terça-feira, 23 de julho de 2013

Pessoas com psoríase devem optar por fruta e vegetais

23-07-2013 
 
artigo FFO 028 4ab4eExistem alimentos capazes de ajudar a controlar a inflamação da pele, mas também aqueles que podem contribuir para piorar. De facto, nas férias, é habitual fazer refeições fora de casa e as alterações na dieta podem não ser benéficas. A Associação Portuguesa de Psoríase aconselha por isso uma dieta equilibrada.


"Os doentes com psoríase devem optar por alimentos como fruta e vegetais, que são boas fontes de fibra e de minerais, principalmente bróculos, cenoura e papaia. O pescado é sempre aconselhado, dando preferência aos ricos em ácidos gordos polinsaturados – ómega 3 -, como cavala, salmão, atum, sardinha ou arenque. Já as carnes vermelhas e enchidos podem provocar maior irritação da pele, tal como os alimentos muito condimentados com pimenta ou outras especiarias, por exemplo. Da dieta devem constar mais alimentos cozidos, em detrimento dos refogados", explica Paulo Pereira, médico dermatologista.

A água e os sumos podem ser consumidos sem preocupação, em especial os sumos de fruta naturais, que permitem reforçar o sistema imunitário, ajudam a combater o stress oxidativo e previnem a obesidade e os acidentes cardiovasculares. As bebidas alcoólicas devem ser evitadas, pois aumentam o prurido e tornam o organismo mais resistente aos tratamentos devido à interação com os medicamentos.

A psoríase tende a ser mais grave e mais resistente aos tratamentos nos doentes com excesso de peso. O excesso de peso nas zonas das dobras cutâneas, como as axilas, virilhas e por baixo dos seios, podem aumentar o risco de infeções fúngicas e bacterianas. Por isso, o exercício físico também é aconselhado.

"É da máxima importância combater o excesso de peso e a síndrome metabólica, e além de contribuir para um estilo de vida mais saudável, as atividades físicas ajudam a reduzir o stress, que muitas vezes desencadeia crises de psoríase", alerta o mesmo médico.

Fonte - Vital Health (http://www.vitalhealth.pt/noticias/970-pessoas-com-psoriase-devem-optar-por-fruta-e-vegetais?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook)
Arandos: como previnem as infeções urinárias?
Estudo publicado no “Canadian Journal of Microbiology ”


Investigadores canadianos descobriram como os arandos previnem as infeções urinárias, dá conta um estudo publicado no “Canadian Journal of Microbiology”.
 
Alguns estudos têm sugerido que os arandos previnem as infeções bacterianas, pois impedem que as bactérias se agarrem às paredes do trato urinário, através dos fitoquímicos conhecidos por proantocianidinas. Contudo, ainda não são bem conhecidos quais os compostos dos arandos que alteram o comportamento bacteriano.
 
Neste estudo os investigadores da Universiadde de McGill, no Canadá, esclarecerem quais os mecanismos biológicos envolvidos na proteção conferida pelos arandos contras as infeções urinárias. Os resultados do estudo também sugerem que os derivados destes frutos poderiam ser utilizados na prevenção da colonização bacteriana em dispositivos médicos, nomeadamente nos cateteres.
 
O estudo apurou que o pó de arando foi capaz de inibir a capacidade do Proteus mirabilis, uma bactéria frequentemente envolvida nas infeções urinárias complicadas, de popular placas de agar e de se movimentar nelas. Foi também constatado que elevadas concentrações de pó de arando reduziam a produção de uma enzima, a urease, que contribui para a virulência das infeções.
 
Estes resultados vão de encontro aos previamente obtidos, pela mesma equipa de investigadores, mostrando que os constituintes dos arandos impedem a movimentação das bactérias envolvidas neste tipo de infeções. A análise do genoma da bactéria Escherichia coli uropatogénica indicou que a expressão do gene que codifica o filamento flagelar da bactéria estava diminuído na presença das proantocianidinas dos frutos.
 
