segunda-feira, 3 de julho de 2017

Menores de 20 anos obesos quase triplicaram entre 1980 e 2015
Estudo publicado na “The New England Journal of Medicine”

 

A taxa de obesidade em menores de 20 anos quase triplicou em Portugal entre 1980 e 2015, passando de 3% para 8%, são as conclusões de um estudo internacional do qual faz parte o investigador da Universidade Católica do Porto, João Fernandes.
De acordo com a agência Lusa, o estudo, centrado na obesidade e o excesso de peso, resulta de um projeto internacional que envolve 195 países.
Os resultados revelaram que entre a população adulta, as estatísticas indicam que a obesidade afeta mais adultos do sexo feminino do que do sexo masculino (22% e 17%, respetivamente).
Segundo o investigador, em Portugal as mulheres entre os 20 e os 24 anos registam a taxa mais baixa de obesidade (1,9%) de todas as faixas etárias, enquanto a mais elevada verifica-se entre os 65 e 69 anos (20% nos homens e 37% nas mulheres).
Outra das conclusões deste estudo demonstra que, a nível mundial, em 2015 cerca de 107,7 milhões de crianças e 603,7 milhões de adultos sofriam de obesidade, registando-se um número mais elevado de obesidade nas mulheres, em todas as faixas etárias, indicou. 
Quanto ao pico de obesidade, também na globalidade, este foi observado entre os 60 e 64 anos (nas mulheres) e entre os 50 e 54 anos (nos homens).
O estudo revelou ainda que, em 2015, aproximadamente quatro milhões de pessoas morreram devido a doenças relacionadas com excesso de peso. No entanto, apenas 60% eram tecnicamente obesas, ou seja, tinham o IMC igual ou superior a 30.
Segundo o especialista, estes resultados mostram que devem ser tomadas medidas para fazer face à obesidade e ao excesso de peso, cuja prevalência é elevada em Portugal, assumindo-se como um fator de risco para os problemas cardiovasculares, diabetes ou múltiplos tipos de cancro.
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/menores-de-20-anos-obesos-quase-triplicaram-entre-1980-e-2015?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20170626)
10% dos rapazes portugueses de 11 anos são obesos
Estudo “Comportamento em Saúde nas Crianças em Idade Escolar”

 

Segundo apurou a agência Lusa, “a situação dos jovens adolescentes portugueses no domínio da obesidade está estacionária desde 2002. Em 2014 é preocupante a situação dos rapazes mais novos (no grupo de rapazes de 11 anos, um em cada dez tem obesidade)”, refere o estudo, que em Portugal é coordenado por Margarida Gaspar de Matos.
Contudo, os dados divulgados mostram que a obesidade tende a baixar com a idade, dos 11 aos 15 anos, tanto nos rapazes como nas raparigas. Segundo os dados comparados da OMS, Portugal surge mesmo como um dos cinco entre 27 países com maior percentagem de adolescentes obesos.
Aliás, Portugal e outros três países (Grécia, Croácia e Macedónia) são os países que registam níveis de 10% ou mais de obesidade nos rapazes. Quanto à alimentação, os adolescentes portugueses estão a consumir menos doces e menos bebidas açucaradas artificiais, mas estão também a consumir menos vegetais e menos fruta.
“A alimentação dos adolescentes portugueses já anteriormente mereceu um aviso especial aos responsáveis do setor: a nível nacional os jovens referem o seu ‘desgosto’ não só pelos alimentos disponíveis nas escolas como pela sua confeção”, indica a análise.
Mas, os próprios investigadores avisam que os dados referentes a Portugal são relativos a 2014 e que, desde aí, algumas medidas foram tomadas a nível do Ministério da Educação, que incluem linhas orientadoras para a alimentação em meio escolar. Os investigadores esperam ver resultados destas medidas no estudo que vier a ser realizado em 2018.
No que respeita à atividade física, os adolescentes portugueses continuam a mostrar níveis preocupantes, segundo o estudo, sendo particularmente inquietante a situação das raparigas mais velhas da análise.
“O grupo das raparigas de 15 anos é o menos fisicamente ativo de todos os países incluídos no estudo”, mas também nos rapazes e em todas as idades analisadas (11, 13 e 15 anos) Portugal fica sempre abaixo da média dos países estudados.
Apesar das lacunas na atividade física, os adolescentes portugueses surgem em relativa situação favorável no que se refere ao tempo diário em frente à televisão e ao computador.
Mas isto, avisam os investigadores, pode remeter para o uso de outro tipo de equipamentos, além da televisão e do computador, o que se pretende verificar no estudo que será feito em 2018.
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A.(http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/10-dos-rapazes-portugueses-de-11-anos-sao-obesos?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20170529)
Alimentação saudável nas crianças: o papel dos desenhos animados
Estudo da Universidade do Minho

 

Um estudo demonstrou que a exposição de crianças a mensagens de comportamentos alimentares saudáveis em desenhos animados pode ser uma forma eficaz de encorajá-las a fazer melhores escolhas.
Segundo a agência Lusa, o estudo foi conduzido por um grupo de investigadores coordenado por Ana Vaz, da Universidade do Minho, e envolveu 142 crianças da região de Braga.
As conclusões foram apresentadas no 24.º Congresso Internacional de Obesidade e teve por base "alunos do pré-escolar e escolar com idades entre os quatro e oito anos".
Para o estudo, "as crianças foram distribuídas de forma aleatória em dois grupos: um de controlo em que era exposto a desenhos animados sem qualquer referência a mensagens alimentares ou nutricionais e outro experimental, exposto a desenhos animados com mensagens de comportamentos alimentares saudáveis", dizia num comunicado.
Cada grupo esteve exposto durante 20 minutos, "sendo dada a oportunidade a cada criança de comer durante 10 minutos, de forma livre, os alimentos de uma pequena seleção: dois produtos saudáveis (cenouras bebé e uvas) e dois produtos não saudáveis (chocolates e batatas fritas)", explicou Ana Vaz.
Nesse período "foram registadas as medidas de fome, reconhecimento e apreciação do desenho animado, atitudes relativamente à alimentação saudável e preferências alimentares", prossegue a comunicação.
Segundo a investigadora, os resultados mostraram que "as crianças expostas a desenhos animados com mensagens de comportamentos alimentares saudáveis escolhiam alimentos significativamente mais saudáveis do que as crianças do grupo de controlo".
Estes comportamentos levaram os autores a concluir: "Estes resultados são promissores e podem ser importantes para o desenvolvimento de campanhas de promoção da saúde para crianças."
Ana Vaz deu ainda conta de uma segunda fase, em que "foi desenvolvido um programa educacional baseado em desenhos animados e está atualmente a ser testado em crianças entre os seis e oito anos".
"O objetivo é testar a utilidade e a eficácia do uso de personagens de desenhos animados com comportamentos alimentares saudáveis nas suas escolhas e preferências alimentares", acrescentou.
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/alimentacao-saudavel-nas-criancas-o-papel-dos-desenhos-animados?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20170529