segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Identificado gene associado ao cancro da mama e ovário
Estudo publicado na “Nature”
26 Dezembro 2012


Investigadores do Reino Unido identificaram mutações num único gene que estão associadas a um maior risco de cancro da mama e ovário, dá conta um estudo publicado na revista “Nature”.
 
Para o estudo, os investigadores do Institute of Cancer Research, no Reino Unido, contaram com a participação de 7.781 mulheres com cancro da mama ou ovários e 5.861 mulheres que integraram o grupo de controlo. Foi verificado que uma em cada cinco mulheres com mutações no gene PPM1D desenvolvia um dos tipos de cancro, o que corresponde ao dobro do risco habitual de cancro da mama e a um risco  dez vezes maior para o cancro do ovário.
 
Os investigadores referem que o PPM1D parece funcionar de uma forma completamente distinta dos outros genes que estão envolvidos no aumento do risco de desenvolvimento do cancro da mama e do ovário, incluindo os genes BRCA1 e BRCA2. 
 
Habitualmente as pessoas possuem duas cópias de cada gene. Para a maioria dos genes causadores do cancro, uma das cópias mutada é herdada e está presente em cada célula, enquanto o tumor contém a segunda cópia mutada. Contudo, foi verificado que no caso das mutações no gene PPM1D estas não são herdadas e estão apenas presentes nas células sanguíneas. Não foram encontradas mutações no gene PPM1D nas células do ovário, em mamas saudáveis ou células cancerígenas.
 
Os investigadores explicam que as mutações no PPMD1 aumentam excessivamente a atividade do gene, o que por sua vez conduz a uma diminuição da atividade do gene TP53, um dos genes mutados das células cancerígenas mais comuns.
 
“Esta é uma das descobertas mais interessantes e entusiasmantes. Não sabemos ao certo de que modo as mutações no TP53 estão associadas ao cancro da mama e do ovário, mas estes resultados alteram radicalmente a forma como os genes e o cancro estão relacionados”, revelou em comunicado de imprensa o líder do estudo, Nazneen Rahman.
 
O investigador acrescenta ainda que estes resultados poderão ser também benéficos em termos clínicos, especialmente para o cancro do ovário o qual é muitas vezes diagnosticado numa fase já avançada. Se a mulher tiver conhecimento que tem uma mutação no gene PPM1D e tem uma probabilidade em cinco de desenvolver cancro do ovário, deverá considerar remover os seus ovários.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A.  (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/identificado-gene-associado-ao-cancro-da-mama-e-ovario?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121231)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Hidrocefalia: nova causa foi descoberta
Estudo publicado na “Nature Medicine”


Investigadores americanos descobriram uma nova causa para a hidrocefalia, refere um estudo publicado na “Nature Medicine”.
 
Esta doença, que afeta entre um a três bebés por cada 1.000 nascimentos, envolve a acumulação de fluido nas cavidades do cérebro conhecidas como ventrículos. Caso o excesso de fluido não seja removido, os ventrículos expandem-se podendo causar danos cerebrais graves e morte. Apesar de a hidrocefalia ser um dos tipos mais comuns de problemas cerebrais dos recém-nascidos, os tratamentos não sofreram muitas alterações ao longo do último meio século. Este envolve a cirurgia cerebral invasiva para drenar o fluido, a qual apresenta muitas vezes complicações e apresenta falhas, o que significa que as crianças por vezes necessitam de ser submetidas a cirurgias repetidas.
 
Dado as extremas limitações de tratamento, o desenvolvimento de terapias não invasivas poderiam revolucionar o tratamento desta doença, referiu, em comunicado de imprensa, o primeiro autor do estudo, Calvin Carter.
 
Assim, neste estudo os investigadores da University of Iowa, nos EUA, utilizaram um modelo de ratinho com hidrocefalia, para estudar um tipo específico de células imaturas conhecidas por células precursoras neuronais, que se diferenciam na maioria das células cerebrais, incluindo os neurónios e as células gliais. Os investigadores focaram-se num subgrupo específico de células precursoras neuronais que foram recentemente identificadas e que estão envolvidas no normal desenvolvimento dos ventrículos.
 
O estudo refere que durante o desenvolvimento cerebral, esta população de células imaturas prolifera e morre de acordo com um processo preciso e coordenado de forma produzir ventrículos normais. Os investigadores verificaram que há um desequilíbrio na proliferação e sobrevivência destas células que conduz à hidrocefalia nos ratinhos
 
O desequilíbrio é causado por problemas nas vias de sinalização envolvidas na morte ou proliferação desse tipo de células precursoras neuronais. Foi verificado que, no modelo animal, estes dois processos estão alterados, as células morrem a uma taxa duas vezes maior do que o habitual e proliferam a metade da taxa.
 
Após terem identificado o problema, os investigadores demonstraram que o tratamento com lítio restaurava a proliferação normal das células precursoras e reduzia a hidrocefalia nos ratinhos.
 
"Os nossos resultados demonstraram, pela primeira vez, que as células neuronais progenitoras estão envolvidas no desenvolvimento de hidrocefalia neonatal. Fomos também os primeiros a manipular o desenvolvimento destas células e a tratar com sucesso a hidrocefalia neonatal, algo que abre portas para o desenvolvimento de novas estratégias e para o tratamento desta e de outras doenças neurológicas”, conclui Calvin Carter.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/hidrocefalia-nova-causa-foi-descoberta?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121203)
Hipertiroidismo aumenta risco de arritmia cardíaca
Estudo publicado no “British Medical Journal”

 
Os indivíduos com glândula da tiroide hiperativa, hipertiroidismo, têm um risco aumentado de desenvolver arritmia cardíaca, conhecida como fibrilhação auricular, dá conta um estudo publicado no “British Medical Journal”.

O hipertiroidismo ocorre quando a glândula da tiroide produz uma hormona, a tiroxima, em quantidades muito elevadas, o que acelera as funções do organismo. Aproximadamente uma em cada cem mulheres e um em cada mil homens desenvolvem hipertiroidismo em algum momento da sua vida, podendo esta doença ocorrer em qualquer idade.

