terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Diabetes excedeu um milhão em 2011
Dados do Observatório Nacional da Diabetes

O número de diabéticos em Portugal excedeu um milhão em 2011 e aumentaram os jovens até aos 19 anos com a doença, de acordo com dados do Observatório Nacional da Diabetes.
 
De acordo com o relatório, ao qual a agência Lusa teve acesso, mais de uma em cada dez pessoas em Portugal tem diabetes, mas destas quase metade (44%) ainda não está diagnosticada.
 
Um novo indicador disponibilizado no relatório deste ano aponta para uma perda de sete anos de vida por cada óbito na população com idade inferior a 70 anos.
 
Apesar deste cenário negativo, há sinais de que o sistema de saúde tem conseguido uma evolução positiva relativamente às complicações associadas à doença, nomeadamente a maior redução de amputações dos últimos 10 anos (-11%) e a melhoria dos registos nos cuidados primários.
 
O relatório também dá conta que, na última década, o número de novos casos aumentou de 377 por cada 100 mil indivíduos (em 2000) para 652 (em 2011).
 
“Os valores são preocupantes quando verificamos que nos últimos 10 anos o aumento da incidência da Diabetes é de 80%”, sublinha o observatório.
 
Quanto à prevalência da doença em 2011, foi de 12,7% na população com idades entre os 19 e os 79 anos (correspondendo ao total de cerca de um milhão).
 
O relatório destaca ainda a incidência da Diabetes Tipo 1 nas crianças e nos jovens portugueses, tendo-se registado em 2011 mais de 3.000 casos em jovens até aos 19 anos.
 
De acordo com os dados divulgados, a prevalência da Diabetes Gestacional também está a crescer, tendo abrangido 4,9% das parturientes que utilizaram o Serviço Nacional de Saúde em 2011, num total de 3.809 casos.
 
Relativamente ao número de Anos Potenciais de Vida Perdidos por cada óbito, a Diabetes representou, em 2010, cerca de sete anos de vida perdida.
 
O observatório sublinha que estes dados são “preocupantes” e alerta para a necessidade de adoção de medidas no combate à diabetes, com uma maior aposta na prevenção, no diagnóstico precoce e no acompanhamento das pessoas com a doença.
 
Fonte - http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/diabetes-excedeu-um-milhao-em-2011?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20130226 ALERT Life Sciences Computing, S.A.
Constipações: o que dita uma maior suscetibilidade
Estudo publicado no “Journal of the American Medical Association”


Investigadores da Carnegie Mellon University, nos EUA, identificaram um marcador biológico no sistema imunológico que ajuda a determinar a capacidade de um indivíduo em combater um simples constipação, dá conta um estudo publicado no “Journal of the American Medical Association”.
 
Este estudo, liderado pelo investigador Sheldon Cohen, dá conta que o tamanho dos telómeros – pequenas cápsulas proteicas que protegem as extremidades dos cromossomas - determina a resistência a infeções do trato respiratório superior em adultos jovens e de meia-idade.
 
O comprimento dos telómeros é um indicador do envelhecimento, ficando estes mais pequenos à medida que idade avança. A diminuição do tamanho dos telómeros tem sido associada ao desenvolvimento precoce de doenças associadas à idade, como doenças cardiovasculares e cancro. Contudo, até à data ainda não era conhecido o papel do comprimento dos telómeros na saúde dos jovens adultos ou nos indivíduos de meia-idade.
 
Neste estudo, os investigadores mediram o comprimento de telómeros dos leucócitos de 152 indivíduos saudáveis que tinham entre 18 e 55 anos de idade. Posteriormente, os participantes foram expostos a um vírus causador de uma constipação comum. Cinco dias mais tarde os investigadores verificaram se de fato o vírus tinha causado infeção.
 
O estudo apurou que os participantes que tinham telómeros mais curtos apresentavam um maior risco de ficarem infetados com o vírus. Apesar de não se ter constatado uma associação entre o tamanho dos telómeros e a infeção nos jovens adultos, a partir dos 22 anos o tamanho dos telómeros começou a prever se os indivíduos iriam desenvolver infeção. À medida que a idade dos participantes aumentava, o tamanho dos telómeros tornava-se um fator preditivo mais eficaz.
 
