segunda-feira, 18 de abril de 2016

Obesidade mais do que duplicou nos últimos 40 anos
Estudo publicado na revista “The Lancet”


Nos últimos 40 anos a obesidade entre os homens triplicou e nas mulheres mais do que duplicou, dá conta um estudo que envolveu 20 milhões de adultos de 186 países e que foi publicado na revista “The Lancet”.
 
O estudo foi realizado pelos investigadores do Imperial College London, no Reino Unido, tendo contado com a colaboração da investigadora Cristina Padez, do Centro de Investigação em Antropologia da Saúde (CIAS), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
 
Os investigadores constataram que, entre 1975 e 2014 a obesidade entre os homens triplicou (de cerca de 3%, em 1975, para quase 11%, em 2014) e que nas mulheres mais do que duplicou (de mais de 6% para perto de 15%), refere a nota da Universidade de Coimbra (UC) à qual a agência Lusa teve acesso.
 
Os dados relativos a Portugal são “compostos por uma amostra de mais de 820 mil jovens adultos de todo o país, com idades compreendidas entre os 18 e 20 anos, de vários estratos sociais, que participaram nas inspeções militares, no período 1985-2000”, refere a especialista do CIAS.
 
Em 2014, “266 milhões de homens e 375 milhões de mulheres em todo o mundo eram obesos, significando também que a população mundial tornou-se mais pesada em cerca de 1,5 quilogramas em cada década subsequente desde 1975”, referiu a UC.
 
Adicionalmente, 2,3% dos homens e 5% de mulheres de todo o mundo têm a “classificação de obesidade grave, colocando-os em risco acrescido para o desenvolvimento de doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e vários tipos de cancro”.
 
O estudo, que envolveu a Organização Mundial de Saúde (OMS), previu igualmente as tendências globais de evolução da obesidade, indicando que, em 2025, 18% dos homens e 21% das mulheres sofrerão de obesidade.
 
Fonte - http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/obesidade-mais-do-que-duplicou-nos-ultimos-40-anos?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160418
Saúde mental: cada euro gasto equivale a um retorno de quatro
Estudo publicado na revista “The Lancet Psychiatry”

 
Cada euro investido no tratamento da depressão e ansiedade resulta no ganho de quatro em saúde e capacidade de trabalho, dá conta um estudo publicado na revista “The Lancet Psychiatry”.
 
Segundo a notícia avançada pela agência Lusa, o estudo, coordenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), estima os benefícios de investir em tratamentos para as formas mais comuns de doença mental a nível global, tanto para a saúde, como para a economia.
 
"Sabemos que o tratamento da depressão e da ansiedade faz sentido em termos de saúde e bem-estar. Este novo estudo confirma que faz muito sentido a nível económico também", referiu a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, citada num comunicado conjunto da OMS e do Banco Mundial.
 
Margaret Chan refere que é necessário "encontrar maneira de assegurar que o acesso aos serviços de saúde mental se torna uma realidade para todos os homens, mulheres e crianças, onde quer que eles vivam".
 
O número de pessoas que sofre de depressão e/ou ansiedade aumentou quase 50% entre 1990 e 2013, de 416 milhões para 615 milhões em todo o mundo. Atualmente, cerca de uma em cada dez pessoas sofre de doenças mentais e estas representam 30% do peso global das doenças não fatais.
 
As situações de emergência e de conflito contribuem ainda mais para o problema. A OMS estima que, durante essas crises, cerca de uma em cada cinco pessoas seja afetada por depressão e ansiedade.
 
O estudo calculou os custos do tratamento e os respetivos benefícios em 36 países de baixo, médio e alto rendimento entre 2016 e 2030.
 
O custo de apostar no tratamento, sobretudo em aconselhamento psicossocial e medicação antidepressiva, é estimado em 147 mil milhões de dólares (128 mil milhões de euros). No entanto, segundo os autores do estudo, o retorno compensa largamente o custo.
 
Um aumento de cinco por cento na participação da força de trabalho e na produtividade é valorizada em 399 mil milhões de dólares (349 mil milhões de euros) e a melhoria na saúde equivale a mais 310 mil milhões de dólares (271 mil milhões de euros) em retorno.
 
O problema é que o investimento atual em serviços de saúde mental está muito abaixo das necessidades. "Apesar de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo viverem com doenças mentais, a saúde mental continua na sombra", referiu o presidente do Grupo Banco Mundial, Jim Yong Kim.
 
"Não é apenas uma questão de saúde pública, é uma questão de desenvolvimento. Temos de atuar agora porque a perda de produtividade é algo que a economia global simplesmente não pode pagar”, concluiu.
 