Já era sabido que o hipertiroidismo severo estava associado a um risco mais elevado de fibrilhação auricular, mas não era ainda claro se o hipertiroidismo moderado (subclínico) tinha o mesmo efeito. Eram também escassos os dados disponíveis relativos à associação entre o hipotiroidismo e a fibrilhação auricular.

Neste estudo uma equipa de investigadores dinamarqueses decidiu analisar o risco de fibrilhação auricular em indivíduos com distúrbios da tiroide, tendo para isso analisado os dados de em 586.460 participantes que tinham realizado testes sanguíneos à função tiroideia, entre 2000 e 2010.

O teste à função tiroideia mede os níveis sanguíneos da hormona estimuladora da tiróide (TSH). Nos indivíduos com hipertiroidismo, os níveis de TSH são usualmente baixos, enquanto nos indivíduos com hipotiroidismo, os valores tendem a ser mais elevados.

O estudo apurou que ao longo de um período médio de cinco anos e meio de acompanhamento, 17,154 (3%) dos pacientes foram diagnosticados com fibrilhação auricular, sendo 53% destes dos sexo feminino. Comparativamente com os pacientes que tinham uma função tiroideia normal, o risco de fibrilhação auricular aumentou com a diminuição da hormona estimuladora da tiroide.  

Os investigadores verificaram que os pacientes com hipotiroidismo subclínico tinham um risco 30% maior de fibrilhação auricular, enquanto nos que tinham uma função tiroideia normal alta, o risco aumentava apenas 12% maior. Por outro lado, o hipotiroidismo foi associado a menor risco de fibrilhação auricular.

Os autores do estudo concluem que estes resultados apoiam assim o rastreio da fibrilhação auricular para os pacientes com doença tiroideia.

Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/hipertiroidismo-aumenta-risco-de-arritmia-cardiaca?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121203)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Exercício físico aumenta esperança de vida em 4,5 anos
Estudo publicado na “PLoS Medicine”
09 Novembro 2012
 

A prática de exercício físico, mesmo a níveis relativamente baixos, está associada a uma maior longevidade, refere um estudo publicado na revista “PLoS Medicine”.
 
De forma a avaliar o efeito que a atividade física tinha na esperança de vida, os investigadores do National Cancer Institute, nos EUA, contaram com a participação de 650.000 indivíduos que tinham, em média, mais de 40 anos.
 
Após terem em conta alguns fatores que poderiam afetar a esperança de vida, os investigadores constataram que esta era 3,4 vezes maior para os indivíduos que praticavam um nível de atividade física recomendado. O Department of Health and Human Services, nos EUA, recomenda a prática de 2,5 horas de atividade aeróbica regular, por semana, de intensidade moderada ou 1,25 horas de intensidade elevada.
 
O estudo apurou que os participantes que praticavam o dobro da atividade física recomendada prolongavam a sua vida em 4,5 anos. Foi verificado que uma maior atividade física estava associada a uma maior longevidade. Contudo, mesmo os indivíduos que apenas praticavam metade da atividade física recomendada tinham um aumento da esperança de vida em 1,8 anos.
 
Os autores do estudo também analisaram qual o efeito da atividade física e da obesidade na esperança de vida. Foi constatado que a obesidade encurtava a esperança de vida, mas a atividade física ajudava a diminuir os seus efeitos. Os participantes obesos e inativos viveram, em média, menos cinco a sete anos do que os indivíduos que apresentavam um peso normal e tinham uma atividade física moderada.
 
Os investigadores, liderados por Steven Moore, concluíram que estes resultados são importante pois poderão ajudar a convencer as pessoas inativas que a prática de atividade física moderada tem realmente benefícios para a saúde, mesmo que não resulte na perda de peso.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/exercicio-fisico-aumenta-esperanca-de-vida-em-45-anos?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121112)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

"ReumaCensus"
Estudo da Sociedade Portuguesa de Reumatologia
15 Outubro 2012

O estudo epidemiológico transversal "ReumaCensus" apurou que 70% dos mais de 4.000 portugueses inquiridos apresentam sintomas de doenças reumáticas.
 
O estudo realizado pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) teve como objetivo a avaliação das doenças reumáticas no país e identificar qual a sua prevalência entre a população portuguesa.
 
A notícia avançada pela agência Lusa refere que após um ano a "correr o País de norte a sul", a Sociedade Portuguesa de Reumatologia estimou que dos 4.211 entrevistados, 2.910 apresentam sintomatologia reumática, tendo, até à data, 1.381 pessoas sido reencaminhadas para a consulta com o médico reumatologista".
 
A média de idades dos inquiridos "situou-se por volta dos 51 anos de idade", sendo, na sua maioria, mulheres (62 por cento), precisa a SPR, em comunicado.
 
O estudo teve início em setembro de 2011 e foi constituído por duas fases: a aplicação de um questionário e um exame para confirmação do diagnóstico, ao qual foram sujeitas as pessoas com "screening" positivo no primeiro questionário, e vinte por cento dos inquiridos com screening negativo.
 
Quanto às doenças reumáticas, são consideradas doenças crónicas as que afetam o sistema musculosquelético, ou seja músculos, ossos e cartilagens.
 
As causas podem ter diversas origens, entre as quais degenerativas – em que o aparelho locomotor vai perdendo as suas características originais, como nos casos de artrose e osteoporose -, imunológica e inflamatória, como é o caso da artrite reumatóide, espondilite anquilosante, lúpus eritematoso sistémico e a esclerodermia infeciosa, como as artrites reativas, ou metabólicas, como a gota.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/reumacensus)
Artrite reumatóide aumenta risco de formação de coágulos
Estudo publicado no “Journal of the American Medical Association”
08 Outubro 2012

Os indivíduos com artrite reumatóide têm um maior risco de tromboembolismo venoso (formação de coágulos nas veias), refere um estudo publicado, no “Journal of the American Medical Association”.
 
Apesar de a admissão em hospitais ser também um fator de risco para o tromboembolismo venoso nos pacientes com artrite reumatóide, os investigadores do Karolinska Institute, na Suécia, verificaram que este não era maior do que para a população geral. Acredita-se que a hospitalização aumenta os riscos de formação de coágulos neste tipo de pacientes porque a inflamação crónica pode facilitar a formação de coágulos. Contudo, esta presunção pode conduzir a conclusões erradas sobre os mecanismos biológicos responsáveis pelo tromboembolismo venoso nos pacientes com artrite reumatóide e desencadear tratamentos inapropriados.
 
