segunda-feira, 16 de maio de 2016

Projeto pioneiro de rastreio de saúde visual infantil
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia associa-se ao Ministério da Saúde

 
Mais de mais de cinco mil crianças nascidas em 2014 vão integrar um projeto piloto do Ministério da Saúde que tem como objetivo alargar cuidados de saúde visuais nos cuidados de saúde primários. 
 
O protocolo, que conta com a colaboração da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), foi assinado semana passada.
 
De acordo com a agência Lusa, este rastreio de saúde visual infantil, de base populacional, deve observar todas as crianças no semestre em que completam dois anos de idade. Um segundo rastreio, a complementar o efetuado aos dois anos, deverá ser realizado a todas as crianças entre os quatro e os cinco anos de idade. Este segundo rastreio tem como objetivo detetar novos casos de crianças com ambliopia ou em risco de a desenvolver. As crianças com rastreio positivo são rapidamente referenciadas para uma consulta de oftalmologia no Serviço Nacional de Saúde.
 
A direção da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia referiu num comunicado enviado à ALERT que “este é um projeto que resulta da vontade do Ministério da Saúde em fortalecer a saúde visual em articulação com os cuidados primários do SNS”, projeto que a SPO acompanhou e para o qual contribuiu defendendo designadamente um rastreio nacional de fatores de risco implicados na ambliopia.
 
Pedro Menéres, médico oftalmologista da direção da Sociedade tem esperança que, “após a validação do estudo piloto que envolve mais de cinco mil crianças do grande Porto, o programa de rastreio nas crianças possa ser alargado a todo Portugal já em 2017 com o objetivo de eliminar a ambliopia no nosso país”. “A ambliopia é vulgarmente conhecida como olho preguiçoso e apenas tem tratamento nos primeiros anos de vida”, acrescentou.
 
De um modo inicial, na região Norte vão ainda avançar os primeiros rastreios da degenerescência macular da idade (DMI), que deve abranger todos os utentes do SNS selecionados para o rastreio primário da retinopatia diabética.
 
Fonte -http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/projeto-pioneiro-de-rastreio-de-saude-visual-infantil?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160516
Fratura do fémur: 10% morre no ano seguinte
Investigação do Hospital Garcia de Orta

 
Especialistas do Hospital Garcia de Orta concluem que pelo menos uma em cada dez pessoas com fratura no fémur morre no ano seguinte ao acidente.
 
O estudo apresentado na semana passado ao longo do VIII Congresso de Reumatologia, que decorreu em Vilamoura, analisou os pacientes admitidos ao longo do ano de 2015 no Hospital Garcia de Orta, recorrendo aos registos clínicos para fazer uma avaliação.
 
De acordo com os dados parciais a que a agência Lusa teve acesso, são entre 10% a 20% os doentes que sofrem uma fatura no fémur (considerada a principal consequência de quem sofre de osteoporose) a morrer no ano seguinte ao episódio.
 
Os fatores que surgem associados àquela taxa de mortalidade são a idade avançada, a falta de diagnóstico da doença antes da fratura e a ausência de tratamento para a osteoporose.
 
Os especialistas envolvidos no estudo referem que as fraturas recorrentes aumentam o risco de vida dos doentes e reforçam que o diagnóstico e tratamento devem ser eficazes e iniciados o mais cedo possível.
 
Cerca de 70% do total de doentes – dos 348 estudados – sofriam de uma ou duas patologias, sendo a hipertensão o problema mais reportado. As fraturas mais frequentes, em 60% das situações, envolveram a região do colo do fémur.
 
Apenas cerca de cinco por cento dos doentes com fraturas não necessitaram de cirurgia, cerca de um terço necessitou de uma cirurgia de substituição articular e em 60% dos casos houve necessidade de recorrer a uma osteossíntese (junção dos fragmentos ósseos com ajuda de parafusos ou placas).
 
Fonte -http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/fratura-do-femur-10-morre-no-ano-seguinte?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160516

domingo, 15 de maio de 2016

“Cuide da sua máquina”
Alerta da Fundação Portuguesa de Cardiologia

 
Este ano, o Mês do Coração, que decorre em maio, vai ser assinalado com um alerta da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) para o conhecimento da doença e a valorização dos seus primeiros sintomas.
 
