceu Nozomi Nishimura, investigadora no estudo.
 
Alguns estudos recentes tinham sugerido que um dos sintomas precoces detetáveis na demência são défices no fluxo sanguíneo cerebral.
 
Neste estudo, a equipa identificou o mecanismo celular que causa essa redução no fluxo sanguíneo cerebral em modelos de Alzheimer. Esse mecanismo é, como se viu, a aderência de neutrófilos (glóbulos brancos) aos capilares. 
 
Por outro lado, os investigadores observaram que ao bloquearem esse mecanismo celular, o fluxo sanguíneo melhorava. Por sua vez, o melhoramento do fluxo sanguíneo fez reparar imediatamente o desempenho cognitivo em tarefas relacionadas com a memória funcional e espacial.
 
A equipa já identificou cerca de 20 fármacos, muitos deles aprovados para uso humano, que têm o potencial de tratar a demência e que estão atualmente a ser ensaiados em ratinhos com Alzheimer.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/alzheimer-descoberta-causa-de-reducao-do-fluxo-sanguineo-no-cerebro?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20190225)

Depressão: Este é o exercício mais eficaz para aliviar os sintomas

De acordo com um artigo publicado no periódico científico JAMA, os treinos de resistência trazem imensos benefícios não só para a saúde física como para a mental.

Brett Gordon, o principal autor do estudo e investigador na Universidade de Limerick, na Irlanda, admite que o exercício físico por si não pode curar a depressão, mas que ainda assim as recém descobertas são importantes, pois esses exercícios podem ser realizados no ginásio ou até mesmo em casa.
Exercícios para combater a depressão
De acordo com a revista Time Health, os investigadores afirmam que o treino de força mostrou-se tão funcional e eficiente quanto os principais tratamentos para a depressão, como a toma de antidepressivos e terapias comportamentais. 
Um estudo anterior publicado no British Journal of Sports Medicine revelou que o aumento do fluxo sanguíneo para o cérebro provocado pela atividade física é capaz de mudar a estrutura e a função cerebral a partir da produção de novas células cerebrais. Tal mecanismo desencadeia a libertação de substâncias químicas, como endorfinas, que melhoram o humor.
A equipa de pesquisa irlandesa analisou 33 ensaios clínicos (cerca de dois participantes) e examinaram os efeitos do treino de resistência nos sintomas da depressão.
Ao longo da análise, os cientistas descobriram que pessoas que seguiam uma rotina de exercício específica apresentaram melhorias nos sintomas da doença, como mau humor, perda de interesse em participar em atividades variadas e sentimentos de inutilidade.
Os cientistas recomendam que esses treinos de resistência sejam realizados pelos doentes pelo menos dois dias por semana.
Fonte - https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/1211530/depressao-este-e-o-exercicio-mais-eficaz-para-aliviar-os-sintomas?utm_medium=email&utm_source=gekko&utm_campaign=lifestyle