segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Óleo de lavanda tem potente efeito antifúngico

Investigação da Universidade de Coimbra

O óleo da lavanda, vulgarmente conhecida por alfazema, poderá servir de base ao desenvolvimento de um novo fármaco antifúngico, conclui uma investigação que decorre na Universidade de Coimbra (UC), cujos resultados preliminares foram publicados no “Journal of Medical Microbiology”.

A investigação com o género Lavandula começou há cerca de dois anos e vai prosseguir, dado ser intenção dos investigadores continuar a estudar todas as espécies existentes em Portugal e descobrir qual a que tem um potencial maior.

Os ensaios de onde foram extraídos os resultados agora divulgados à comunidade científica realizaram-se com a Lavandula viridis, existente na zona algarvia. “Estamos na fase de ver qual a Lavandula que tem melhores potencialidades”, explicou à agência Lusa, Lígia Salgueiro, professora na Faculdade de Farmácia da UC e coordenadora da investigação, aludindo às propriedades para tratar “dermatofitoses”, várias micoses da pele, doenças como a “tinha” ou “pé de atleta”.

Segundo explicou a especialista, um novo fármaco a desenvolver poderá revelar-se como alternativa aos existentes que têm vindo a colocar alguns problemas de resistência à doença, nomeadamente para uso simultâneo ou para fazer prevenção.
Os investigadores vão agora dar continuidade aos ensaios sobre os mecanismos de acção da Lavandula, para elucidar onde vai actuar ao nível do microrganismo e por que inibe o crescimento e leva à morte do fungo. Paralelamente, segundo explicou a investigadora, estão a realizar-se alguns ensaios de actividade anti-inflamatória, porque muitas vezes a parte da inflamação e da infecção aparecem em simultâneo.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/oleo-de-lavanda-tem-potente-efeito-antifungico?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20110228)

Pessoas com nanismo não desenvolvem cancro e diabetes

Estudo publicado na revista “Science Translational Medicine”

Um pequeno grupo de equatorianos com uma mutação genética responsável pelo nanismo poderá ser a chave para prevenir o cancro e a diabetes, duas das maiores causas de morte no mundo ocidental, segundo avança um estudo publicado na revista “Science Translational Medicine”.

O estudo, realizado com um grupo de pessoas de um pequeno local no Equador, verificou que os indivíduos com níveis geneticamente baixos da hormona de crescimento, também apresentam poucos casos de cancro e diabetes. Os investigadores concluem que com fármacos já aprovados conseguir-se-á bloquear a hormona do crescimento e, deste modo, ajudar a prevenir essas doenças.

O estudo foi conduzido por Valter Longo, da Universidade da Califórnia do Sul e Jaime Guevara-Aguirre, um endocrinologista equatoriano. Os estudos foram realizados ao longo de 22 anos com os habitantes de uma comunidade isolada que tinham síndrome de Laron, que impede o organismo de utilizar a hormona do crescimento, gerando um tamanho de corpo muito pequeno.

A equipa avaliou cerca de uma centena de pessoas com a síndrome e 1.600 parentes, de tamanho normal de aldeias vizinhas, demonstrando que não havia entre eles casos de diabetes.

As conclusões apontam que não houve casos de cancros letais entre as pessoas com síndrome de Laron e que, entre os seus familiares e outras pessoas objecto de estudo, cerca de 5% desenvolveram diabetes e 17% cancro.

Por esta razão, os investigadores acreditam que os baixos níveis da hormona do crescimento desempenham um papel fundamental, dado que ambos os grupos viviam em ambientes semelhantes e tinham factores de risco genéticos semelhantes.

No estudo, a equipa examinou o sangue de pacientes com síndrome de Laron e descobriu duas diferenças: o seu ADN estava protegido contra os agentes causadores de cancro e o corpo removia rapidamente qualquer célula danificada antes que esta pudesse dar origem a um cancro. Os especialistas também descobriram que as pessoas do grupo com síndrome de Laron tinham maiores níveis de sensibilidade à insulina, o que explicaria o facto de não terem diabetes.