A campanha, que tem como tema “Cuide da sua máquina”, tem como objetivo chamar a atenção da população portuguesa para sintomas que habitualmente não são associados a problemas do coração.
 
De acordo com a notícia avançada pela agência Lusa, entres estes sintomas, que são os primeiros sinais de alerta para a insuficiência cardíaca, consta a dificuldade em respirar (dispneia), o inchaço dos membros inferiores devido à acumulação de líquidos, fadiga intensa, tosse ou pieira, náuseas e aumento de peso. 
 
De acordo com a FPC, uma em cada cinco pessoas vai desenvolver insuficiência cardíaca ao longo da sua vida, uma situação clínica debilitante, em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para todo o corpo.
 
O cardiologista e administrador da FPC, Nuno Lousada, referiu que “cinco anos é o tempo médio de vida para metade dos doentes com insuficiência cardíaca, após o seu diagnóstico”. 
 
“É urgente aumentar o reconhecimento e conhecimento público dos sintomas da insuficiência cardíaca. Apesar da melhoria de cuidados verificada nos últimos 20 anos, a mortalidade por insuficiência cardíaca permanece inaceitavelmente elevada”, disse.
 
O risco de desenvolver insuficiência cardíaca aumenta com a idade e, em geral, tem tendência a ser mais frequente nos homens do que nas mulheres. 
 
Um quinto das pessoas irá desenvolver insuficiência cardíaca em alguma altura das suas vidas.
 
Fonte -http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/%E2%80%9Ccuide-da-sua-maquina%E2%80%9D?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160509
Atlas semântico mostra como o cérebro humano organiza a linguagem
Estudo publicado na revista “Nature”

 
Investigadores americanos construíram um atlas semântico que mostra em cores vivas e a várias dimensões como o cérebro humano organiza a linguagem. O atlas também identifica as áreas cerebrais que respondem a palavras com significados similares, dá conta um estudo publicado na revista “Nature”.
 
O estudo levado a cabo pelos investigadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, baseou-se em imagens cerebrais que gravaram a atividade neuronal de voluntários, enquanto estes ouviam um programa de rádio. Verificou-se que pelo menos um terço do córtex cerebral, incluindo áreas dedicadas à cognição de elevado nível, está envolvido no processamento da linguagem. Curiosamente, verificou-se que pessoas diferentes partilham mapas de linguagem similares.
 
Na opinião dos investigadores, liderados por Alex Hut, os mapas detalhados que mostram como o cérebro organiza as diferentes palavras pelo significado poderia eventualmente ajudar a dar voz aos indivíduos que não conseguem falar, como as vítimas de acidente vascular cerebral ou danos cerebrais, ou aqueles afetados por doenças motoras neurológicas como a esclerose lateral amiotrófica.
 
O estudo refere ainda que através desta abordagem os médicos poderiam acompanhar a atividade cerebral de pacientes que têm dificuldade em comunicar e emparelhar os dados com mapas semânticos de linguagem para tentar determinar o que os pacientes estão a tentar dizer. Uma outra aplicação possível é um descodificador que traduz o que um indivíduo está a dizer noutro idioma.
 
Alex Hut e outros seis indivíduos em que o inglês era a língua nativa funcionaram como voluntários, tendo para isso permanecido imoveis dentro de um aparelho de ressonância magnética durante horas. O fluxo sanguíneo de cada participante foi medido à medida que ouviam, de olhos fechados e auriculares, mais de duas horas de um programa de rádio.
 
As imagens cerebrais foram posteriormente emparelhadas com transcrições fonéticas das histórias. Esta informação foi posteriormente introduzida num algoritmo de palavras que avaliou as palavras de acordo com a proximidade semântica entre as mesmas. Os resultados foram convertidos num mapa semântico, onde as palavras foram organizadas nos hemisférios direito e esquerdo de córtices achatados do cérebro. As palavras foram assim agrupadas de acordo com várias temáticas como: visual, táctil, numérica, de localização, abstrata, temporal, profissional, violenta, coletiva, mental, emocional e social
 
Os mapas demonstraram que muitas áreas do cérebro humano representam linguagem que descreve pessoas e relações socias, em vez de conceitos abstratos.
 