Neste estudo os investigadores utilizaram dois grupos de indivíduos. Um grupo incluiu 37.856 pacientes com artrite reumatóide e 169.921 indivíduos saudáveis. O outro grupo era constituído por 7.904 pacientes e 37.350 indivíduos que ingressaram o grupo de controlo.
 
Os investigadores constataram que os pacientes com artrite reumatóide apresentavam um maior risco de tromboembolismo venoso em comparação com a população em geral, 5,9% e 2,7% por 1000 pessoas ano, respetivamente. O início do aparecimento dos sintomas da artrite reumatóide não estava estaticamente associado com história de tromboembolismo venoso.
 
O estudo apurou também que, no primeiro ano após o diagnóstico, os pacientes com artrite reumatóide tinham, em comparação com os indivíduos saudáveis, um risco aumentado de tromboembolismo venoso, 3.8% e 2.4% por 1000 pessoas ano, respetivamente. Contudo, este risco permaneceu inalterado ao longo da primeira década após o diagnóstico
 
Assim, os investigadores concluem que “em comparação com a população em geral, os pacientes suecos com artrite reumatóide tinham um elevado risco de tromboembolismo venoso, mantendo-se este estável 10 anos após o diagnóstico”.
 
A artrite reumatóide é uma doença crónica, progressiva e incapacitante que provoca inflamação, dor e inchaço das articulações. A inflamação persistente pode danificar articulações afetadas. O grau de deficiência varia em função da gravidade, mas, eventualmente, afeta a capacidade da pessoa para realizar as tarefas diárias.
 
As mulheres são três vezes mais propensas a desenvolver a doença do que os homens, afetando mais frequentemente indivíduos entre os 40 e 60 anos.
 
Atualmente ainda não existe cura para esta doença autoimune, mas quanto mais cedo for diagnosticada maior é o efeito do tratamento no seu curso e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/artrite-reumatoide-aumenta-risco-de-formacao-de-coagulos?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121015)
Tomate diminui risco de acidente vascular cerebral
Estudo publicado na revista “Neurology”
11 Outubro 2012

O consumo de tomate diminui o risco de acidente vascular cerebral (AVC), revela um estudo publicado na revista “Neurology”.
 
Estudos anteriores já tinham constatado que o tomate apresentava vários benefícios para a saúde. Em 2011, os investigadores do the National Center for Food Safety & Technology, revelaram que um maior consumo de tomate poderia proteger contra o desenvolvimento de cancro, osteoporose e doenças cardiovasculares.
 
Neste estudo, os investigadores da University of Eastern, na Finlândia, contaram com a participação de 1.031 homens finlandeses que tinham entre 46 e 65 anos. A concentração sanguínea de um antioxidante presente no tomate, o licopeno, foi medida no início do estudo e periodicamente ao longo de uma média de 12 anos.
 
Os investigadores constaram que ao longo do período de acompanhamento 67 homens sofreram um AVC. Foi verificado que entre os 258 participantes que tinham as concentrações mais baixas de licopeno, 25 tiveram um AVC. Por outro lado, apenas 11 dos 259 que tinham concentrações mais elevadas deste oxidante sofreram um AVC.
 
Os autores do estudo concluíram que os indivíduos que apresentavam concentrações mais elevadas de licopeno tinham um risco 55% menor de desenvolverem um AVC quando comparados com aqueles que tinham concentrações mais baixas deste antioxidante. Esta associação foi ainda mais evidente quando os investigadores se focaram nos acidentes vasculares cerebrais isquémicos. Foi constatado que, em comparação com os homens que tinham concentrações mais baixas de licopeno, os que tinham concentrações mais elevadas apresentavam um risco 59% menor de AVC isquémico.
 
“Este estudo evidencia a associação entre o consumo de frutas e vegetais e um menor risco de AVC. Estes resultados apoiam as recomendações dadas no sentido de se consumir mais do que cinco porções diárias de frutas e vegetais, o que conduziria a uma diminuição considerável do número de acidentes vasculares cerebrais em todo o mundo”, conclui, um dos autores do estudo, Jouni Karppi.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/tomate-diminui-risco-de-acidente-vascular-cerebral?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121015)
Cafeína: como reduz o risco de Alzheimer?
Estudo publicado no “Journal of Neuroscience”
12 Outubro 2012
 
O consumo de cafeína tem sido associado a um menor risco de doença de Alzheimer, agora um novo estudo publicado no “Journal of Neuroscience” explica como este processo ocorre.
 
Os investigadores University of Illinois, nos EUA, analisaram o efeito da cafeína na formação de memória de dois grupos de ratinhos: um ao qual foi dado este estimulante e outro não. Todos os animais foram posteriormente expostos à hipoxia, simulando o que ocorre no cérebro durante a interrupção da respiração ou fluxo sanguíneo.
 
O estudo apurou que em comparação com os ratinhos que não foram tratados com cafeína, os que foram tratados recuperaram a capacidade de formação de novas memórias 33% mais rápido que os ratinhos controlo. Na verdade, a cafeína teve o mesmo efeito anti-inflamatório do que o bloqueio da sinalização de uma proteína que está envolvida na comunicação dos linfócitos e que medeia a inflamação, a IL-1. Esta proteína tem também sido associada com o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.
 
Os investigadores constataram que os episódios de hipoxia despoletavam a libertação de adenosina. “As nossas células são como pequenas centrais de energia, sendo alimentadas por combustível chamado ATP que é constituído por moléculas de adenosina. Quando há danos nas células, a adenosina é libertada", explicou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Gregory Freund.
 
Tal como a fuga de gasolina de um tanque é perigoso para tudo o que está em redor, a libertação da adenosina também representa um perigo para o ambiente celular. Assim a adenosina ativa uma enzima, a caspase-1, que por sua vez, despoleta a produção da IL-1 que medeia a inflamação.
 