Estes resultados são importantes dado que o movimento das bactérias é um mecanismo chave para a disseminação da infeção, uma vez que as bactérias “nadam” literalmente para se disseminar no trato urinário e escapar à resposta imune do hospedeiro.
 
Os resultados de um outro estudo, também liderado por Nathalie Tufenkji, sugerem que os derivados dos arandos podem impedir a disseminação de microrganismos em dispositivos médicos implantáveis como os cateteres, os quais estão frequentemente envolvidos nas infeções urinárias.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/arandos-como-previnem-as-infecoes-urinarias?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20130722)

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Bebés conseguem ler humor das outras crianças
Estudo publicado na revista “Infancy”

As crianças são capazes de entender as emoções umas das outras aos cinco meses de idade, sugere um estudo publicado na revista “Infancy”.

"Os recém-nascidos não são capazes de dizer aos seus pais se estão com fome ou cansados, então a primeira forma de comunicar é através de afeto ou emoção. Assim, não é de estranhar que no início do desenvolvimento, as crianças aprendam a discriminar mudanças nos afetos", revelou em comunicado de imprensa, uma das autoras do estudo, Ross Flom's.

Aos seis meses de idade, os bebés são capazes de perceber as emoções dos familiares, e aos sete meses de idade, de perceber o estado emocional dos adultos. Com o objetivo de avaliar a perceção das emoções das outras crianças, os investigadores da universidade de Brigham Young University, nos EUA, testaram a capacidade de um bebé emparelhar as vocalizações emocionais de outras crianças com uma expressão facial.

As crianças permaneceram sentadas na frente de dois monitores. Um dos monitores exibia um vídeo de um bebé e sorridente, enquanto o outro mostrava um vídeo de um bebé triste e carrancudo. “Verificámos que, aos cinco meses de idade, uma criança é capaz de emparelhar as vocalizações positivas e negativas com a expressão facial adequada”, revelou a investigadora.

“Este é o primeiro estudo a mostrar uma capacidade de correspondência de uma criança tão pequena. Eles estão expostos ao afeto através das vozes e rostos dos seus pares, que são provavelmente mais familiares para eles, pois é desta forma que eles são capazes de transmitir ou comunicar emoções positivas e negativas", acrescentou.

De acordo com os autores do estudo, estes resultados vão ao encontro da noção de que os bebés são altamente sensíveis e são capazes de compreender algum nível de emoção. “Os bebés aprendem mais nos seus primeiros dois anos e meio de vida do que na sua vida inteira, o que mostra a importância de analisar como e o que é que os bebés aprendem, e como isto os pode ajudar a aprender outras coisas”, referiu Ross Flom's.
 
Os investigadores estão já a programar novos estudos, no sentido de realizar testes semelhantes em bebés ainda mais novos, os quais irão ver e ouvir os seus próprios vídeos.

Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/bebes-conseguem-ler-humor-das-outras-criancas?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20130708)
Recidiva do melanoma maior do que a esperada
Estudo publicado no “Journal of the American College of Surgeons”

A recidiva do melanoma é mais comum 10 ou mais anos após o início do tratamento do que o anteriormente pensado, ocorrendo em mais de um em cada 20 pacientes, sugere um estudo publicado no “Journal of the American College of Surgeons”.
 
Para o estudo os investigadores do Saint John's Health Center, nos EUA, contaram com a participação de 4.731 pacientes que tinham sido diagnosticados com melanoma e que foram acompanhados durante um longo período de tempo. Após uma década sem sinais de cancro, 408 dos participantes tiveram uma recidiva.
 
O estudo constatou que, nos primeiros 15 anos após o tratamento inicial, a taxa de recidiva foi de 6,8%, e ao fim de 25 anos foi de 11,3%. Após os investigadores terem incluído apenas os pacientes que tinham sido submetidos ao tratamento inicial, foi constatado que 6,9% dos 4.731 pacientes sofreram uma recaída deste tipo de cancro.
 
