domingo, 28 de maio de 2017

Dispositivos móveis associados a atrasos na fala em bebés
Estudo apresentado na Conferência das Associações Académicas Pediátricas 2017

 
Um novo estudo indicou que quanto mais tempo as crianças com menos de dois anos de idade passam com dispositivos móveis, maior é a possibilidade de terem atrasos na fala.
 
O estudo apresentado na edição de 2017 da Conferência das Associações Académicas Pediátricas, EUA, foi efetuado na sequência do crescimento cada vez maior de “smartphones”, “tablets”, jogos eletrónicos e outros ecrãs que podem ser manuseados, em casa, que se tem verificado nos últimos anos.
 
Para o estudo conduzido por uma equipa de investigadores liderada por Catherine Birken, pediatra e investigadora no Hospital for Sick Children (SickKids), Canadá, contou com a participação de 894 crianças com idades compreendidas entre os 6 meses e os 2 anos e que faziam parte de uma rede de estudos de Toronto, Canadá, denominada TARGet Kids, entre 2011 e 2015.
 
Na consulta dos 18 meses, segundo os pais 20% das crianças passavam em média 28 minutos com dispositivos móveis. 
 
Os investigadores usaram uma ferramenta de rastreio para verificar atrasos na linguagem. Foi observado que quanto mais tempo as crianças passavam com os dispositivos móveis, maior era a probabilidade de apresentarem atrasos no discurso expressivo. Por cada aumento de 30 minutos com um dispositivo móvel, as crianças apresentavam um acréscimo de 49% de atraso no discurso expressivo.
 
A equipa não encontrou uma associação entre o uso de dispositivos móveis e outros atrasos na comunicação, tal como interações sociais, linguagem ou gestos corporais.
 
“Apesar de as novas linhas orientadoras da pediatria sugerirem limitar o tempo passado com ecrãs nos bebés e crianças pequenas, acreditamos que o uso de “smartphones” e “tablets” por crianças pequenas se tenha tornado comum”, avançou Catherine Birken.
 
A investigadora acrescentou ainda que os resultados suportam uma recomendação recente da Associação Americana de Pediatria que desencoraja o uso de qualquer tipo de media em bebés com menos de 18 meses. 
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/dispositivos-moveis-associados-a-atrasos-na-fala-em-bebes?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20170516)
Amamentação pode fazer reduzir risco de diabetes tipo 1 no bebé
Estudo publicado na “Diabetologia”

 
A amamentação, ou alguns componentes do leite materno, incluindo ácidos gordos, são protetores
 
A ingestão pelo bebé de ómega-3 através do leite materno, desde muito cedo, poderá fazer diminuir o risco de diabetes de tipo 1 no bebé, sugere um novo estudo.
 
O estudo conduzido por uma equipa de investigadores liderada por Sari Niinistö, do Instituto Nacional de Saúde e Bem-Estar em Helsínquia, Finlândia, propôs-se estudar se a ingestão de ácido gordos polinsaturados ómega-3 através da amamentação poderia ajudar a prevenir aquela doença nos bebés.
 
Para o efeito, a equipa usou dados do Estudo Finlandês de Prognóstico e Prevenção da Diabetes de Tipo 1. Os investigadores analisaram a associação entre níveis séricos elevados de ómega-3 e o desenvolvimento de autoimunidade em crianças que já apresentavam um maior risco de desenvolverem diabetes de tipo 1. 
 
Foram analisados 7.782 bebés com idades compreendidas entre os 3 e os 24 meses, os quais apresentavam um risco genético de desenvolverem diabetes de tipo 1. Os investigadores retiraram amostras de sangue com regularidade, até aos 15 anos das crianças, para monitorizar os autoanticorpos anti-ilhota. As ilhotas pancreáticas são aglomerados de células que contêm as células beta produtoras de insulina. 
 
A equipa usou igualmente questionários sobre hábitos alimentares e diários no sentido de detetarem o consumo de leite materno e de leite de fórmula que são as fontes principais de ácidos gordos para os bebés.
 
Foi observado, nos bebés estudados, que 240, juntamente com 480 do grupo de controlo, desenvolveram autoimunidade contra as ilhotas. A equipa analisou as amostras de ácidos gordos séricos que tinham sido recolhidas aos 3 e 6 meses de idade dos bebés.
 
A equipa analisou também os autoanticorpos anti-insulina e autoanticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico nos bebés que são marcadores de diabetes de tipo 1.
 
Os resultados revelaram que os níveis elevados de ácidos gordos séricos ómega-3 estavam correlacionados com um menor risco de autoimunidade contra a insulina. 
 
Os bebés que tinham sido amamentados evidenciavam níveis séricos de ácidos gordos mais elevados e um menor risco de autoimunidade em comparação com os bebés alimentados a leite de fórmula baseado em leite de vaca.
 