Fonte - http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/saude-mental-cada-euro-gasto-equivale-a-um-retorno-de-quatro?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160418 (ALERT Life Sciences Computing, S.A)

domingo, 10 de abril de 2016

Diabetes na população portuguesa, uma análise do estudo e_COR 

 
 
Calcular a prevalência de diabetes mellitus na população portuguesa, bem como avaliar o conhecimento, tratamento e controlo desta patologia foram os objetivos de um estudo efetuado pelo Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis do Instituto Ricardo Jorge. Este trabalho teve por base a população do estudo e_COR.

De acordo com os resultados obtidos, a prevalência absoluta da diabetes foi de 8,9%, o que extrapolado para a população portuguesa corresponde a 688.568 indivíduos entre os 18 e 79 anos. Esta prevalência é significativamente mais elevada no sexo masculino e aumenta significativamente com a idade. Na população dos diabéticos, 80,7% conhecem a sua patologia, 82,0% estão medicados, 64,0% estão controlados e 60,7% dos diabéticos medicados estão controlados.

A prova de tolerância à glicose (PTGO) não foi determinada, pelo que os resultados apresentados foram apurados com base somente nos valores de glicose em jejum. Os responsáveis pelo estudo admitem que cerca de 4% dos diabéticos só seriam identificados pela PTGO, pelo que a prevalência obtida neste trabalho está em consonância com a registada pelo Observatório Nacional da Diabetes em Portugal (13,1% em 2015).


O estudo e_COR é um estudo populacional, com uma componente laboratorial, que foi realizado nas cinco regiões de Portugal Continental, de modo a obter dados representativos dos principais fatores de risco cardiovascular na população portuguesa. Participaram neste estudo 1688 indivíduos (848 homens e 840 mulheres, com idade entre os 18 e 79 anos) distribuídos pelas regiões Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve.

As doenças cardiovasculares são umas das principais causas de morbilidade
e mortalidade a nível mundial, sendo um importante problema de saúde pública. A diabetes mellitus é um fator de risco cardiovascular e a sua incidência tem vindo a aumentar mundialmente.


http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/ComInf/Noticias/Paginas/ArtigoDiabetese_COR.aspx
História familiar de diabetes e outras co-morbilidades em crianças portuguesas com excesso de peso e obesidade, COSI Portugal 2013 
 
 
 
O Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Ricardo Jorge efetuou um estudo com o objetivo de verificar a existência de associação entre os antecedentes familiares da diabetes e co-morbilidades e o estado nutricional das crianças que participaram no estudo COSI Portugal 2013 (Childhood Obesity Surveillance Initiative). Os resultados deste trabalho revelam que, no COSI Portugal 2013, 13% das famílias das crianças indicaram ter diabetes tipo II e mais de metade destas tinham-no associado à hipertensão arterial ou hipercolesterolemia.

A diabetes e o colesterol elevado representam duas das principais co-morbilidades que estão associadas à obesidade, facto que reforça que famílias com estas patologias, apresentam, por norma, comportamentos alimentares menos saudáveis responsáveis pelo ambiente obesogénico em que a criança se desenvolve promovendo assim o desenvolvimento do excesso peso e obesidade. Os resultados deste estudo confirmam essa influência já que existe um risco 1,25 vezes maior de crianças, cujas famílias apresentam antecedentes de diabetes e colesterol elevado, de apresentarem excesso de peso.

A obesidade é considerada uma das doenças mais prevalentes na infância e um sério desafio de saúde pública a nível mundial. O projeto COSI da Organização Mundial da Saúde (OMS)/Europa, é um sistema de vigilância nutricional infantil que produz dados comparáveis entre países da Europa monitorizando a obesidade infantil a cada 2-3 anos através de um protocolo metodológico comum. 

Coordenado cientificamente pelo Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição, em articulação com a Direção-Geral da Saúde e implementado a nível regional pelas Administrações Regionais de Saúde e Direções Regionais de Saúde  dos Açores e da Madeira, o COSI Portugal constitui-se como o principal estudo que providencia dados de prevalência de baixo peso, excesso de peso e obesidade de crianças portuguesas dos seis aos oito anos.

http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/ComInf/Noticias/Paginas/ArtigoDiabetesCOSIPortugal2013.aspx

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Atividade física pode diminuir risco de morte por doença pulmonar obstrutiva crónica
Estudo publicado na revista “ERJ Open Research”

A prática de exercício físico, de moderado a vigoroso, pode reduzir eficazmente o risco de morte após hospitalização por doença pulmonar obstrutiva crónica, conclui um estudo publicado na revista “ERJ Open Research”.
 
O estudo realizado pelos investigadores do Kaiser Permanente do Sul da Califórnia, nos EUA, vem mais uma vez comprovar que a atividade física deve ser utilizada para monitorizar e tratar os pacientes com doença pulmonar obstrutiva crónica.
 