“Ao que tudo indica a recidiva do melanoma nunca é completamente eliminada”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Mark Faries. De acordo com estes resultados, o investigador defende que os pacientes diagnosticados com melanoma deveriam ser acompanhados ao longo de toda a vida.
 
Os investigadores também constataram que a recaída tardia deste tipo de cancro era menos predominante nos homens, comparativamente com os pacientes cujo cancro tinha reativado nos primeiros três anos. Foi ainda observado que os pacientes cujo cancro não foi reativado pelo menos nos primeiros dez anos eram, em média, mais novos comparativamente com aqueles em que houve uma reativação precoce.
 
O estudo apurou que, comparativamente com os pacientes que tiveram uma recaída precoce, os que tiveram uma recaída tardia tinham um melanoma com características mais favoráveis e apresentavam um risco 40% menor de morrer deste tipo de cancro.
 
"Felizmente, a grande maioria dos pacientes com melanoma que não têm sinais de doença ao longo de mais de 10 anos, não têm uma recidiva. Contudo, os pacientes necessitam de estar cientes de que os sintomas persistentes ou inexplicados, em qualquer zona do organismo, podem ser um sinal da recidiva do melanoma, devendo certificar-se junto do seu médico que os sintomas não estão relacionados”, conclui o investigador.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/recidiva-do-melanoma-maior-do-que-a-esperada?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20130708)
Células da placenta evitam transmissão de vírus para o feto
Estudo publicado nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”

As células da placenta parecem ter uma capacidade única para que os vírus não sejam transmitidos da mãe para o filho, dá conta um estudo publicado nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
 
O líder do estudo, Yoel Sadovsky, referiu que é imperativo que o feto esteja protegido das infeções, de forma a se desenvolver adequadamente. Mas o modo como a placenta, uma barreira passiva entre a mãe e o feto, é capaz de exercer esta proteção não tinha sido clarificado, até à data.
 
“O nosso estudo demonstrou como alguns dos mecanismos complexos e elegantes das células placentárias humanas, conhecidas por trofoblastos, evoluíram para impedir que os vírus infetem as células”, revelou em comunicado de imprensa o investigador.
 
Neste estudo os investigadores da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, expuseram células trofoblásticas humanas a vários vírus. Contrariamente às células não placentárias, os trofoblastos mostraram-se resistentes à infeção, não sendo este o resultado da incapacidade do vírus se associar ou entrar nas células.
 
O estudo apurou que, quando o meio em que os trofoblastos foram cultivados foi transferido para células não placentárias, estas também se tornaram resistentes à infeção. Os investigadores verificaram igualmente que, quando o meio tinha sido exposto a ultrassons, a resistência aos vírus já não era transferida para as células não placentárias. Este achado conduziu à análise dos exossomas, pequenas vesículas que são secretas por trofoblastos e que são sensíveis aos ultrassons.
 
Os autores do estudo verificaram que os exossomas tinham fragmentos genéticos denominados por microRNA que eram capazes de induzir a autofagia, um mecanismo envolvido na reciclagem celular e na sobrevivência. O bloqueio da autofagia, pelo menos parcialmente, restaurou a vulnerabilidade das células à infeção.
 
"Os nossos resultados sugerem que esta via pode ser uma adaptação evolutiva para proteger o feto e a mãe das infeções víricas. Talvez sejamos capazes de utilizar estes microRNAs para reduzir o risco de infeção viral noutras células, ou talvez utilizá-las no tratamento de doenças onde reforço autofagia seria benéfico”, conclui uma das coautoras do estudo, Carolyn Coyne.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/celulas-da-placenta-evitam-transmissao-de-virus-para-o-feto?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20130708)
Distúrbios de sono são indicadores de doenças neurológicas
Alerta da Sociedade Europeia de Neurologia

Os distúrbios de sono poderão ser indicadores de problemas neurológicos graves, sugere a Sociedade Europeia de Neurologia.
 