Contudo, os investigadores verificaram que a cafeína bloqueia a atividade da adenosina, inibindo a caspase-1 e consequentemente a inflamação resultante. Deste modo os danos cerebrais ficam limitados e protegidos.
 
Na nossa opinião estes resultados poderão conduzir a formas de reverter os distúrbios cognitivos que se encontram em fase inicial. Já existem fármacos que têm por alvo determinados recetores da adenosina. O que queremos agora determinar é quais os recetores mais importantes”, conclui o investigador.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/cafeina-como-reduz-o-risco-de-alzheimer?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121015)
Afinal vitamina D não previne constipações
Estudo publicado pela “Journal of the American Medical Association”
08 Outubro 2012
 
Um estudo recente sobre a suplementação com vitamina D demonstrou que afinal esta não parece previnir a constipação comum em adultos que apresentam níveis normais de vitamina D.
 
Conduzido pela University of Otago em Christchurch, Nova Zelândia, com base numa amostra de mais de 300 adultos saudáveis, que foram acompanhados durante 18 meses, o estudo revelou que a suplementação com vitamina D não previne nem reduz a severidade das constipações. A vitamina D mantém um bom funcionamento do sistema imunitário e outros estudos tinham sugerido que a presença de maiores níveis de vitamina D no organismo trazia menos constipações.
 
O grupo de 300 pessoas foi dividido em dois, sendo que a um grupo foi oferecida vitamina D por via oral e ao outro, um placebo, também em forma de comprimido. O primeiro grupo consumiu cerca de 6.600 UI durante os primeiros dois meses e cerca de 3.300 UI no decorrer do resto do estudo.
 
Os resultados não revelaram diferenças significativas, em termos estatísticos, entre ambos os grupos relativamente ao número de ocorrências de constipações. O grupo que consumiu vitamina D registou uma média de 3,7 constipações e o grupo que tomou placebo, uma média de 3,8 constipações durante o período do estudo.
 
Não houve igualmente diferenças entre os grupos relativamente ao número de dias de falta ao trabalho devido a constipações. Os participantes de ambos os grupos faltaram em média três quartos de dia ao trabalho em virtude das constipações: Estas tiveram uma duração média de 12 dias por pessoa em ambos os grupos.
 
O autor principal do estudo, Dr David Murdoch, docente e diretor do departamento de patologia da University of Otago, afirmou que “até à data, não há nenhum suplemento que tenha demonstrado prevenir constipações”. “Precisamos de evidência a partir de estudos rigorosos – como o nosso – antes de podermos falar dos potenciais benefícios de um suplemento nutricional na prevenção das constipações”.
 
O Dr. Jeffrey Linder, docente de medicina na Brigham and Women’s Hospital and Harvard Medical School em Boston, EUA, sente-se “pessimista relativamente a podermos curar ou evitar a constipação comum”.
 
O melhor a fazer, diz o docente, é o que provavelmente já todos sabemos. Devemos manter-nos afastados de pessoas que estão a espirrar frequentemente, se espirrarmos devemos fazê-lo para uma manga ou um lenço para evitar que os germes se espalhem. É igualmente aconselhável lavar as mãos frequentemente. E podemos melhorar o nosso estado de saúde com uma dieta saudável e equilibrada, praticar exercício físico com regularidade, não fumar e descansar bastante, aconselha ainda o Dr. Linder. No entanto, acrescenta, mesmo adotando as precauções necessárias, a maioria das pessoas contrai três a quatro constipações por ano, que duram cerca de 12 dias cada.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/afinal-vitamina-d-nao-previne-constipacoes?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121015)
Maçã: mais uma razão para a degustar
Estudo publicado no “Journal of Functional Foods”
08 Outubro 2012
 
A ingestão de uma maçã por dia reduz em 40% os níveis sanguíneos de uma substância associada com o espessamento das artérias, refere no “Journal of Functional Foods”.
 
Neste estudo os investigadores da Ohio State University, nos EUA, contaram com a participação de 51 indivíduos que tinham entre 40 e 60 anos de idade, que ingeriam maçãs menos de duas vezes por mês e que também não consumiam concentrados de plantas ou suplementos de polifenóis.
 
Para o estudo, 16 participantes ingeriram uma maçã por dia durante quatro semanas, 17 tomaram, diariamente, um comprimido que continha 194mg de polifenóis, e 18 ingerirem um placebo durante o mesmo período de tempo.
 
Os investigadores verificaram que o consumo diário de uma maçã diminui os níveis do colesterol LDL (“mau” colesterol) oxidado. Quando o colesterol LDL interage com os radicais livres fica oxidado e apresenta uma maior probabilidade de promover a inflamação e causar danos nos tecidos.
 
“Quando o LDL fica oxidado a aterosclerose é iniciada. Obtivemos ótimos resultados apenas com a ingestão de uma maçã por ida durante quatro semanas”, referiu, em comunicado de imprensa, o líder do estudo, Robert DiSilvestro.
 
Os investigadores verificaram que a ingestão diária de uma maçã teve mais efeito na redução do LDL oxidado, do que outros oxidantes avaliados, nomeadamente a curcumina, chá verde e extrato de tomate. Por outro lado, foi constatado que a toma de comprimidos contendo polifenóis, um tipo de antioxidante encontrado nas maçãs, tinha um efeito semelhante mas não tão pronunciado na redução do LDL oxidado.
 
Na opinião dos aurores do estudo podem haver outras substâncias na maçã que contribuem para este efeito ou, em alguns casos, estes compostos bioativos podem ser melhor absorvidos quando ingeridos através de alimentos.
 
O estudo apurou ainda que a maçã produzia alguns efeitos antioxidantes na saliva, os quais têm implicações na saúde oral. Estes resultados podem agora fazer parte da lista, já de considerável dimensão, dos benefícios associados ao consumo de maçã, reforçando mais uma vez a ideia que que o consumo deste fruto pode manter os médicos afastados.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/maca-mais-uma-razao-para-a-degustar?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121015)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Benefícios da pescada

 

De acordo com um estudo apresentado na Namíbia, o consumo frequente de pescada, por doentes em risco cardiovascular, melhora a tensão arterial diastólica, reduz peso, perímetro abdominal, bem como os níveis de colesterol LDL. Segundo o mesmo estudo, a pescada é uma fonte natural, adequada e suficiente dos ácidos gordos Ómega-3. Coordenado pela Unidade de Nutrição e Obesidade do Hospital Ramón y Cajal, de Madrid, contou com a participação de 13 hospitais públicos espanhóis e do Instituto de Estudos Marinhos para a Nutrição e o Bem-Estar (INESMA).
 