“Os (nossos) achados suportam a perspetiva que a amamentação, ou alguns componentes do leite materno, incluindo os ácidos gordos, são protetores, particularmente com a autoimunidade precoce e que o estado de ómega-3 de cadeia longa é crucial durante os primeiros meses, numa altura em que o sistema imunitário está em amadurecimento e a ser programado”, comentaram Sari Niinistö e colegas.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/amamentacao-pode-fazer-reduzir-risco-de-diabetes-tipo-1-no-bebe?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20170516)
Risco de doenças crónicas aumenta com 14 dias de inatividade
Estudo apresentado no Congresso Europeu da Obesidade 2017, Portugal

 

Um novo estudo apurou que a falta de prática exercício físico durante apenas duas semanas é o suficiente para fazer aumentar o risco de doenças crónicas. 
O estudo conduzido por uma equipa de investigadores da Universidade de Liverpool, Inglaterra, demonstrou que pessoas jovens que deixaram de praticar exercício físico moderado a vigoroso para se tornarem quase sedentárias durante 14 dias, sofreram alterações metabólicas que poderiam aumentar o risco daquele tipo de doenças.
Para o estudo, a equipa liderada por Dan Cuthberson, recrutaram 28 adultos saudáveis, com uma mediana de idades de 25 anos, com um Índice de Massa Corporal (IMC) médio de 25, todos fisicamente ativos, e que registavam cerca de 10.000 passos diários. 
Os investigadores pediram aos participantes que reduzissem em 80% os passos diários, para cerca de 1.500. Antes e após o estudo todos os participantes foram submetidos a exames médicos e usaram medidores de atividade física durante o período de estudo. Foi também pedido que fizessem um diário sobre a alimentação.
Durante os 14 dias os participantes reduziram a atividade física diária de 161 minutos para apenas 36 minutos. O período de sedentarismo aumentou também em cerca de 129 minutos diários. 
Como resultado, foi apurado que a redução na atividade física em apenas 14 dias levou à perda de massa muscular nos participantes. A massa magra total reduziu em média 0,36 kg enquanto a perda de massa magra nas pernas foi de 0,21 kg em média.
A falta de exercício físico durante aquele período conduziu igualmente a um aumento na gordura corporal total nos participantes, que se acumulou essencialmente na zona central, o que constitui um fator de risco significativo para as doenças crónicas.
A função respiratória dos jovens foi também afetada, assim como a das mitocôndrias, embora esta última tenha sido em níveis estatisticamente não significativos.
A equipa conclui que estes achados dão mais relevância ao quão importante é a prática regular de atividades físicas e evitar comportamentos sedentários durante largos períodos de tempo, os quais poderão trazer consequências perigosas para a saúde. 
Fonte - http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/risco-de-doencas-cronicas-aumenta-com-14-dias-de-inatividade?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20170522 (ALERT Life Sciences Computing, S.A.)
Doença crónica na infância associada a problemas mentais mais tarde
Estudo publicado na “Journal of Child Psychology and Psychiatry”
 

Um novo estudo sugere que passar por uma doença física crónica na infância poderá repercutir-se na saúde mental do paciente após a infância e adolescência, até à idade adulta.
O estudo conduzido por uma equipa de investigadores da Universidade de Sussex e University College London, Reino Unido, teve por base a análise sistemática de uma multiplicidade de estudos clínicos e apurou que ter aquele tipo de doenças na infância faz aumentar a probabilidade de se vir a sofrer de ansiedade e depressão na idade adulta.
Para a investigação, Darya Gaysina, investigadora principal da Universidade de Sussex, e equipa procuraram nos estudos analisados que envolveram uma amostra de cerca de 45.000 participantes, possíveis associações entre oito doenças crónicas como o cancro, asma e artrite, na infância, e problemas emocionais experienciados numa fase posterior da vida.
“Sabe-se muito pouco sobre os efeitos de longa duração da doença física crónica na infância sobre a saúde mental. Os nossos resultados demonstram que a doença física crónica na infância estava associada de forma significativa à depressão em adulto, na amostra total de mais de 45.000 participantes que estudámos”, comentou a investigadora relativamente aos resultados da análise.
A especialista indicou ainda que a doença crónica na infância mais associada à depressão na idade adulta era o cancro. Darya Gaysina ressalva que existem muito poucos estudos sobre outras doenças crónicas, mas que, no entanto, quando retiraram o cancro da amostra estudada, a associação entre aquele tipo de doenças e problemas emocionais mais tarde, permanecia. 
A autora conclui que “não é só o cancro que está associado a problemas emocionais em adulto” e que esta relação pode ajudar os médicos da área da saúde mental a abordarem os jovens pacientes com doenças crónicas de uma forma diferente.
Darya Gaysina conclui que face a estes resultados torna-se muito importante adotar estratégias de prevenção e intervenção sobre a saúde mental dos pacientes de doenças crónicas na juventude, de forma a tratar problemas com a saúde mental antes que se desenvolvam para doenças mais graves e de longo prazo.
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/doenca-cronica-na-infancia-associada-a-problemas-mentais-mais-tarde?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20170522)