“Os nossos modelos semânticos são bons para prever respostas à linguagem em várias e grandes faixas do córtex. Contudo, também é possível detalhar informação que nos indica que tipo de informação está representada em cada área do cérebro. É por isso que estes mapas são tão entusiasmantes e têm tanto potencial”, concluiu Alex Hut.
 
Fonte -http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/atlas-semantico-mostra-como-o-cerebro-humano-organiza-a-linguagem?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160509
Infeções respiratórias aumentam risco de diabetes tipo 1
Estudo publicado no “JAMA”

 
As crianças que têm infeções respiratórias virais recorrentes nos primeiros seis meses de vida apresentam um maior risco de serem diagnosticadas com diabetes tipo 1 aos oito anos, sugere um estudo publicado no “JAMA”.
 
As infeções do trato respiratório são definidas como qualquer infeção que afeta os seios nasais, garganta, vias respiratórias ou os pulmões. Estas infeções são habitualmente causadas por vírus. As crianças são particularmente suscetíveis às infeções do trato respiratório, uma vez que, ao contrário dos adultos, o sistema imunitário ainda não adquiriu imunidade suficiente para conseguir debelar alguns dos vírus que causam estas infeções.
 
Estudos anteriores já tinham sugerido que as infeções virais poderiam aumentar o risco de desenvolvimento da diabetes tipo 1. De forma a tentar clarificar esta possível associação, os investigadores do Helmholtz Zentrum Munchen, na Alemanha, analisaram os dados de 295.420 crianças que tinham nascido entre 2005 e 2007. Os participantes foram em média acompanhados até aos oito anos e meio. 
 
Ao longo do período de acompanhamento, verificou-se que 720 crianças foram diagnosticadas com diabetes tipo 1, o que representa uma incidência de 29 diagnósticos por 100 mil crianças por ano. Cerca de 93% das crianças teve, pelo menos, uma infeção antes dos dois anos e 97% das crianças com diabetes tipo 1 teve pelo menos uma infeção antes desta idade. Os investigadores constataram que cerca de 87% atingiram o trato respiratório e cerca de 84% tinham sido provocadas por vírus.
 
O estudo apurou que as crianças que tiveram infeções respiratórias até aos 2,9 meses ou entre os três meses e os 5,9 meses tinham maior probabilidade de serem diagnosticadas com diabetes tipo 1 aos oito anos, comparativamente com aquelas que não desenvolveram este tipo de infeções ao longo desta faixa etária.
 
O risco de a criança sofrer de diabetes tipo 1 aumentou ainda mais nas crianças que desenvolveram infeções respiratórias ao longo dos dois intervalos de idade.
 
"Não se sabe se a associação a infeções precoces reflete o aumento da exposição ao vírus ou um comprometimento da resposta do sistema imunológico, talvez devido à suscetibilidade genética. No entanto, a associação das infeções do trato respiratório nos primeiros seis meses à diabetes tipo 1 é consistente com estudos de menor dimensão que avaliaram o desenvolvimento de autoanticorpos, sugerindo que a primeira metade do ano de vida é crucial para o desenvolvimento do sistema imunitário e da autoimunidade”, concluíram os investigadores.
 
Fonte - http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/infecoes-respiratorias-aumentam-risco-de-diabetes-tipo-1?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160509
O impacto do estilo de vida nas bactérias intestinais
Estudo publicado na revista “Science”


Tudo o que se come ou se bebe afeta a flora intestinal e é provável que tenha impacto na saúde, conclui um estudo publicado na revista “Science”.
 
Para o estudo os investigadores da Universidade de Groningen, na Holanda, colheram amostras de fezes de mais de mil indivíduos. Estas amostras foram utilizadas para analisar o ADN das bactérias e outros organismos que habitam os intestinos. Adicionalmente, foi também recolhida informação sobre a dieta, toma de medicamentos e saúde dos participantes.
 