Os investigadores também constataram que o tamanho dos telómeros de um tipo específico de leucócitos, os CD8CD28, era um fator preditivo mais preciso da infeção e dos sintomas de constipação, comparativamente com o tamanho dos telómeros de outro tipo de leucócitos.
 
Os autores do estudo explicam que este tipo de leucócitos tem um papel importante na eliminação de células infetadas, assim aquelas com telómeros mais curtos têm um a menor capacidade de exercer as suas funções.
 
Apesar de este ser um estudo preliminar, segundo Sheldon Cohen, estes resultados sugerem que o comprimento dos telómeros é um indicador relativamente consistente ao longo da vida e que pode começar a prever suscetibilidade à doença na idade adulta jovem.
 
Fonte: http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/constipacoes-o-que-dita-uma-maior-suscetibilidade?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20130226 - ALERT Life Sciences Computing, S.A

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Amamentar reduz risco de cancro do ovário em quase dois terços

Notícia do Portal de Oncologia Português de 15 de Janeiro de 2013.

O aleitamento materno pode reduzir o risco de cancro do ovário em quase dois terços, de acordo com um estudo realizado por cientistas australianos. A pesquisa sugere ainda que quanto mais a mulher continuar a amamentar, maior é a protecção contra a doença. As informações são do Daily Mail, avança o portal Isaúde.

A equipa da Curtin University estudou 493 mulheres diagnosticadas com cancro do ovário e comparou-as com 472 voluntárias saudáveis da mesma idade. Cada uma respondeu a um questionário sobre quantos filhos tiveram e por quanto tempo amamentaram cada um.
Os resultados mostraram que aquelas que amamentaram uma criança por pelo menos 13 meses tinham 63% menos probabilidade de desenvolver um tumor do que aquelas que o fizeram por menos de sete meses.

Segundo os investigadores, quanto mais crianças as mulheres tinham, maior o efeito protector. Mães que tinham três filhos e amamentaram por um total de 31 meses ou mais reduziram o seu risco tumores de ovário em 91%.

A equipa acredita que a explicação seja que a amamentação retarda a ovulação e os cientistas acreditam que um maior número de ovulações aumenta o risco de formação de células mutantes devido à exposição a altos níveis de estrogénio.

A pesquisa foi publicada no American Journal of Clinical Nutrition

 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Chá verde reduz risco de cancros gastrointestinais
Estudo publicado no “American Journal of Clinical Nutrition”

As mulheres que consomem chá verde apresentam um menor risco de desenvolver alguns dos cancros do sistema digestivo, nomeadamente cancro do estômago, esófago, e colo-rectal, sugere um estudo publicado no “American Journal of Clinical Nutrition”.
 
Para o estudo os investigadores da Vanderbilt University School of Medicine e do National Cancer Institute, nos EUA, e do Shanghai Cancer Institute, na China, contaram com a participação de 75.000 mulheres chinesas de meia-idade. Todas as participantes foram questionadas sobre o consumo de chá e quantidade ingeridas. A maioria das mulheres revelou consumir preferencialmente chá verde.
 
O estudo apurou que as participantes que consumiam regularmente chá, pelo menos três chávenas três vezes por semana durante seis meses, apresentavam um risco 17% menor de desenvolver cancros do sistema digestivo. Foi verificado que a diminuição do risco estava associada com o aumento da quantidade da ingestão de chá. As mulheres que bebiam duas a três chávenas por dia tinham um risco 21% menor de desenvolver estes tipos de cancros.
 
O estudo apurou que o consumo regular de chá verde, ao longo de 20 anos, reduzia em 27% e em 29% o risco de desenvolvimento de cancros do sistema digestivo e do cancro colo-retal, respetivamente. De acordo com líder do estudo, Sarah Nechuta, estes resultados sugerem que a exposição cumulativa ao chá poder ser particularmente importante.
 
Os autores do estudo explicam que o chá contém polifenóis ou químicos naturais, incluindo as catequinas. Este flavonóide tem propriedades antioxidantes que poderão inibir o desenvolvimento do cancro através da redução dos danos no ADN e inibir o crescimento e a invasão das células tumorais.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/cha-verde-reduz-risco-de-cancros-gastrointestinais)
Doença de Parkinson: no caminho de melhores tratamentos
Estudo publicado na “Nature”

O circuito do cérebro que se pensava inibir o movimento também é ativado na iniciação do movimento, sugere um estudo publicado na revista “Nature”.
 
