quinta-feira, 13 de abril de 2017

Nova função dos pulmões: produzir sangue
Estudo publicado na revista “Nature”Fonte -
  
Uma equipa de investigadores fez uma descoberta surpreendente: os pulmões desempenham um papel na produção de sangue nunca antes conhecido.
 
Esta importante descoberta foi feita por uma equipa de investigadores da Universidade da Califórnia em São Francisco, EUA, através da observação do fluxo sanguíneo em ratinhos.
 
Efetivamente, os investigadores descobriram que os pulmões produziam mais de metade das plaquetas (componentes sanguíneos responsáveis pela formação de coágulos no sangue que fazem estancar as hemorragias).
 
Os cientistas fizeram outra descoberta surpreendente: identificaram um reservatório de células estaminais nunca antes detetado que tem a capacidade de restabelecer a produção sanguínea quando as células estaminais da medula óssea, que se pensava ser a principal área de produção sanguínea, se encontram reduzidas.
 
Mark R. Looney, autor principal do estudo, especialista em pneumologia e docente de medicina e de medicina laboratorial naquela instituição universitária, avançou que “esta descoberta definitivamente sugere uma visão mais sofisticada sobre os pulmões – que não servem só para a respiração, mas são também um parceiro-chave na formação de aspetos essenciais do sangue”.
 
“O que observámos aqui nos ratinhos sugere, de forma substancial, que os pulmões deverão também desempenhar um papel-chave na formação de sangue em humanos”, considerou.
 
A equipa utilizou uma técnica de imagem desenvolvida por Mark Looney e Mathew Krummel, coautor do estudo e docente de patologia na Universidade da Califórnia em São Francisco com o propósito de analisarem interações entre o sistema imunitário e as plaquetas que circulam nos pulmões. 
 
Durante esse processo descobriram uma população surpreendentemente elevada de megacariócitos, que são células responsáveis pela produção de plaquetas, no sistema vascular dos pulmões. Embora os megacariócitos tenham sido observados anteriormente nos pulmões, pensava-se que maioritariamente residiam e produziam plaquetas na medula óssea.
 
Observações de imagem mais detalhadas permitiram verificar que megacariócitos produziam mais de 10 milhões de plaquetas por hora no sistema vascular dos pulmões, o que sugere que mais de metade da produção de plaquetas nos ratinhos ocorre nos pulmões e não na medula óssea como se pensava. Foram igualmente descobertas células progenitoras de megacariócitos e células estaminais sanguíneas fora do sistema vascular dos pulmões (estima-se que cerca de um milhão em cada pulmão).
 
Estes achados podem ter implicações importantes na perceção de doenças humanas em que os pacientes possuem baixas contagens de plaquetas, ou trombocitopenia, que atinge milhões de pessoas e faz aumentar o risco de hemorragia descontrolada. As descobertas também fazem levantar questões sobre a forma como as células estaminais residentes nos pulmões poderão afetar os recipientes dos transplantes de pulmão. 
 
Fonte  - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/nova-funcao-dos-pulmoes-produzir-sangue?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20170403)
Pacientes pós-AVC: natureza das tarefas influencia rapidez de movimento
Estudo conduzido pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência

 
 
Um estudo conduzido por um grupo de investigadoras concluiu que em pacientes saudáveis e pós-AVC a natureza da tarefa que pretendem desempenhar tem implicações no tempo e na qualidade de execução do movimento, sendo este mais rápido quando associado a objetos com função específica.
 
Segundo apurou a agência Lusa, no estudo conduzido pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) verificou-se que os padrões do movimento, tanto no que se refere ao tempo como à precisão, são influenciados pelo objeto que está a ser manipulado, diferindo quando se trata de um objeto com uma função associada, como uma garrafa, ou de um sem função específica, como uma caixa de cartão.  
 
Também o tipo de instrução tem influência nesses dois parâmetros, quando são comparadas tarefas intencionais, como beber, com movimentos sem finalidade específica, como levantar um objeto, explicaram as investigadoras.
 
Este estudo, que tem como responsável Sandra Mouta, visa verificar o papel, em termos de rapidez e precisão, dos movimentos do membro superior executados por pessoas com diagnóstico pós-AVC, consoante o tipo de objeto e o contexto (instrução).
 
"Sabemos que existem técnicas adotadas pelos fisioterapeutas para se focarem na estimulação de grupos musculares específicos e que há uma recuperação da atividade motora nos meses subsequentes ao AVC. Contudo, a recuperação da atividade motora do membro superior é habitualmente mais lenta, comparativamente à recuperação da marcha, e não completamente conseguida", referiram as investigadoras.
 
Para as investigadoras, era essencial perceber de que forma a reabilitação pode ser mais direcionada para tarefas com implicações diárias, possivelmente contribuindo para uma melhoria da recuperação motora e, por fim, que se traduzisse numa maior autonomia por parte dessa população.
 
Os resultados obtidos neste projeto, como referiram, ajudam a identificar condições que potenciam a aprendizagem motora e a suportar o desenvolvimento de metodologias ou tecnologias de apoio ao treino e reabilitação física.
 
"Este suporte pode passar, por exemplo, pela seleção dos melhores estímulos, tarefas e 'feedback' a serem utilizados durante as sessões de treino motor ou cognitivo", indicaram.
 
Fonte -  http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/pacientes-pos-avc-natureza-das-tarefas-influencia-rapidez-de-movimento?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20170328