Durante 17 semanas, 257 pacientes com síndrome metabólica foram sujeitos a uma dieta, dividida em duas etapas: oito semanas sem alimentos marinhos, seguida de oito semanas com consumo diário de 100g de pescada congelada da Namíbia, ou vice-versa. Durante este período, foram realizadas e registadas medições antropométricas (peso, altura, perímetro abdominal e índice de massa gorda), tensão arterial e análises de sangue de forma a verificar o perfil lipídico, glicémia e níveis de Ómega-3 DHA.
 
Na apresentação do estudo esteve presente o Ministro das Pescas e Recursos Marinhos da Namíbia, Bernhard Esau, e, entre outros convidados, Clotilde Vázquez da Unidade de Obesidade e Nutrição do Hospital Ramón y Cajal, que explicou os pormenores desta investigação. De referir que a pesca representa quase 10% do PIB da Namíbia, sendo a pescada a espécie mais relevante da indústria das pescas deste país, que exporta peixe branco para vários países europeus, sobretudo Portugal e Espanha, assim como para Austrália, Estados Unidos da América ou África do Sul.
 
Fonte: Hospital do Futuro (28.08.2012) - http://www.hospitaldofuturo.com/profiles/blogs/beneficios-da-pescada

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Medusa artificial mimetiza batimento do coração

Estudo publicado na “Nature Biotechnology”
26 Julho 2012


Investigadores americanos desenvolvem uma medusa artificial que, segundo o estudo publicado na revista “Nature Biotechnology”, poderá aprofundar o conhecimento da engenharia dos tecidos musculares humanos, nomeadamente os cardíacos.
 
A movimentação da medusa, que consiste no uso de um músculo para sucessivos impulsos na água, quase semelhante aos batimentos de um coração, foi o aspeto que despertou a curiosidade dos especialistas.
 
“Ocorreu-me em 2007 que poderíamos estar a falhar na compreensão das leis fundamentais dos tecidos musculares”, afirmou Kevin Kit Parker, professor de bioengenharia da Harvard School of Engineering and Applied Sciences.
 
“Comecei a observar os organismos marinhos que utilizam músculos para sobreviver. Na altura, vi uma medusa no New England Aquarium e imediatamente observei as semelhanças e as diferenças da ação de uma medusa e de um coração humano”, reforçou o especialista.
 
Assim, para este projeto apelidado de “Medusoid” os investigadores começaram por estudar os mecanismos de propulsão utilizados pela medusa antes de criar a versão artificial. Posteriormente foram utilizadas células cardíacas de ratinho e um polímero de silicone que foram colocados numa membrana que se assemelhava a uma medusa, com oito apêndices.
 
A Medusoide foi colocada em água salgada e submetida a choques elétricos para promover as contrações típicas das medusas que as fazem movimentar. Os investigadores ficaram surpresos com os movimentos da Medusoide, que imitavam os da medusa.
 
De acordo com os autores do estudo este tipo de estratégia poderá ser utilizado para compreender a engenharia dos músculos humanos, entre os quais o músculo cardíaco.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/medusa-artificial-mimetiza-batimento-do-coracao?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20120730)
Dieta rica em sal aumenta risco de osteoporose e cálculos renais

Estudo publicado no “American Journal of Physiology - Renal Physiology”
27 Julho 2012


As dietas ricas em sal diminuem os níveis de cálcio e aumentam o risco de osteoporose e cálculos renais, sugere um estudo publicado “American Journal of Physiology - Renal Physiology”.
 
A comunidade científica sempre procurou perceber por que motivo os indivíduos que seguem uma dieta rica em sal têm um risco aumentado de desenvolver osteoporose e cálculos renais, neste estudo os investigadores da University of Alberta, nos EUA, descobriram uma associação importante entre o sal e o cálcio.
 
“Identificámos uma molécula responsável pela reabsorção de sódio no organismo que também controla o armazenamento de cálcio”, revelou, em comunicado de imprensa, o líder do estudo, Todd Alexander.
 
O investigador explica que perante a ingestão de uma dieta rica em sal, o organismo excreta-o, através da urina, conjuntamente com o cálcio, o que conduz à depleção deste mineral. Os níveis elevados de cálcio na urina levam ao desenvolvimento de cálculos renais, e por outro lado, o seu baixo nível de armazenamento conduz à osteoporose.
 
Os autores do estudo verificaram que os ratinhos que não expressavam a molécula NH3 excretavam mais cálcio e absorviam uma menor quantidade deste mineral em comparação com os ratinhos controlo.
 
“Quando o organismo tenta baixar os níveis de sal através da urina, também diminui simultaneamente os níveis de cálcio”, revelou o investigador.
 
“Estes resultados são importantes pois as pessoas estão cada vez mais a consumir elevadas quantidades de sal através da dieta, o que significa um armazenamento de cálcio cada vez mais pobre. Os nossos resultados apoiam a importância da adoção de uma dieta com baixo teor de sal e também explicam o motivo pelo qual os alimentos processados devem conter baixos níveis deste mineral”, conclui Todd Alexander.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/dieta-rica-em-sal-aumenta-risco-de-osteoporose-e-calculos-renais?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20120730)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Alguns apontamentos sobre Esclerose Múltipla - Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla



segunda-feira, 28 de maio de 2012

Alimentação: jejum é tão importante quanto o que se ingere

Estudo publicado na revista “Cell Metabolism”
22 Maio 2012
 

As horas do dia a que se ingerem alimentos são tão importantes como o tipo de dieta adotada. O estudo publicado na revista “Cell Metabolism” dá conta que a ingestão regular de alimentos e o prolongamento do período de jejum pode anular os efeitos adversos de uma dieta rica em gordura e prevenir também a obesidade, diabetes e doenças do fígado.
 