“Passamos um terço da nossa vida a dormir: Se o sono não é normal, o nosso cérebro também não funciona apropriadamente”, revelou, em comunicado de imprensa, o presidente da Sociedade Europeia de Neurologia, Claudio L. Bassetti, durante o 23º congresso desta organização.
 
O investigador critica o facto de os distúrbios de sono serem muitas vezes negligenciados e não serem encarados com seriedade, apesar de serem frequentes e tratáveis. Cerca de 10% da população é afetada por uma desta condições e a sua frequência aumenta com a idade.
 
Vários estudos, apresentados no decurso do congresso, demonstraram que dois terços dos indivíduos com doenças de uma fase do sono conhecida por REM (do inglês, Rapid Eye Movement), desenvolvem doença de Parkinson, demência de corpos de Lewy ou atrofia de múltiplos sistemas. Ou seja, os problemas de sono podem funcionar como um sinal de aviso para o desenvolvimento de doenças neurológicas futuras.
 
O investigador refere que a insónia profunda com distúrbios de sono REM também se tem associado a doenças autoimunes do cérebro e delirium tremens. A sonolência diurna excessiva poder ser indicadora de acidente vascular cerebral, esclerose múltipla ou narcolepsia.
 
A qualidade do sono também permite prever se uma doença neurológica vai melhorar ou piorar. Vários estudos têm indicado que o sono desempenha um papel importante no processo de reparação do cérebro. Na verdade, o sono é importante para que o cérebro recupere de um acidente vascular cerebral.
 
Na opinião do investigador, será necessária uma maior cooperação interdisciplinar para que os problemas de sono sejam levados em consideração, especialmente porque estes problemas não afetam só o sistema nervoso.
 
Claudio L. Bassetti conclui que apenas recentemente os neurologistas começaram a investigar com alguma intensidade a associação entre o sono e o desenvolvimento de doenças neurológicas. “O próximo passo é investigar se as medidas de promoção do sono poderão aumentar os resultados das terapias associadas às doenças neurológicas”, acrescentou o investigador.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/disturbios-de-sono-sao-indicadores-de-doencas-neurologicas)
Sono aumenta benefício cardiovascular dos hábitos saudáveis
Estudo publicado no “European Journal of Preventive Cardiology”

Uma boa noite de sono pode aumentar os benefícios da atividade física, da adoção de uma dieta saudável, do consumo moderado de álcool e de não fumar, na proteção contra as doenças cardiovasculares, revela um estudo publicado no “European Journal of Preventive Cardiology”.
 
Para o estudo os investigadores do National Institute for Public Health and the Environment, na Holanda, contaram com a participação de 6.672 homens e 6.672 mulheres que tinham entre 20 a 65 anos e que no início do estudo não tinham doenças cardiovasculares. Os participantes foram acompanhados ao longo de uma média de 12 anos. Foram registados dados sobre a prática de atividade física, dieta, consumo de álcool, tabagismo e duração do sono, entre 1993 e 1997.
 
O estudo apurou que a combinação dos quatro hábitos saudáveis estava associada com um risco 57% menor de doença cardiovascular, fatal e não fatal, e um risco 67% menor de ocorrência de eventos fatais.
 
Os investigadores verificaram que dormir pelo menos sete horas também diminuía o risco de doenças cardiovasculares e doenças cardiovasculares fatais em 22 e 43%, respetivamente. Quando estas horas suficientes de sono foram conjugadas com os outros quatro hábitos, o efeito protetor foi ainda maior, resultando numa diminuição de 65% para o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e 83% pra a ocorrência de eventos fatais.
 