Através da análise do ADN foi possível avaliar os fatores que têm impacto na diversidade do microbioma. O microbioma intestinal consiste em dezenas de triliões de microrganismos, incluindo pelo menos mil espécies de bactérias, e pode pesar até cerca de 2 kg. Apesar de cerca de um terço do microbioma ser comum à maioria das pessoas, cerca de dois terços é específico para cada indivíduo.
 
O estudo, liderado por Cisca Wijmenga, apurou que os indivíduos que habitualmente consomem iogurtes ou leitelho têm uma grande diversidade de bactérias intestinais. Adicionalmente, verificou-se que a ingestão de café ou vinho também aumenta a diversidade, enquanto o leite gordo ou uma dieta com elevado teor calórico tem um efeito oposto.
 
Os investigadores identificaram 60 fatores que influenciam a diversidade bacteriana intestinal. Alexandra Zhernakova, uma das autoras do estudo, refere que apesar de ainda não saberem o que isto significa, há uma grande correlação entre a diversidade e saúde, ou seja, quanto maior é a diversidade melhor.
 
Para além da dieta, pelo menos 19 tipos de medicamentos diferentes, alguns dos quais muito utilizados, têm também impacto na diversidade do microbioma. Um estudo anterior levado a cabo pela mesma equipa de investigadores concluiu que os antiácidos diminuíam a diversidade e que os antibióticos, bem como a metaformina utilizada no tratamento da diabetes, também também afetavam o microbioma.
 
Na opinião de Cisca Wijmenga, estes resultados são importantes uma vez que a doença é resultante de muitos fatores, muitos dos quais, como os genes ou idade, não são modificáveis. No entanto, é possível alterar a diversidade do microbioma através da adaptação da dieta ou medicação. “Quando percebemos como isto funciona, abrem-se novas possibilidades”, concluiu a investigadora.
 
Fonte -http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/o-impacto-do-estilo-de-vida-nas-bacterias-intestinais?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160509
Artigo sobre "Para melhor compreender a Esclerose Lateral Amiotrófica" na revista "Plural & Singular", ed. 10, Março, Abril e Maio 2015

(Ana Catarina Candeias, Andreia Rocha, Cátia Candeias, Rosário Alves, Vítor Pinheiro)
















http://www.pluralesingular.pt

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Dia da Higiene das Mãos

05 maio 2016

No próximo dia 5 de maio de 2016 assinala-se o “Dia da Higiene das Mãos”. A Direção-Geral da Saúde através do Programa de Prevenção e Controlo da Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) promove um evento alusivo à prática da Higiene das Mãos e às Precauções Básicas de Controlo de Infeção no seu todo.

Constitui objetivo central deste evento, reunir os Grupos Regionais e Locais do PPCIRA, dirigentes e profissionais de saúde em geral, para refletir e debater estratégias de melhoria no âmbito da prevenção e controlo de infeção e da resistência aos antimicrobianos. De igual modo, pretende-se divulgar experiências de boas práticas na implementação da Campanha das Precauções Básicas de Controlo de Infeção (PBCI), permitindo troca de experiências e discussão de estratégias e metodologias de implementação.

Os profissionais de saúde (incluindo os Fisioterapeutas) podem inscrever-se no referido evento através deste formulário eletrónico.

Para mais informações consulte o Programa Provisório.


Para o efeito, a DGS disponibiliza no seu site oficial (microsite do PPCIRA) diversos materiais técnicos e promocionais alusivos a esta temática, para que possam ser utilizados livremente pelas Unidades de Saúde, no seu evento interno comemorativo da Semana das PBCI (Precauções Básicas de Controle de Infeção), acessíveis em:
  1. Abrir link https://www.dgs.pt/programa-de-prevencao-e-controlo-de-infecoes-e-de-resistencia-aos-antimicrobianos.aspx,
  2. Procurar : Campanha de Precauções Básicas de Controlo de Infeção (CPBCI),
  3. Ver no subnível: Campanha de Higiene das Mãos » Material de Implementação da Campanha,
  4. Consultar/Abrir, especialmente os pontos 1, 2, 3, e 8, que estão diretamente relacionadas com os Fisioterapeutas.