Neste estudo os investigadores do Salk's Regulatory Biology Laboratory, nos EUA, procuraram determinar se a obesidade e as doenças metabólicas são o resultado de uma dieta rica em gordura ou da perturbação dos ciclos metabólicos.
 
De forma a responder a esta questão os investigadores, liderados por Satchidananda Panda, alimentaram dois grupos de ratinhos, que partilhavam os mesmos genes, sexo, e idade com uma dieta na qual 60% das calorias eram provenientes de gordura. Um dos grupos dos animais alimentava-se quando queria, consumindo metade dos alimentos durante a noite, pois os ratinhos são notívagos, e fazendo pequenas refeições ao longo do dia. A um segundo grupo de ratinhos foi-lhes imposto uma restrição do horário das refeições, podendo só comer durante apenas oito horas todas as noites, o que se traduziu num jejum de 16 horas. O estudo inclui ainda mais dois grupos de animais, grupos de controlo, que foram alimentados com uma dieta em que 13% das calorias eram provenientes de gordura, sendo estes também submetidos a condições similares.
 
Após 100 dias, os investigadores verificaram que os ratinhos que se alimentaram frequentemente ao longo do dia tiveram um maior aumento de peso, desenvolveram níveis elevados de colesterol e glucose, apresentaram danos no fígado e um menor controlo motor. Por outro lado, os ratinhos que só se alimentaram durante as 8 horas pesavam 28% menos e não apresentaram nenhum efeito adverso, apesar de terem sido alimentados com a mesma dieta.
 
“Estes resultados são surpreendentes”, revelou em comunicado de imprensa a primeira autora do estudo, Megumi Hatori. “Durante os últimos 50 anos as pessoas foram aconselhadas a reduzir a quantidade de gordura e a fazer pequenas refeições ao longo do dia. Contudo, verificámos que o tempo de jejum também é importante. Através da restrição do horário das refeições, as pessoas podem diminuir os efeitos adversos da adoção de uma dieta rica em gordura.”
 
Os cientistas há muito que assumem que o tipo de dieta adotada conduz à obesidade nos ratinhos. Contudo, este estudo sugere que a ingestão calórica ao longo do dia pode contribuir de igual modo para a obesidade, pois pode interferir com as vias metabólicas controladas pelo ritmo circadiano e pelos sensores dos nutrientes.
 
Na verdade os investigadores verificaram que o organismo armazena as gorduras durante as refeições e começa a decompor a gordura e colesterol em ácidos biliares benéficos poucas horas após jejum. Ao ingerir alimentos com frequência, o organismo continua a produzir e armazenar gordura inflando as células de gordura e células hepáticas, o que pode resultar em danos no fígado. Perante estas condições o fígado continua a produzir glucose, o que faz aumentar os seus níveis sanguíneos. Por outro lado, as refeições com restrições de horário, reduzem a produção de gordura, glucose e colesterol. Nestes casos há uma redução do armazenamento de gorduras e os mecanismos de descomposição destas são ativados quando os animais são submetidos a um jejum diário, mantendo assim as células do fígado saudáveis e uma redução global da gordura.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/alimentacao-jejum-e-tao-importante-quanto-o-que-se-ingere?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20120528)

domingo, 27 de maio de 2012

Olho Humano






Fonte - http://profs.ccems.pt/PaulaFrota/olho.htm
Estrutura do Cranio






Fonte - http://osbatidoresdeumagrandemergencia.blogspot.pt/2011/09/cranio-ossos-do-cranio.html

sábado, 26 de maio de 2012

Estrutura do Aparelho Respiratório Humano






Fonte - http://www.studiomel.com/17.html
Célula Humana




Fonte - http://www.guia.heu.nom.br/celulas.htm



Fonte - http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/Celula.php

A Apicultura e a Espondilite Anquilosante


A apiterapia é a modalidade de Medicina Alternativa ou Ciência que utiliza os produtos da abelha no tratamento de vários tipos de doenças. No mundo são muitos os países que fazem uso desta modalidade de medicina, inclusive sendo comum em clínicas especializadas, com profissionais de várias especialidades da área de saúde humana. 

Uma terapia com cinco mil anos

A Apiterapia nasceu na China há cerca de 5.000 anos. É uma medicina alternativa que usa os produtos apícolas (mel, pólen, geleia real, própolis, veneno das abelhas, larvas de zangão, cera, entre outros) para tratar e curar doenças em seres humanos e animais.

Na Europa, esta terapia natural é usada há 200 anos enquanto que no resto do mundo há vários séculos. Os resultados, na maior parte das doenças, é, segundo muitos testemunhos «extraordinário».

Como é uma “terapia holística” (que significa que trata o paciente como um todo – mente, corpo e alma), utiliza produtos cem por cento naturais os quais não provocam efeitos secundários nem de habituação.

Com resposta para quase todas as patologias, a apiterapia é, em alguns casos, «muito mais eficaz do que a medicina alopata curando doenças consideradas incuráveis ou dificilmente curáveis, como por exemplo sinusite e até mesmo alguns casos de cancro.

Nos antigos escritos, já Hipócrates mencionava nos seus textos essa terapia, bem como, nos seus escritos, os chineses. No antigo Egipto, o veneno das abelhas já era recomendado no tratamento de reumatismo e na artrite. Além disso, a apiterapia pode tratar diversas doenças de pele, reumatológicas, virais, infecciosas, pulmonares, ortopédicas, psicológicas e endócrinas.

Embora seja um método terapêutico já reconhecido, a apiterapia ainda tem um longo percurso a percorrer. Apesar dos efeitos benéficos, a acreditação das medicinas alternativas, por parte dos governos, não está próxima, mas sim «ainda muito longe daquilo que seria o ideal».

Cinco principais produtos utilizados na Apiterapia

Os cinco os principais produtos utilizados na Apiterapia têm complementos nutricionais que facilitam o bem-estar do corpo humano, podendo, alguns deles, prevenir ou diminuir os efeitos de algumas doenças graves.

