domingo, 24 de julho de 2016

Novo mapa do cérebro identifica 97 regiões até agora desconhecidas

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Um grupo de investigadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, revelou um dos mapas cerebrais mais precisos de todos os tempos.

Através da combinação de uma série de dados levantados por diversas técnicas de imagem, os cientistas dividiram o cérebro humano em 180 partes, das quais 97 nunca haviam sido identificadas.

O estudo, publicado na revista Nature, foi elaborado a partir da combinação de ressonâncias magnéticas de 210 jovens adultos que participaram no Human Connectome Project.

O programa era dedicado à compreensão da conectividade neuronal e tem como objetivo auxiliar o trabalho das mais variadas áreas científicas.

Espera-se que este novo mapa possa substituir o modelo de Broadman, que já foi realizado há mais de cem anos.

De acordo com os cientistas, as 180 zonas cerebrais identificadas estão relacionadas com uma série de funções, como a consciência, o raciocínio, a perceção, a linguagem, a sensação e a atenção.

Para alcançar este número surpreendente, os cientistas avaliaram os participantes durante várias atividades, visando ter um maior alcance nos resultados.

Assim, alguns deles foram analisados enquanto descansavam e outros foram avaliados enquanto faziam, por exemplo, exercícios de matemática.

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Essa abordagem permitiu aos cientistas percorrerem as profundezas labirínticas do córtex, tomando notas detalhadas sobre o que pôde ser observado a cada mudança de região cerebral.

“Estávamos à procura de sítios onde as áreas do mapa são alteradas, da mesma forma que, por exemplo, nos apercebemos de uma mudança na arquitetura à medida que passamos por uma fronteira”, explicou o co-autor do estudo, Matthew Glasser.


A expectativa é a de que não só os estudos ligados ao mapeamento do córtex cerebral sejam beneficiados mas também a neurocirurgia.

A longo prazo, a ideia dos investigadores é que este novo mapa possa servir, inclusive, para o trabalho com doenças como a demência e a esquizofrenia.

“Este é um marco em termos de mapeamento do cérebro e estamos muito animados por poder partilhar isto com o mundo”, disse David Van Essen, um dos autores do estudo.

A partir daqui, ainda muito trabalho precisa de ser feito. De qualquer forma, os resultados da pesquisa mostram um pouco mais sobre todo o mistério que envolve o cérebro humano.

Fonte - http://zap.aeiou.pt/novo-mapa-do-cerebro-identifica-97-regioes-ate-agora-desconhecidas-122043

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Investigadores norte-americanos descobriram que o sistema imunitário afeta diretamente – e até controla – o comportamento social, como o desejo de interagir com os outros.

No ano passado, a equipa de Jonathan Kipnis, da Universidade da Virgínia, nos EUA, descobriu uma nova série de vasos linfáticos que ligam o cérebro ao sistema imunitário – uma ligação que ninguém pensou anteriormente que existia. O estudo foi publicado na revista Nature.

A pesquisa voltou a chamar a atenção na semana passada, quando os cientistas anunciaram a descoberta de que o sistema imunitário poderia controlar o nosso comportamento social através destes vasos.

“Pensava-se que o cérebro e o sistema imunitário estavam isolados um do outro, e qualquer atividade imunitária no cérebro era vista como sinal de uma patologia. Agora, não só conseguimos mostrar como interagem de forma muito próxima, como alguns dos nossos comportamentos sociais evoluíram por causa da nossa resposta imunitária aos patogéneos”, explicou Jonathan Kipnis.

Os estudos recentes da equipa indicam que desligar uma molécula do sistema imunitário dos ratos pode ter um impacto significativo no comportamento dos animais, impedindo-os de socializar com outros ratos, o que sugere um possível papel do sistema imunitário nas perturbações sociais, como o autismo.

“É de loucos, mas podemos ser apenas campos de batalha multicelulares para duas forças ancestrais: patogénios e o sistema imunitário. Parte da nossa personalidade pode mesmo ser ditada pelo nosso sistema imunitário“, comentou o investigador.

O novo estudo foi publicado a 13 de julho na Nature.
http://zap.aeiou.pt/sistema-imunitario-controla-interacoes-sociais-121891

domingo, 10 de julho de 2016

Escoliose - o que precisa saber!

Artigo publicado na revista "Plural e Singular", ed. 12, Set/Out/Novembro 2015, pp 42-43

 

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Exercício físico melhora memória
Estudo publicado na revista “Cell”

 
A prática de exercício físico após a aquisição de novos conhecimentos melhora a memória, mas apenas se este for praticado numa janela de tempo específica e não imediatamente após a aprendizagem, defende um estudo publicado na revista “Cell”.
 
“Isto demostra que podemos melhorar a consolidação da memória praticando desporto após ter aprendido algo”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Guillén Fernández.
 