Realçamos também que poderão aceder à página da OMS, para obter informação e outros materiais promocionais de apoio atualizados alusivos ao Dia 5 de maio de 2016, através do seguinte link: http://www.who.int/gpsc/5may/en/.
Livre acesso e circulação no SNS

O processo de livre acesso e circulação do SNS, a implementar de forma gradual desde do início de maio, vai permitir que o cidadão, que aguarda pela primeira consulta de especialidade hospitalar, possa em articulação com o médico de família responsável pela referenciação, optar por qualquer uma das unidades hospitalares do SNS onde exista a especialidade em causa.

Segundo o Despacho nº 5911-B/2016, publicado a 3 de maio, a referenciação é efetuada tendo por base critérios prioritários como o interesse do utente, a proximidade geográfica e os tempos médios de resposta, acessíveis através do Portal do SNS, para a primeira consulta de especialidade hospitalar nas várias instituições do SNS.

Este processo de referenciação contribui para a implementação progressiva do Sistema Integrado de Gestão do Acesso no SNS (SIGA SNS), prioridade definida no Programa do XXI Governo Constitucional para a Saúde.

A medida visa maximizar a capacidade instalada no SNS, em cumprimento das regras de referenciação em vigor e pelas preferências dos utentes segundo critérios de interesse pessoal e de qualidade do desempenho das instituições.

Para uma melhor implementação do processo, a ACSS divulgará em breve uma Circular Informativa dirigida a todas as instituições e profissionais do SNS. 

terça-feira, 3 de maio de 2016

Música melhora processamento cerebral dos bebés
Estudo publicado no “Proceedings of the National Academy of Sciences”


Sessões de música melhoram o processamento cerebral tanto da música como de novos sons da fala em bebés de nove meses, dá conta um estudo publicado nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
 
Na opinião da líder do estudo, Christina Zhao, este trabalho sugere que a experiência de um padrão musical ritmado pode também melhorar a capacidade de detetar e fazer previsões sobre os padrões rítmicos na fala. “Isto significa que a participação em experiências musicais precoces pode ter um efeito mais global nas capacidades cognitivas”, referiu, em comunicado de imprensa, a investigadora.
 
As crianças vivem num mundo complexo em que os sons, as luzes e as sensações variam constantemente. A tarefa do bebé é reconhecer os padrões de atividade e prever o que irá ocorrer a seguir. “A perceção de padrões é uma capacidade cognitiva importante e a melhoria desta capacidade pode ter efeitos a longo prazo na aprendizagem”, referiu, uma das coautoras do estudo, Patricia Kuhl.
 
Tal como a música, a fala tem fortes padrões rítmicos. O ritmo das sílabas ajuda os ouvintes a distinguirem um som do outro e a perceber o que alguém está a dizer. É a capacidade de identificar diferenças nos discursos que ajuda os bebés a aprender a falar.
 
Neste estudo, os investigadores da Universidade de Washington, nos EUA, decidiram averiguar se o ensino de ritmos musicais poderia ajudar os bebés com os ritmos da fala. Ao longo de um mês, 39 bebés participaram em sessões de música de 12 a 15 minutos com os pais. As crianças foram sentadas em grupos de dois ou três com os pais de forma a guiá-los através das atividades.
 
Enquanto os 20 bebés e os pais incluídos no grupo da música ouviam a melodia, um dos investigadores demostrava o ritmo da mesma através de uma batida. Todas as músicas estavam em compasso ternário, que foi escolhido pelos investigadores por ser relativamente mais difícil de os bebés aprenderem.
 
Os 19 bebés do grupo de controlo participaram em sessões de brincadeira que não envolveram música, tendo brincado com carros, blocos e outros objetos que necessitavam de movimentos coordenados, mas sem música.
 