Os pacientes com doença obstrutiva crónica podem ser hospitalizados se tiveram uma exacerbação dos sintomas. As taxas de readmissão e de mortalidade são elevadas após qualquer hospitalização inicial. Adicionalmente, os internamentos por exacerbações graves da doença pulmonar obstrutiva crónica são responsáveis por cerca de 70% dos custos de saúde associados à doença. Deste modo, é fundamental que os profissionais de saúde sejam capazes de identificar os pacientes com elevado risco de readmissão.
 
Para o estudo, os investigadores, liderados por Marilyn Moy, analisaram os registos médicos de 2.370 pacientes que tinham sido hospitalizados por doença pulmonar obstrutiva crónica durante um ano, tendo sido dada especial atenção à prática de exercício físico.
 
Os investigadores apuraram que os pacientes mais ativos apresentavam um risco 47% menor de morrerem nos 12 meses seguintes após a hospitalização por doença pulmonar obstrutiva crónica, comparativamente com os pacientes inativos. Adicionalmente verificou-se que os pacientes que eram ativos, mas em níveis insuficientes ainda tinham um risco 28% menor de morte, comparativamente com aqueles que não praticavam qualquer atividade física.
 
Os autores do estudo concluem que a monitorização dos níveis de atividade física pode ajudar os profissionais de saúde a identificar, monitorizar e tratar os pacientes com elevado risco de morte após hospitalização por esta doença pulmonar.
 
“Sabemos que a atividade física pode ter um efeito benéfico nos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crónica. Estes resultados confirmam que pode também reduzir o risco de morte após hospitalização por exacerbação aguda dos sintomas. Os resultados também demonstram a importância da avaliação rotineira da atividade física nos cuidados de saúde para identificar os pacientes de elevado risco, como parte de uma estratégia mais abrangente para promover a atividade física neste tipo de população mais sedentária”, concluiu a investigadora. 
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/atividade-fisica-pode-diminuir-risco-de-morte-por-doenca-pulmonar-obstrutiva-cron?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160329)
Antibióticos antes dos dois anos aumentam risco de obesidade
Estudo publicado na revista “Gastroenterology”

 

A administração de três ou mais cursos de antibióticos antes dos dois anos está associada a um aumento do risco de as crianças desenvolverem obesidade na infância, dá conta um estudo publicado na revista “Gastroenterology”.
 
Há muito que os antibióticos são utilizados para promover o aumento do peso nos animais. Este estudo, levado a cabo pelos investigadores da Universidade do Colorado, nos EUA, vem confirmar que os antibióticos têm o mesmo efeito nos seres humanos.
 
“Estes resultados não significam que não se deva utilizar antibióticos quando são necessários, mas incentivam os médicos e os pais a pensar duas vezes no uso de antibióticos em crianças na ausência de indicações bem estabelecidas”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Frank Irving Scott.
 
Para o estudo contaram com a participação de 21.714 crianças para avaliar a associação entre a exposição a antibióticos antes dos dois anos e obesidade aos quatro anos. Verificou-se que as crianças que tinham sido expostas a antibióticos apresentavam um aumento de 1,2% e de 25 % no risco absoluto e relativo de desenvolverem obesidade infantil. O risco foi maior quando foram consideradas exposições repetidas aos antibióticos, particularmente três ou mais cursos.
 
Na opinião do investigador, este estudo apoia a teoria de que os antibióticos podem alterar progressivamente a composição e a função da flora intestinal, predispondo consequentemente as crianças para a obesidade, tal como acontece nos animais.
 
Estima-se que, anualmente, sejam prescritos antibióticos em 49 milhões de consultas pediátricas de ambulatório nos EUA. Contudo, uma grande proporção destas prescrições, mais de 10 milhões por ano, são dadas a crianças que não apresentam indicação clara para tal. Isto acontece apesar de haver um aumento da consciência dos riscos sociais da resistência aos antibióticos, bem como outros riscos, nomeadamente problemas dermatológicos, alergias, complicações resultantes das infeções, doença inflamatória dos intestinos e condições autoimunes.
 
Na opinião dos investigadores são necessários mais estudos para averiguar se estes achados permanecem na adolescência bem como no início da idade adulta e se existem classes específicas de antibióticos que estejam mais fortemente associadas à obesidade.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/antibioticos-antes-dos-dois-anos-aumentam-risco-de-obesidade?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160404)
Concussões cerebrais podem ser diagnosticadas através de teste sanguíneo
Estudo publicado no “JAMA Neurology”

 
Investigadores americanos foram capazes de detetar concussões cerebrais em pacientes sete dias após a lesão através de um teste sanguíneo simples, refere um estudo publicado no “JAMA Neurology”. 
 