A Geleia Real – este produto contém propriedades energéticas. É constituída por cerca de 65-70% de água, 4.5-5% de gorduras, cerca de 1% de cinzas, 11-14% de proteínas e 11-16% de hidratos de carbono. A geleia real é caracterizada pela sua riqueza em vitaminas, especialmente o ácido pantoténico-vit B5.

Tem um factor antibiótico (ácido 10-hidroxidecenóico), diferente do pólen, activo contra várias bactérias e fungos. É um produto segregado pelas glândulas hipofaríngeas das obreiras e serve de alimento à abelha rainha durante toda a sua vida, larvar e adulta.

O uso de geleia real é também aconselhado em casos de fadiga, stress, depressão, anemia, pois permite uma recuperação das forças, um aumento do apetite.

A sua aplicação parece ter melhores efeitos nas crianças e nos idosos, não provocando alergia, habituação ou toxicidade. Tem também um efeito positivo nos distúrbios provocados pela menopausa.

Regulariza ainda as funções do sistema nervoso, cardiovascular, aparelhos respiratórios e digestivos, rins e fígado.

O Pólen – é o conjunto dos minúsculos grãos produzidos pelas flores das plantas angiospérmicas. Contém uma grande proporção de proteínas (16 a 40 %) contendo todos os aminoácidos conhecidos, assim como numerosas vitaminas, principalmente as vitaminas C e PP, sendo a principal fonte de alimentação das abelhas.

Pesquisas recentes indicam que o pólen é o alimento mais completo e valioso da natureza, pois além de conter todos os aminoácidos essenciais ao organismo humano, também é rico em oligoelementos minerais, fibras, hormonas vegetais e vitaminas.

O pólen também estimula o funcionamento de todos os órgãos internos, melhorando, inclusive, o desempenho sexual. Tem valor nutritivo muito superior à carne ou à proteína de soja. Possui propriedades antioxidantes, antianémica e auxiliar no tratamento preventivo do cancro da próstata. Pode ser utilizado no tratamento de anemias profundas visto que eleva rapidamente a taxa de hemoglobina no sangue.

O Mel - é fonte de energia e vitaminas. O mel é produzido pelas abelhas a partir do néctar recolhido de flores e processado pelas enzimas digestivas desses insectos, sendo armazenado em favos nas suas colmeias para servir-lhes de alimento durante o Inverno.

Além de ser utilizado como adoçante, o mel sempre foi reconhecido devido às suas propriedades terapêuticas. De um modo geral, o mel é constituído, na sua maior parte (cerca de 75%), por hidratos de carbono, nomeadamente por açúcares simples (glucose e frutose).

O mel é também composto por água (cerca de 20%), por minerais (cálcio, cobre, ferro, magnésio, fósforo, potássio, entre outros), por cerca de metade dos aminoácidos existentes, por ácidos orgânicos (ácido cítrico, entre outros) e por vitaminas do complexo B, por vitamina C, D e E. Possui ainda um teor considerável de antioxidantes (flavonóides e fenólicos).

É também usado externamente devido às suas propriedades anti-microbianas e antissépticas. Assim, o mel ajuda a cicatrizar e a prevenir infecções em feridas ou queimaduras superficiais.

O mel é também utilizado largamente na cosmética (cremes, máscaras de limpeza facial e tónicos) devido às suas qualidades adstringentes e suavizantes.

O veneno das abelhas – também conhecido por apitoxina, o veneno das abelhas é produzido por uma glândula de secreção ácida e outra de secreção alcalina incluídas no interior do abdómen da abelha obreira.

Tem uma cor transparente, de sabor agudo e amargo, e com odor aromático forte. É solúvel em água e ácidos e à semelhança do veneno de cobra também não faz efeito se tomado via oral.

Com o ferrão, a abelha, pica e injecta o veneno no “inimigo”. Uma forma que a abelha tem de defender-se. Aliás, ela só pica se for directamente atacada, porque quando a abelha pica, o seu ferrão (que tem uma configuração igual a uma farpa) fica preso na vítima. Passada uma hora a abelha morre. A abelha não sobrevive, depois de picar porque para além do ferrão perde uma parte do intestino.

O seu valor terapêutico deve-se principalmente às suas propriedades hemorrágicas e neurológicas. É por isso que, durante o tratamento de doenças não se formam anti-corpos contra o veneno de abelha e por isso o nosso organismo não cria habituação ao mesmo, sendo assim as picadas de abelha cada vez mais eficazes.

Também quando injectado directamente, ou através de picadas, nas juntas do corpo, é um remédio efectivo no combate ao reumatismo.

Aliás, o “poder curativo” do veneno foi descoberto pelo médico austríaco Philip Terc, no século XIX. Um dia, estando sentado num banco do seu jardim, o médico foi atacado por um enxame. Depois desse incidente reparou que as fortes dores nas articulações começaram a desaparecer e os seus membros adquiriram uma nova mobilidade.

A partir desse incidente começou a investigar a causa da sua cura e durante 10 anos fez experiências. Ridicularizado pela comunidade médica da altura, em 1878 e 1889 apresentou, na Universidade Imperial de Viena, as suas conclusões sobre milhares de pacientes tratados com êxito, mas deparou-se com um auditório intransigente de tal modo que ele acabou por abandonar a cidade de Viena com medo que acabasse num manicómio.

Deixando como testemunho muitas investigações e um livro publicado em 1910, que acabou por ser reconhecido e aceite por muitos médicos estrangeiros, hoje em dia, todos estes conhecimentos estão cientificamente provados.

Própolis – são propriedades antioxidantes que protegem o corpo dos radicais livres. A própolis é obtida pelas abelhas a partir de resinas retiradas principalmente de secreções de árvores, quando destas se quebra algum galho. Dessa forma a árvore se proteje com um produto natural com poder antibactericida e a abelha volta a processar essa seiva originando a própolis. Esta é utilizada pelas abelhas para dois usos principais: vedar a colmeia de maneira a não entrar água, vento ou outro animal e serve também para mumificar outros insectos que penetrem na colmeia.

A própolis é bastante útil ao ser humano que a usa como auxiliar medicamentoso uma vez que possui poder antibactericida. 