Uma semana após as sessões terem terminado, as respostas cerebrais dos bebés foram medidas através de uma magnetoencefalografia, de modo a avaliar a localização precisa e o momento da atividade cerebral. Enquanto estavam a ser submetidos a este procedimento, os bebés escutaram várias músicas e sons de palavras, a um ritmo que era ocasionalmente interrompido. O cérebro dos bebés demonstrou uma resposta específica que indicava que estava a detetar a interrupção.
 
Os investigadores focaram-se em duas regiões cerebrais, o córtex auditivo e o pré-frontal, que são importantes para as capacidades cognitivas, como controlo da atenção e deteção de padrões. Verificou-se que os bebés incluídos no grupo da música tinham uma resposta mais forte à interrupção do ritmo da música e da fala tanto no córtex auditivo e pré-frontal, comparativamente com o grupo de controlo.
 
Estes resultados sugerem que a participação nas sessões de música melhora a capacidade dos bebés detetarem os padrões de música.
 
"Esta investigação recorda-nos que os efeitos da música vão para além da música em si. As experiências musicais tem o potencial de aumentar competências cognitivas mais amplas que melhoram as capacidades das crianças em detetar, esperar e reagir rapidamente a padrões no mundo, que é altamente relevante no mundo complexo da atualidade", conclui Patricia Kuhl.
 
Fonte -http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/musica-melhora-processamento-cerebral-dos-bebes?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160502
Prevenção e tratamento da obesidade em idade pediátrica
Estudo da Universidade do Porto


Investigadores da Universidade do Porto (UP) avaliaram cerca de 250 crianças e adolescentes portugueses obesos para perceber a interação entre a predisposição genética e o exercício físico regular, de forma a prevenir e tratar a obesidade em idade pediátrica.
 
O projeto denominado "Genetic predisposition versus the effect of regular physical exercise on circulating adipokine levels in obese Portuguese adolescents", teve como objetivo avaliar essa interação em níveis circulantes de adipocinas.
 
Segundo o líder do projeto e professor da Faculdade de Farmácia da UP, Luís Belo, as adipocinas são um conjunto de substâncias produzidas pelo tecido adiposo (um órgão metabolicamente ativo), com papéis importantes no equilíbrio do organismo.
 
"Há evidências crescentes de que estas adipocinas, cuja secreção se encontra alterada nos obesos, estão envolvidas em outras doenças associadas à obesidade, nomeadamente a diabetes", explicou o investigador à agência Lusa.
 
Para além dos fatores ambientais, como a má alimentação e o sedentarismo, "a contribuição genética para o desenvolvimento da obesidade é já amplamente reconhecida, porém os genes envolvidos ainda não foram completamente identificados e estudados", acrescentou.
 
Na opinião de Lusi Belo, uma melhor compreensão da influência genética “pode ajudar a identificar indivíduos que apresentam riscos aumentados e que beneficiem mais de uma intervenção mais precoce/intensa".
 
Ao longo do estudo foi também analisada a interação entre a predisposição genética e o exercício físico com alguns exames laboratoriais de rotina, como é o caso dos níveis séricos de proteína C-reativa, o perfil lipídico, o hemograma e marcadores de resistência à insulina e do metabolismo do ferro.
 
Os investigadores concluíram que o exercício físico regular ajuda a melhorar fatores de risco cardiovascular (alguns mediados por adipocinas) que se encontram já alterados em obesos em idade pediátrica. Verificou-se ainda que a obesidade está associada a um aumento dos triglicerídeos e de proteína C-reativa, resistência à insulina e hipertensão, entre outros fatores de risco.
 
Os participantes foram estimulados, durante a investigação, para uma mudança nos hábitos de vida e convidados a participar num programa de intervenção de exercício físico regular, que teve a duração de nove meses (correspondente ao período do calendário escolar).
 
Fonte - http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/prevencao-e-tratamento-da-obesidade-em-idade-pediatrica?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160502
Doença do fígado gordo não alcoólica é um fator de risco da doença cardiovascular
Estudo publicado no “Journal of Hepatology”


Investigadores franceses concluíram que a doença do fígado gordo não alcoólica, e não as condições associadas, como a diabetes e obesidade, é um fator de risco independente da aterosclerose e consequentemente da doença cardiovascular, dá conta um estudo publicado no “Journal of Hepatology”.
 