"Os sintomas de uma concussão, ou de uma lesão cerebral traumática ligeira a moderada, podem ser subtis e ter início, em muitos casos, apenas vários dias mais tarde. Isto pode fornecer aos médicos uma ferramenta importante para diagnosticar com precisão os pacientes, particularmente as crianças, e garantir que são tratados adequadamente”, revelou, em comunicado de imprensa, a líder do estudo, Linda Papa.
 
Estima-se que quase um quarto de um milhão de crianças sejam tratadas anualmente por concussões resultantes da prática de desportos. Quase todas as concussões em crianças são diagnosticadas apenas pelos sintomas que podem ser observados, como vómitos ou perda de equilíbrio, ou sintomas relatados pela criança, como visão turva ou dores de cabeça. Contudo, com base nestes sintomas, o médico não é capaz de determinar, de forma objetiva, a gravidade da lesão.
 
A investigadora refere que se os pacientes não forem diagnosticados e tratados corretamente podem ter problemas a longo prazo. No caso de as lesões cerebrais traumáticas, como as concussões, não serem tratadas adequadamente pode conduzir a crises prolongadas de dores de cabeça, tonturas, perda de memória e depressão.
 
O biomarcador analisado pelos investigadores da Orlando Health, nos EUA, é conhecido por proteína ácida fibrilar glial (GFAP, sigla em inglês). Estas proteínas podem ser encontradas nas células gliais, que rodeiam os neurónios do cérebro. Quando ocorre uma lesão, a GFAP é libertada. O que as torna únicas é o facto de atravessarem a barreira sangue cérebro e entrarem na corrente sanguínea, sendo, por isso, mais fáceis de detetar através do teste.  
 
Para o estudo, os investigadores analisaram perto de 600 pacientes ao longo de três anos. Verificou-se que o teste sanguíneo foi capaz de detetar lesões cerebrais traumáticas ligeiras a moderadas com 97% de precisão em pacientes com 18 ou mais anos de idade. O teste também indicou quais os pacientes que necessitavam de neurocirurgia para salvar a vida. 
 
Estes resultados sugerem que os médicos podem utilizar o teste uma semana após a lesão. Isto é importante, uma vez que muitos pacientes só procuram ajuda médica alguns dias após a concussão. O teste pode também diminuir drasticamente a necessidade da realização de tomografias, que, apesar de serem o método de diagnóstico mais preciso para a avaliação das lesões cerebrais, é dispendioso e está associado a exposição à radiação.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/concussoes-cerebrais-podem-ser-diagnosticadas-atraves-de-teste-sanguineo?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160404)
Mais de metade das crianças têm níveis inadequados de iodo
Estudo da Universidade do Porto

 
Mais de metade das crianças portuguesas (55%) não têm os níveis adequados de iodo e 31% apresentam deficiência daquele micronutriente, cuja carência pode comprometer o desenvolvimento cognitivo, dá conta um estudo da Universidade do Porto que incluiu 825 crianças portuguesas.
 
O estudo levado a cabo pelos investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto constatou também que, das crianças analisadas com idades compreendidas entre os seis e os 12 anos e a frequentar escolas na região do Tâmega, no norte de Portugal, 24% apresenta “excesso de iodo”.
 
A líder do estudo, Conceição Calhau, referiu à agência Lusa que os resultados são “preocupantes” e que a falta de iodo na alimentação das crianças pode comprometer o Coeficiente de Inteligência (QI) em 15 pontos.
 
De forma a resolver o problema da carência de iodo nas crianças portuguesas, a especialista defende a introdução de uma legislação relativa ao sal.
 
“O sal devia ser iodado com uma quantidade de iodo por quilo de sal que, com baixo consumo de sal, se consiga o aporte necessário de iodo”, explicou, referindo que essa é uma solução implementada na grande parte dos países mundiais, onde, com ingestões baixas de sal, se consegue cobrir as “necessidades diárias de iodo”.
 
A carência de iodo na dieta alimentar acarreta “graves problemas de saúde”, podendo comprometer diversas funções do organismo, designadamente a taxa de metabolismo basal e temperatura corporal, que têm um “papel determinante no crescimento e desenvolvimento dos órgãos, especialmente do cérebro”, refere a investigadora.
 
O estudo, denominado “Iogeneration” pretende obter dados científicos para que se possa delinear uma política de saúde pública sobre a questão do iodo.
 
A necessidade diária de iodo é entre as 90 e 150 microgramas, em função da idade da criança. O iodo é um micronutriente que serve para manter equilibrados os processos metabólicos do crescimento e desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso desde a 15ª semana de gestação do bebé até aos três anos de idade, além de regular a produção de energia e consumo de gordura acumulada. 
 
Os alimentos mais ricos em iodo são os de origem marinha, como, por exemplo, a cavala, mexilhão, bacalhau, salmão, pescada, berbigão ou camarão, mas também existe no leite, ovo ou fígado.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/mais-de-metade-das-criancas-tem-niveis-inadequados-de-iodo?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160404)