Este estudo, liderado pelo investigador português Rui Costa, abre assim caminho para tratamentos mais adequados de doenças como a de Parkinson. O estudo ao qual a agência Lusa teve acesso refere que o cérebro tem os chamados gânglios da base, que desempenham um papel fundamental, nomeadamente ao nível do controlo motor. Os gânglios têm dois circuitos - um direto (que se pensava favorecer o movimento) e um indireto (que se julgava inibir o movimento).
 
"Quando iniciamos um movimento, o que é que acontece aos neurónios que estão num circuito e noutro?" Esta foi a pergunta colocada pela equipa de investigação.
 
Após terem monitorizado a atividade dos dois circuitos no cérebro de ratinhos, os investigadores chegaram à conclusão de que ambos são necessários para que o movimento fosse iniciado.
 
"A atividade coordenada de ambos os circuitos é que leva à iniciação do movimento", disse o cientista. Assim na opinião do investigador da Fundação Champalimaud, os resultados indicam que a estratégia usada para tratar disfunções do movimento, como a doença de Parkinson, não tem sido a mais correta.
 
"Na doença de Parkinson, pensava-se que o circuito indireto estava muito mais ativo do que o normal, o que significava que essa sobreatividade causava a falta do movimento, inibia o movimento. Fazer com que esse circuito ficasse menos ativo, ou fosse mais ativado o circuito direto, seria um possível tratamento", descreveu.
 
Contudo, "seria muito melhor tentar ativar coordenadamente os dois circuitos, o que em parte já está a ser feito através da estimulação cerebral profunda", acrescentou Rui Costa.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/doenca-de-parkinson-no-caminho-de-melhores-tratamentos?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20130204)
Frutas e vegetais diminuem risco de um tipo de cancro da mama
Estudo publicado no “Journal of the National Cancer Institute”

O consumo de vegetais está associado a um menor risco de cancro da mama do tipo recetor de estrogénio (ER) negativo, revela um estudo publicado no “Journal of the National Cancer Institute”.
 
Já há algum tempo que a comunidade científica tem colocado a hipótese de o risco de desenvolvimento do cancro da mama poder ser diminuído através do consumo de frutas e vegetais. Contudo, os dados obtidos até à data têm sido inconclusivos.
 
O estudo refere que existem vários subtipos de cancro da mama, incluindo o ER negativo e o positivo, tendo cada um etiologias distintas. Uma vez que o cancro do tipo ER negativo, tem uma taxa de sobrevivência mais baixa e é menos dependente dos níveis de estrogénio do que o ER positivo, é necessário um grande número de amostras para determinar se há realmente uma associação entre este tipo de cancro e o consumo de frutas e vegetais.
 
Assim, neste estudo os investigadores da Harvard School of Public Health, nos EUA, analisaram os dados de 20 estudos nos quais as mulheres tinham sido acompanhadas entre 11 a 20 anos. Foi investigado para cada estudo, a associação entre os diferentes níveis de consumo de vegetais e fruta e o risco de desenvolvimento de cancro. Posteriormente os investigadores combinaram as estimativas específicas de cada estudo e geraram uma estimativa global.
 
Os investigadores apuraram que o consumo total de frutas e vegetais estava significativamente associado a um menor risco de desenvolvimento de cancro do tipo ER negativo, mas não afetava o desenvolvimento dos tumores ER positivo. Os resultados indicaram que o risco de desenvolvimento de cancro ER negativo era afetado principalmente pelo consumo de vegetais.
 
Os autores do estudo concluem assim que estes resultados demonstram que o benefício do consumo de vegetais, e em menor extensão o de frutas, no risco de desenvolvimento de cancro ER negativo. Contudo, estes achados necessitam de uma interpretação cuidada, uma vez que pode haver alguns fatores que podem influenciar os resultados, nomeadamente a agregação de comportamentos saudáveis.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/frutas-e-vegetais-diminuem-risco-de-um-tipo-de-cancro-da-mama?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20130204)