Os investigadores da Universidade Pierre e Marie Curie, na França, recomendam um acompanhamento rigoroso da saúde cardiovascular e das complicações metabólicas nos pacientes com doença do fígado gordo não alcoólica.
 
A doença do fígado gordo não alcoólica é uma condição cada vez mais comum em pacientes com obesidade, diabetes tipo 2, dislipidemia aterogénica e hipertensão arterial. Alguns estudos indicaram que o fígado gordo e inflamado expressa vários fatores pró-inflamatórios e pró-coagulantes, assim como genes envolvidos na aterogénese acelerada.
 
“Isto levantou a possibilidade de a associação entre a doença do fígado gordo não alcoólica e a mortalidade cardiovascular poder não ser simplesmente mediada por fatores de risco partilhados e comuns, mas sim pelo facto de a doença do fígado gordo contribuir independentemente para o aumento do risco”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Vlad Ratziu.
 
Os investigadores, liderados por Raluca Pais, acompanharam, entre 1995 e 2012, seis mil pacientes de forma a averiguar se a doença do fígado gordo não alcoólica resulta ou é a causa da aterosclerose das artérias carótidas, os principais vasos sanguíneos no pescoço que fornecem sangue para o cérebro, pescoço e face.
 
Todos os pacientes foram analisados através de uma ressonância à carótida com medição da espessura da camada íntima-média e acumulação de gordura (placas) nestas artérias. Através da utilização do índice do fígado gordo, os investigadores verificaram que a esteatose (fígado gordo) estava associada à espessura íntima-média carotídea (C-IMT, sigla em inglês), uma lesão pré-aterosclerótica que prevê eventos cardiovasculares. A C-IMT aumenta proporcionalmente com o índice do fígado gordo, e esta associação foi independente dos fatores de risco cardiometabólicos tradicionais.
 
Em 5.671 pacientes, a esteatose previu melhor a C-IMT do que a diabetes ou dislipidemia, após os investigadores terem ajustado para a síndrome metabólica e fatores de risco cardiovascular. O acompanhamento a longo prazo de 1.872 pacientes veio confirmar que aqueles com fígado gordo eram mais propensos a desenvolver placa carotídea ao longo do tempo. A esteatose ocorreu em 12% e a placas carotídeas em 23% destes pacientes.
 
A C-IMT aumentou nos pacientes com esteatose, mas não naqueles sem esta condição. A esteatose previu a ocorrência de placas carotídeas independentemente da idade, sexo, diabetes tipo 2, tabagismo e outros fatores de risco cardiovascular.
 
O estudo concluiu que nos pacientes com síndrome metabólica em risco de eventos cardiovasculares, a doença do fígado gordo não alcoólica contribui para a aterosclerose precoce e sua progressão, independentemente dos fatores do risco cardiovasculares tradicionais.
 
Fonte - http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/doenca-do-figado-gordo-nao-alcoolica-e-um-fator-de-risco-da-doenca-cardiovascular?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160502

domingo, 1 de maio de 2016

Artigo sobre "Esclerose Múltipla" na revista "Plural & Singular", ed. 8, Set. Out. Nov. 2014

(Ana Catarina Candeias, Andreia Rocha, Cátia Candeias, Sílvia Inácio)















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Artigo sobre "Polineuropatia Amiloidótica Familiar do tipo Português" na revista "Plural & Singular", ed. 8, Set. Out. Nov. 2014

(Andreia Rocha e Ana Filipa Machado)

Artigo sobre "Distrofia Muscular de Duchenne" na revista "Plural & Singular", ed. 7, Junho, Julho e Agosto 2014

 (Ana Catarina Candeias, Andreia Rocha, Cátia Candeias)

  













http://pluralesingular.pt/
Artigo sobre "Fibrose Quística" na revista "Plural & Singular", ed. 7, Junho, Julho e Agosto 2014

(Andreia Rocha e Sílvia Inácio)




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