FONTE: ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/pessoas-com-nanismo-nao-desenvolvem-cancro-e-diabetes?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20110228)

Portal de doenças raras está disponível em português

Declarações do coordenador nacional do projecto


O portal Orphanet que reúne informação sobre as 6.500 doenças raras que afectam entre 25 a 30 milhões de europeus, está desde ontem disponível também em português, revelou à agência Lusa o coordenador nacional do projecto, Jorge Sequeiros.

“É um instrumento que reúne informação credível e que será um recurso importante para doentes, médicos, cientistas e associações”, dá conta o responsável. Nele pode ser consultada informação sobre consultas especializadas, ensaios clínicos ou associações de doentes.

O projecto teve início há 20 anos e inclui informação sobre 38 países, nomeadamente sobre Portugal, contando com 20 mil visitas diárias. Mas, a partir de agora, a informação “vai estar disponível também em português”, notou o responsável do Centro de Genética Preditiva e Preventiva do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC).

A equipa liderada pelo investigador dedicou “os últimos dois anos a trabalhar na tradução da informação” e pretende “continuar a fazer o levantamento sobre medicamentos órfãos”.

A expressão refere-se aos medicamentos que servem para tratar as doenças raras: “Comercialmente, estes medicamentos não têm grande vantagem, porque sendo doenças raras, o número de doentes é reduzido. A indústria farmacêutica não aposta nestes medicamentos, a não ser quando existem estímulos europeus ou nacionais”.

O portal Orphanet (www.orpha.net) irá ser apresentado amanhã, numa reunião com o tema “Raros mas iguais”, onde estarão presentes vários especialistas e representantes de associações de doentes.

FONTE: ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/portal-de-doencas-raras-esta-disponivel-em-portugues?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20110228)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Incidência do cancro do cólon está aumentar entre os portugueses

Dados apresentados nas XVIII jornadas do Registo Oncológico Regional do Sul

A incidência do cancro do cólon está aumentar entre os portugueses, este é um dos dados estatísticos apresentados nas XVIII jornadas do Registo Oncológico Regional do Sul, que decorreram esta semana em Olhão.

A responsável do Registo Oncológico Regional do Sul (ROR-Sul), Ana Miranda, revelou à agência Lusa que, “os tumores do cólon continuam a assumir um papel muito relevante ao nível da incidência e da mortalidade no âmbito dos tumores, quer na mulher quer no homem. Antigamente o estômago tinha um papel muito relevante e neste momento está a perder essa relevância em relação aos tumores do cólon”.

Este é um dos dados estatísticos que podem ser aferidos com uma nova plataforma, que estará disponível num portal on-line para pesquisa por parte de todos os interessados, adiantou a responsável.

Ana Miranda salientou que um dos temas mais importantes e em foco nestas jornadas “tem a ver com bases de dados em saúde” porque existem várias “e é bom que se saiba aquilo que se pode obter para não replicar trabalho” e assim “haver economia de tempo”.

“Um doente oncológico vai a mais de uma instituição e tínhamos duplicação e triplicação dos dados. Com o novo formato, com o portal, todos as instituições acedem e registam apenas o que fizeram ao doente. Vamos obter informação de maior qualidade, mais completa”, adiantou.

A responsável do ROR-Sul adiantou ainda que a ferramenta para a Internet “que vai conter e disponibilizar dados de incidência, sobrevivência e mortalidade” vai permitir “saber o número de casos que aconteceram por região, por distrito, os casos que ocorreram em mulheres com menos de 35 anos ou que tiveram cancro da mama em 2005”.

“Daqui para a frente haverá dados ano a ano e isto vai permitir, daqui a uma década, analisar tendências e fazer projecções para os próximos anos, o que com anos agregados não conseguíamos fazer”, acrescentou a especialista.

(Fonte: http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/incidencia-do-cancro-do-colon-esta-aumentar-entre-os-portugueses?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20110214)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Prática de exercício físico aumenta memória dos idosos

Estudo publicado na revista “PNAS”

A prática de exercício aeróbio moderado durante um ano pode melhorar a memória dos idosos, revela um estudo publicado na revista “PNAS”.

Neste estudo, que teve a participação da University of Pittsburgh, University of Illinois, Rice University, e da Ohio State University, os investigadores contaram com a participação de 120 idosos sedentários, que não manifestavam demência mas que apresentavam atrofia do hipocampo, uma estrutura cerebral que desempenha um papel fundamental na formação de memória.