No estudo, os investigadores do Centro Médico da Universidade de Radboud, na Holanda, testaram, após uma sessão de formação, o efeito de uma única sessão de exercício físico na consolidação da memória e na memória de longo prazo. 
 
Nesta investigação, 72 participantes aprenderam 90 associações de imagens e locais durante cerca de 40 minutos. Posteriormente, os participantes foram divididos em três grupos distintos: um praticou imediatamente exercício físico, o segundo praticou quatro horas mais tarde e o terceiro não realizou qualquer atividade física.
 
O exercício consistiu em 35 minutos de treino de bicicleta com intervalos a uma intensidade de até 80% da frequência cardíaca máxima dos participantes. Quarenta e oito horas mais tarde, os participantes realizaram um teste para avaliação da memória e foram submetidos a uma ressonância magnética.
 
O estudo apurou que os indivíduos que tinham praticado exercício físico quatro horas após a sessão de aprendizagem retinham melhor a informação aprendida dois dias antes, comparativamente com aqueles que tinham praticado exercício físico imediatamente a seguir ou que não tinham realizado qualquer sessão de exercício físico.
 
As imagens do cérebro também demonstraram que a prática de exercício quatro horas após a aprendizagem estava associada a representações mais precisas no hipocampo, uma área importante para a aprendizagem e memória, quando um indivíduo respondia a uma pergunta corretamente.
 
De acordo com os investigadores, os resultados sugerem que o exercício físico devidamente programado pode melhorar a memória de longo prazo e que este pode funcionar como uma ferramenta de intervenção em ambientes educacionais e clínicos.
 
Contudo, ainda não se sabe ao certo por que motivo a prática de exercício horas mais tarde tem um efeito benéfico na memória. Estudos anteriores realizados em animais sugeriram que os compostos naturais que se produzem no organismo conhecidos por catecolaminas, incluindo a dopamina e norepinefrina, podem melhorar a consolidação da memória. Uma forma de aumentar as catecolaminas é através do exercício físico.
 
Fonte - http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/exercicio-fisico-melhora-memoria?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160627
Quanto tempo sobrevivem os vírus nos brinquedos?
Estudo publicado no “The Pediatric Infectious Disease Journal”


Alguns vírus, como o da gripe, podem sobreviver nos brinquedos das crianças o tempo suficiente para provocar novos contágios, defende um estudo publicado no “The Pediatric Infectious Disease Journal”.
 
Richard Bearden II, o líder do estudo, refere que as pessoas não pensam que podem ficar infetadas através do contacto com objetos. As crianças são mais vulneráveis a muitas doenças infeciosas porque colocam as mãos e objetos estranhos na boca, e o seu sistema imunitário não está completamente desenvolvido.
 
Alguns estudos já tinham demonstrado que os brinquedos presentes em áreas de cuidados de saúde poderiam funcionar como veículos de surtos de doenças virais. Contudo, ainda não tinha sido apurado quanto tempo os vírus com envelope eram capazes de sobreviver num objeto, o que tem dificultado a avaliação do risco potencial de infeção e o desenvolvimento de medidas de controlo eficazes.
 
Os vírus com envelope tem uma camada externa protetora que os ajuda a sobreviver e a infetar outras células. Entre estes vírus encontram-se o vírus da gripe e os coronavírus, como os causadores da síndrome respiratória aguda (SARS, sigla em inglês) ou a síndrome de respiratória do médio oriente (MERS, sigla em inglês).
 
No estudo, os investigadores da Universidade Estatal da Georgia, nos EUA, utilizaram um bacteriófago com envelope o qual foi colocado em brinquedos num ambiente a 22°C e com uma humidade relativa de 40 ou 60%.
 
Ao longo de um período de 24 horas, um por cento do vírus permaneceu infecioso no brinquedo presente num ambiente com 60% de humidade relativa.
Os investigadores verificaram que o vírus permaneceu menos estável a uma humidade relativa de 40%, a qual é mais comum em ambientes interiores. Nas primeiras horas, apenas 0,01% do vírus se manteve. Após 10 horas foi possível recuperar 0,0001% do vírus.
 
O investigador alerta os pais, creches, consultórios médicos e outros lugares onde as crianças partilham brinquedos para implementarem algum tipo de estratégia de descontaminação para garantir que os brinquedos não são um reservatório de doença.
 
Richard Bearden II refere que os brinquedos partilhados devem ser descontaminados com frequência. A lixívia doméstica é uma das melhores soluções de limpeza. O investigador também recomenda a eliminação de brinquedos nas salas das instituições de saúde e que as maçanetas, botões de elevador e outras superfícies habitualmente partilhados também deveriam ser descontaminadas.

Fonte - http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/quanto-tempo-sobrevivem-os-virus-nos-brinquedos?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160704