“Se todos os participantes aderissem aos cinco hábitos saudáveis, 36% das doenças cardiovasculares e 57% das doenças cardiovasculares fatais poderiam ser teoricamente impedidas ou adiadas. O impacto que a duração do sono pode ter na saúde pública, aliada aos outros hábitos saudáveis, pode ser substancial”, revelaram em comunicado d imprensa os autores do estudo.
 
Os investigadores referem que estes resultados poderão ser explicados tendo em conta que a duração insuficiente de sono tem sido associada a uma maior incidência de excesso de peso, obesidade, hipertensão, níveis elevados de pressão arterial, colesterol total, hemoglobina e triglicerídeos. Estes efeitos são consistentes com a hipótese de a duração de sono estar diretamente associada ao risco de doença cardiovascular.
 
Apesar destes resultados ainda necessitarem de ser confirmados a autora principal do estudo, Monique Verschuren, refere que uma boa noite de sono deverá ser referida como um modo adicional de diminuir o risco cardiovascular.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/sono-aumenta-beneficio-cardiovascular-dos-habitos-saudaveis?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20130708)
Stress nunca deve ser menosprezado
Estudo publicado no “The European Heart Journal”


Uma equipa internacional de investigadores demonstrou que é essencial as pessoas estarem atentas ao stress a que são submetidas e nunca o menosprezarem, pois para aquelas que acreditam que o stress está a afetar a sua saúde, o risco de sofrerem um enfarte agudo do miocárdio está de facto aumentado, dá conta um estudo publicado no “The European Heart Journal”.

Hoje em dia o stress é reconhecido como um dos principais problemas de saúde. Quando as pessoas enfrentam uma situação que é considerada stressante, podem manisfestar vários sintomas físicos, emocionais e comportamentais, nomeadamente ansiedade, dificuldade de concentração, problemas de pele, enxaquecas, etc. Estudos anteriores já tinham demonstrado que as alterações fisiológicas associadas ao stress podem ter um efeito adverso sobre a saúde.

Neste estudo, os investigadores, liderados por Hermann Nabi do INSERM, em França, foram mais longe, tendo analisado pessoas que se diziam stressadas, de forma a estudar em maior detalhe se havia alguma associação entre esta condição e a ocorrência de doença coronária, anos mais tarde.

Para o estudo, os investigadores franceses, finlandeses e britânicos contaram com a participação de 7.268 indivíduos que foram acompanhados ao longo de 18 anos. Todos os participantes foram submetidos a um questionário para avaliar até que ponto se sentiam stressados, e se este facto afetava a sua saúde. As respostas possíveis incluíam: nada, pouco, moderadamente, muito, ou extremamente. Os indivíduos foram também questionados sobre outros fatores que poderiam afetar a sua saúde, tendo sido levada em conta a pressão arterial, diabetes, índice de massa corporal e dados sócio-demográficos.

Os participantes que, no início do estudo, revelaram que a sua saúde era "muito" ou "extremamente" afetada pelo stress, tinham mais do dobro de risco (2,12 vezes maior) de sofrer ou morrer de um enfarte agudo do miocárdio, comparativamente com aqueles que não indicaram qualquer efeito do stress na sua saúde.

Do um ponto de vista clínico, estes resultados sugerem que a perceção do impacto do stress na saúde do paciente pode ser altamente precisa, na medida em que se pode prever um evento de saúde grave e comum como a doença coronária.

Adicionalmente o estudo também apurou que esta associação não é afetada pelos fatores biológicos, comportamentais ou psicológicos. No entanto, a capacidade para lidar com o stress difere bastante entre os indivíduos, dependendo dos recursos disponíveis, tais como o apoio de amigos e familiares.

“A mensagem a reter deste estudo é que as queixas dos doentes sobre os efeitos do stress na sua saúde não devem ser ignoradas em ambiente clínico, pois podem indicar um risco aumentado de desenvolver e morrer de doença coronária”, conclui Hermann Nabi.

Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/stress-nunca-deve-ser-menosprezado?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20130708)