quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Obesidade está a fazer aumentar cancro nos mais jovens
Estudo publicado na “Obesity”
Um novo estudo apurou que a obesidade faz aumentar o risco de 13 diferentes tipos de cancro em jovens adultos.
 
O estudo que consistiu numa meta-análise de mais de 100 publicações demonstrou que o aumento da obesidade tem causado a incidência de certos tipos de cancro em grupos etários mais jovens, algo anteriormente só observado nos adultos mais velhos, e tem feito intensificar os mecanismos celulares que promovem a doença.
 
A equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade Case Western, EUA, que efetuou esta meta-análise, analisou estudos sobre animais, ensaios clínicos e dados sobre saúde pública para concluírem que à medida que aumenta a obesidade nos mais jovens, também aumentam os índices de carcinoma.
 
Segundo Nathan Berger, o autor do estudo, os jovens com índice de massa corporal (IMC) superior a 30 apresentam uma maior propensão para sofrerem de malignidades agressivas. 
 
A meta-análise apurou, por exemplo, que nos EUA nove dos 20 cancros mais comuns incidem atualmente sobre jovens adultos. Em 2016, quase um em cada 10 novos casos de cancro da mama verificaram-se em indivíduos de 20 a 44 anos, assim como um em cada quatro casos de cancro da tiroide.
 
A obesidade na infância poderá igualmente conduzir a cancro numa altura mais cedo ou mais tardia da vida. Segundo o investigador, o cancro pode alterar a propensão de um jovem para desenvolver cancro e que o risco se pode manter mesmo que o jovem emagreça. A obesidade faz alterar o ADN, incluindo alterações epigenéticas que fazem aumentar e manter o risco de cancro. 
 
Nathan Berger concluiu ainda que a obesidade faz acelerar a progressão do cancro de diversas formas. A obesidade produz um excesso de ativação do sistema imunitário, produzindo subprodutos prejudiciais que causam mutações no ADN, altera o metabolismo, provocando desequilíbrios hormonais que ajudam o cancro a desenvolver-se.
 
O autor explicou ainda que este estudo confirma que a obesidade promove o cancro através de múltiplas vias simultâneas. 
 
Como conclusão, o autor refere que os processos clínicos eletrónicos podem ajudar a organizar bases de dados que podem detetar padrões de perda de peso e assim obter indicação de um possível prognóstico. No entanto, “a forma mais eficaz de travar o desenvolvimento deste problema é prevenir a expansão da pandemia da obesidade em crianças e adultos”, defende Nathan Berger.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/obesidade-esta-a-fazer-aumentar-cancro-nos-mais-jovens?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20180403)
Desacelerada progressão da doença de Machado-Joseph em animais
Estudo da Universidade do Minho
Investigadores do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho demonstraram ser "possível atrasar a progressão" da doença de Machado-Joseph em animais, podendo significar uma "nova abordagem" àquela doença.
 
Em comunicado enviado à agência Lusa, o ICVS adianta que as investigadoras Sara Silva e Patrícia Maciel mostraram "pela primeira vez que o tratamento prolongado com creatina resulta num importante atraso da progressão da doença e numa melhoria significativa dos sintomas, com preservação dos neurónios que normalmente degeneram".
 
A doença de Machado-Joseph é uma doença neurodegenerativa hereditária, que provoca descoordenação motora (ataxia). É causada por uma mutação num gene, bastando um dos progenitores ser afetado para que os filhos tenham uma probabilidade de 50% de nascer com a doença.
 
Segundo explana o texto, a creatina é um "composto natural produzido pelo corpo humano e frequentemente utilizado por pessoas saudáveis, incluindo atletas".
 
O ICVS adianta que o "próximo passo é a realização de um ensaio clínico, sendo que a ausência de toxicidade associada à creatina torna mais fácil a sua concretização".
 
Os resultados deste estudo, acrescenta, "apontam para uma nova abordagem terapêutica da doença, que neste momento não tem cura nem tratamento eficaz".
 
O comunicado explica ainda que os sintomas da doença "têm habitualmente início na vida adulta, mas agravam-se progressivamente, levando a uma incapacidade muito marcada, com impacto nos doentes, mas também nos seus cuidadores".
 
Entre as manifestações mais comuns, refere o texto, são a "perda do controlo dos movimentos e do equilíbrio, espasmos musculares, dificuldades na deglutição e na articulação da fala, com progressão para a perda total de independência e morte prematura".
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/desacelerada-progressao-da-doenca-de-machado-joseph-em-animais?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20180416)
Criado adesivo que mede glicose no sangue de diabéticos
Estudo publicado na revista “Nature Nanotechnology”
Uma equipa de investigadores desenvolveu um novo adesivo para a pela que mede a glicose no sangue de pacientes com diabetes a cada 10 a 15 minutos.
 
O novo adesivo que tem vindo a ser desenvolvido por Richard Guy do Departamento de Farmácia e Farmacologia da Universidade de Bath, Inglaterra, e colegas, consegue monitorizar os níveis de glicose sem necessidade de picar a pele, e poderá tonar-se uma estratégia não invasiva de monitorização daquela substância nos pacientes com diabetes.
 
Muitos pacientes com diabetes têm medo da dor e de agulhas, o qual, aliado aos custos e inconveniência do processo de medição da glicose que envolve picar o dedo, torna a manutenção de um bom nível da glicose por vezes difícil. 
 
O adesivo para a pele criado na Universidade de Bath consiste em sensores minúsculos que usam correntes elétricas para retirarem glicose de fluído segregado pelas células dos folículos do pelo. O adesivo transfere a glicose para pequenos reservatórios e mede os níveis daquela substância a cada 10 a 15 minutos.
 
Os investigadores pretendem que seja possível ao adesivo enviar as medições para o “smartphone” ou “smartwatch” do utilizador para que ele saiba quando necessita de intervir ou tomar medicação.
 
Adicionalmente, o adesivo não pica a pele e a sua capacidade de medir a glicose a partir de uma área tão minúscula nos folículos dos pelos, confere-lhe muita exatidão, deixando de ser necessário confirmar os resultados através de uma amostra de sangue.
 
A equipa testou o novo adesivo em pele de porco e em humanos com diabetes, tendo obtido resultados altamente fidedigno. Em humanos saudáveis, o adesivo conseguiu monitorizar os níveis de glicose durante mais de seis horas. Agora, os investigadores tentarão prolongar o período de monitorização para 24 horas e melhorar ainda mais a exatidão de leitura.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/criado-adesivo-que-mede-glicose-no-sangue-de-diabeticos?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20180416)