terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Baixo peso à nascença ligado a fraca capacidade cardiorrespiratória
Estudo publicado na revista “Journ. Of The American Heart Ass.”
Um estudo do Instituto Karolinska, Suécia, revela que os bebés com baixo peso à nascença têm mais probabilidade de ter uma fraca capacidade cardiorrespiratória na vida adulta.
 
Uma boa função cardiorrespiratória é fundamental para que haja um bom fluxo de oxigénio para os músculos durante o exercício, reduzindo o risco de inúmeras doenças e morte prematura.
 
Contudo, a incapacidade cardiorrespiratória dos adultos tem aumentado de forma alarmante, com uma proporção de incidência de 46% em 2017, quase o dobro de 1995 (27%) na população sueca.
 
Os investigadores propuseram-se neste estudo analisar o efeito do baixo peso à nascença entre as 37 e as 41 semanas. Para isso, seguiram mais de 280.000 homens desde o nascimento até à idade de entrada na vida militar (17-24 anos).
 
No momento da inscrição militar foram submetidos a um exame físico que incluiu a avaliação da performance aeróbica máxima numa bicicleta ergométrica.
 
Foi observado que aqueles que haviam nascido com mais peso tinham um melhor desempenho cardiorrespiratório. Mais, este desempenho aumentava a cada 450 gramas. Os resultados revelam assim um risco superior de 13% de morte prematura e de 15% de doenças cardiovasculares para aqueles com baixo peso à nascença.
 
Foram também avaliados mais de 50.000 irmãos dos participantes cujos resultados sugerem não haver fatores genéticos em comum que expliquem a relação entre o baixo peso e a função cardiorrespiratória, levando à hipótese de que esta relação seja adquirida no útero.
 
Esta investigação oferece informação de relevância para a saúde pública, visto que um cuidado pré-natal adequado pode evitar problemas de saúde fatais no futuro.
 
ALERT Life Sciences Computing, S.A. 

Descoberto papel protetor de astrócitos em doenças dos neurónios motores
Estudo publicado na revista “Brain”
Um estudo de cientistas do Instituto Francis Crick e da Universidade College London, RU, descobriram que os astrócitos podem proteger os neurónios motores de doenças degenerativas.
 
Uma doença dos neurónios motores éneurodegenerativa e destrói células nervosas (neurónios motores) no cérebro e medula espinal que controlam os movimentos, fala, respiração e deglutição. O mais conhecido tipo desta doença é a esclerose lateral amiotrófica (ELA).
 
Neste estudo, a equipa de investigadores descobriu que na doença, os neurónios motores do cérebro e medula espinal adoecem e morrem quando a proteína TDP-43 se desdobra mal e se acumula no local errado dentro dos neurónios motores.
 
Contudo, quando isto acontece nos astrócitos, células que sustentam os neurónios, estes parecem resistir e sobreviver.
 
Foi ainda observado que quando os astrócitos estão muito perto dos neurónios motores, os astrócitos mais resistentes protegem os neurónios da proteína mal desdobrada. Este mecanismo de salvação ajuda os neurónios a viverem mais tempo.
 
Os investigadores estão confiantes que este processo agora descoberto abra caminho a formas de tratamento que passem por fazer os neurónios motores imitarem este comportamento para que se protejam a si próprios  ou por potenciar quimicamente esta atividade dos astrócitos.
 
ALERT Life Sciences Computing, S.A.