Os investigadores, liderados por Kirk Erickson, dividiram os idosos em dois grupos distintos: uns que começaram a fazer caminhadas durante 40 minutos por dia, três vezes por semana, e um outro grupo que se limitava a fazer exercícios de alongamentos e tonificação. Todos os participantes foram submetidos a uma ressonância magnética antes do início do programa físico, após seis meses e ao fim de um ano de estudo.

O estudo revelou que os participantes que tinham praticado exercício aeróbio apresentavam um aumento no volume do hipocampo esquerdo e direito de 2,12 % e 1,97 %, respectivamente. Para os que se limitaram a praticar exercícios de alongamento, as mesmas regiões do cérebro diminuíram em volume, 1,40 e 1,43 %, respectivamente.

Os investigadores explicaram que os participantes que tinham praticado exercício aeróbio apresentaram um aumento da função da memória, quando comparada com a obtida no início do estudo, uma melhoria que foi associada ao aumento do tamanho do hipocampo. Os autores do estudo também analisaram vários biomarcadores associados à função cerebral incluindo o factor neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), uma pequena molécula envolvida na aprendizagem e na memória. Foi constatado que o aumento do volume do hipocampo está associado a um aumento do BDNF.

Em comunicado enviado à imprensa, Art Kramer, director do instituto de Beckman da University of Illinois revelou que “os resultados do estudo são particularmente interessantes na medida em que sugerem que até mesmo a prática de exercício moderado, por indivíduos idosos sedentários, pode conduzir a melhorias significativas da memória e da saúde do cérebro". Acrescentando que “ estas melhorias têm implicações importantes na saúde dos nossos cidadãos e na população idosa de todo o mundo”

ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Fonte: http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/pratica-de-exercicio-fisico-aumenta-memoria-dos-idosos?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20110207

Como aumentar o poder anticancerígeno dos brócolos?

Estudo publicado na revista “Nutrition and Cancer”

O modo como consumimos os brócolos tem importância para aumentar o efeito anticancerígeno desta planta crucífera, refere um estudo publicado na revista “Nutrition and Cancer”.

Um estudo da University of Illinois, nos EUA, fornece provas de que modo como preparamos os brócolos, consumindo os seus rebentos, pode duplicar os efeitos anticancerígenos desta planta. De acordo com a líder do estudo, Elizabeth Jeffery, “o consumo de três a quatro porções por semana são suficientes para proteger o corpo contra a doença, mas para obter estes benefícios, a enzima mirosinase deve estar presente – caso contrário, o sulforafano, substância presente nos brócolos - que previne o cancro e tem efeitos anti-inflamatórios - não é formada”.

Também o tempo de cozedura pode fazer a diferença. Segundo os cientistas, muitas pessoas destroem a mirosinase ao cozinharem os brócolos durante tempo a mais. O ideal para obtermos o máximo das propriedades anticancerígenas é cozinhar durante dois a quatro minutos. Pelo mesmo motivo, esta planta não deve ser frita. Outros alimentos que contêm sulforafano e que podem (e devem) ser consumidos com os brócolos para aumentar os seus benefícios são a mostarda, o rabanete, rúcula e wasabi.

Quanto aos suplementos de brócolos, fórmulas em pó vendidas no mercado, podem não ter tanto efeito quanto os frescos por não conterem a enzima necessária. Segundo os investigadores, estes suplementos não contêm todas as substâncias com propriedades anticancerigenas. “Os rebentos de brócolos contêm mirosinase em abundância. E o pó de brócolos contém frequentemente o precursor do sulforafano sem a enzima, quando ingeridos em conjunto, reforçam os benefícios saudáveis”, explicou, a co-autora do estudo, Jenna Cramer.

O estudo teve como base a análise de quatro homens saudáveis após a ingestão de refeições que continham rebentos de brócolos, apenas brócolos em pó, ou a combinação dos dois. Para a análise, os investigadores mediram os níveis de metabolitos de sulforafano no sangue e na urina após a alimentação. Três horas após a ingestão dos alimentos, um efeito sinergístico foi observado entre o pó e os rebentos: houve um aumento de quase duas vezes na absorção do sulforafano quando ambos eram ingeridos juntos.

ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Fonte: http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/como-aumentar-o-poder-anticancerigeno-dos-brocolos?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20110207