segunda-feira, 15 de abril de 2013

Doenças reumáticas: necessitam de reforço das especialidades
Declarações do secretário de Estado da Saúde


As doenças reumáticas necessitam de uma integração mais eficaz entre os cuidados primários e hospitalares e de um “reforço das especialidades” nos hospitais, defendeu o secretário de Estado da Saúde.
 
“Entre 20 a 30% da população em Portugal sofrerá de doenças reumáticas, que causam um tremendo sofrimento individual e custos sociais muitíssimo importantes”, muitos dos quais são decorrentes das reformas antecipadas, revelou à agência Lusa Manuel Teixeira.
 
Sendo um “problema de saúde pública”, estas doenças constituem “um desafio muito grande para os sistemas de saúde”, que se torna ainda maior “quando se vivem situações em que os recursos se tornam bastante mais escassos”, como a situação que o país atravessa.
 
De acordo com Manuel Teixeira, a “boa gestão da doença reumática necessita de uma grande proximidade ao sistema de saúde, de bons cuidados primários, de uma boa integração entre os cuidados primários e os cuidados hospitalares e o reforço das especialidades nos cuidados hospitalares”. Contudo, “o sistema de saúde português ainda não atingiu de forma perfeita esse objetivo”.
 
“A gestão da doença crónica em Portugal ainda não é feita de forma tão integrada como é desejável e absolutamente necessária, sendo necessário trabalho adicional”, disse o governante.
Manuel Teixeira salientou ainda a importância da plataforma de dados de saúde para cumprir este objetivo, uma vez que permite aos profissionais de saúde, independentemente do local onde estão a exercer a sua atividade, aceder aos registos clínicos dos utentes.
 
“A plataforma já está implementada na maioria dos serviços do Serviço Nacional de Saúde. Isto vai permitir que os contactos dispersos dos doentes feitos em vários serviços de saúde tenham um fio condutor, centrado no próprio doente”, explicou.
 
Para o secretário de Estado, é necessário garantir que os tratamentos que os doentes estão a receber são os adequados: “A sociedade exige de uma forma veemente que os tratamentos que são muitos dispendiosos garantam ganhos em saúde”.
 
António Vilar frisou que “não há nenhuma doença que faça sofrer tanto, tanta gente, durante tanto tempo” como a artrite reumatoide, que afeta cerca de 40.000 portugueses.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/doencas-reumaticas-necessitam-de-reforco-das-especialidades?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20130415)

terça-feira, 2 de abril de 2013

Cancro do pulmão e a internet: o que têm em comum?
Estudo publicado na revista “Cancer Research”


O mesmo tipo de modelo matemático utilizado na previsão da popularidade dos sites da internet pode também ajudar a mapear o modo como o cancro do pulmão se dissemina no organismo, dá conta um estudo publicado na revista “Cancer Research”.
 
Neste estudo, uma equipa de investigadores de várias universidades e institutos de investigação dos EUA decidiram utilizar um algoritmo similar ao Google PageRank para analisar os padrões de disseminação do cancro do pulmão. “Esta investigação demonstra como a Internet é semelhante a um organismo vivo. Os mesmos tipos de ferramentas que nos ajudam a entender a propagação de informação através da web podem ajudar a compreender a disseminação do cancro no organismo”, revelou, em comunicado de imprensa, Paul Newton, da University of Southern California, nos EUA.
 
Através da aplicação de um sistema matemático sofisticado, os investigadores constataram que as metástases do cancro do pulmão não se disseminam numa única direção, desde o local primário do tumor até às zonas mais distantes. Contrariamente à visão médica tradicional, as células cancerígenas movimentam-se, simultaneamente, em mais do que uma direção.
 
O estudo também apurou que o primeiro local para onde as células tumorais se disseminam desempenha um papel importante na progressão da doença. Foi verificado que algumas zonas do organismo funcionam como esponjas, impedindo que as células cancerígenas se disseminem. Por outro lado, há outras zonas que funcionam como disseminadoras.
 
Os investigadores verificaram que os principais disseminadores são as glândulas adrenais e os rins, enquanto os nódulos linfáticos, fígado e ossos são as principais “esponjas”.
 
Na opinião dos autores do estudo, estes resultados poderão ter algum impacto nos cuidados de saúde, uma vez que poderão ajudar os médicos na escolha dos tratamentos mais adequados. Caso se saiba a zona do organismo para onde o cancro se disseminou, a utilização de exames de imagens e intervenções poderá ser rapidamente considerada de forma a focar o tratamento antes das células se disseminarem ainda mais.
 
O controlo da disseminação do cancro é vital para os cuidados prestados ao paciente. Enquanto um tumor do cancro primário (confinado a um único local) na maioria das vezes não é fatal, o prognóstico de um paciente pode piorar se o cancro se metastizar.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A 8http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/cancro-do-pulmao-e-a-internet-o-que-tem-em-comum?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20130401)