A Geleia Real Como Complemento na Luta Contra a EA 

A Geleia Real é a secreção produzida pelas glândulas hipo-faríngeas das jovens abelhas operárias, durante um breve período de suas vidas. Este alimento é usado pelas abelhas para alimentar as suas larvas por, aproximadamente, três dias. É o alimento dado à rainha, durante toda a sua vida, sendo dado, ainda, aos zangões no período inicial de suas vidas. 

Durante a vida inteira a Rainha das Abelhas recebe este alimento da boca das abelhas operárias. É graças a este alimento que a rainha consegue viver cerca de cinco anos. Uma vida longa, comparada às abelhas operárias, que sobrevivem em média quarenta e cinco dias apenas se alimentando de mel e pólen.

Mesmo que a ciência alcance um grande desenvolvimento, a Geleia Real jamais poderá ser produzida por meios artificiais.

BENEFÍCIOS

A Geleia Real produz, com eficácia, a regeneração das células. Actua na glândula pituitária e o ácido 10-hidroxidecênico e a homeoparotina que contém, estimulam o centro vital produzindo efeitos terapêuticos e rejuvenescedores.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE A GELEIA REAL E O MEL?

O mel é um alimento consistente e de cor amarelada, semitransparente, doce e com aroma floral. É um alimento produzido pelas abelhas operária sque após ingerir o néctar das flores, conseguem produzir o mel através da fermentação no seu estômago.

A Geleia Real é feita a partir do pólen digerido pelas abelhas. Esse pólen é digerido no estômago e intestinos. Após a acção de vários enzimas, é produzido uma pequena quantidade da Geleia Real.

Só para se ter uma ideia, dentro de cada colmeia encontram-se menos de uma grama de Geleia Real.

A Geleia Real 100% pura tem a aparência igual a leite condensado, de cor leitosa e seu e seu paladar não é nada doce, diferente do mel.

A larva escolhida para ser a nova Rainha é alimentada somente com Geleia Real e por esse motivo torna-se duas vezes maior que as abelhas operárias, três vezes mais pesada, vive de três a cinco anos – em comparação, as abelhas operarias vivem somente seis ou sete semanas – e ainda é a única capaz de fecundar diariamente dois mil ovos, o que equivale a duas vezes o seu peso.

COMPOSIÇÃO DA GELEIA REAL

Por se tratar de um dos alimentos mais ricos que existem na Natureza, possui uma composição com mais de 100 tipos diferentes de substância, entre vitaminas, sais minerais e aminoácidos. Dentre todas substâncias que contém a Geleia Real, existem dois em especial que merecem maior atenção; o ácido 10 – hidroxidecenico e a homeoparotina.

O ácido 10 – hidroxidecenico é um tipo de ácido gordo e ocupa a maior parte dos ácidos existentes na Geleia Real. Esta substância foi foco de atenção devido ao relatório apresentado como substância anti-cancerígena.
A homeoparotina é assim designada, pelo facto de parecer-se com a hormona da glândula salivar, a Parotina, e esta sendo considerada como substância rejuvenescedora.

EFEITOS PRÁTICOS DA GELEIA REAL

A Geleia Real já foi amplamente usada na conservação da saúde dos idosos, terapia da asma infantil, doenças da pele, anormalidades dos órgãos internos, nevralgia, pressão arterial irregular, falta de apetite, problemas da menopausa, entre outros. Os efeitos e resultados conseguidos são bastante esclarecedores: acima dos 70%.

FORTALECIMENTO DO MESENCÉFALO E O REJUVENECIMENTO

O Mesencéfalo é uma parte do cérebro onde se localiza o Sistema Nervoso Autónomo, o Sistema Sensorial e o Sistema de Coordenação Hormonal.
Pesquisas comprovam que o processo de envelhecimento não tem o seu início nos órgãos internos, mas sim a partir do envelhecimento do Mesencéfalo.
Os sintomas que indicam o mau funcionamento do Sistema Nervoso Autónomo são: arrepios de frio, vertigens, palpitações, contracção muscular, reumatismo, dores musculares, náuseas, perda de apetite, prisão de ventre, disenteria, fadiga crónica e cólicas.

PRINCIPAIS COMPONENTES DA GELEIA REAL

• Gamma aminoácido homeoparotina: Estimula o centro vital e impede o envelhecimento dos diversos centros
• Acido 10-hidroxidecenico: Actividade antibiótica
• Aceticolina parodiano: Estimula a formação da musculatura dos órgãos internos e impede o seu envelhecimento
• Produtos R e outros: Estimula a divisão celular e seu metabolismo
• Aminoácidos essenciais: Formação de proteínas
• Zinco: Produto essencial do sémen
• Vitaminas: Contribui na multiplicação e metabolismo
• Sais Minerais: Catalisador na formação dos tecidos de hemoglobina

OUTROS EFEITOS

• Promove descanso durante o sono
• Regenera a pele e elimina a queda de cabelo
• Fortalece a memória, activando o cérebro
• Aumenta o vigor sexual
• Elimina o cansaço, aumenta a resistência corporal
• Emagrece sem regime
• Cura a prisão de ventre
• Elimina dores nos ombros, nas pernas e nas costas
• Aumenta a circulação do sangue, eliminando o frio nas mãos nos pés

USO PREVENTIVO

Adultos
A principio tomar 1 grama 3 vezes ao dia. Uma vez antes do café da manhã, uma antes do almoço e outra antes do jantar ou antes de dormir para melhor absorção colocar a geleia real em baixo da língua, e ingerir 30 minutos antes das refeições.
Crianças
Crianças até 12 anos: 1/4 da quantidade indicada para um adulto.
Nos casos de doenças graves, as dosagens podem ser aumentadas 2, 3, ou mais vezes.

COMPOSIÇÃO DA GELEIA REAL

• Vitamina B1 0.46 mg/100g
• Vitamina B2 0.80 mg/100g
• Vitamina B6 0.40 mg/100g
• Índice de Refracção 1.3940
• Glícidos reprodutores em glicose 11.50g/100g
• Glícidos não reprodutores e sacarose 2.50g/100g
• Aminograma (% total de aminoácidos)
• Cistina
• Lisina, taurina, histidina, arginini, asparagina
• Glicina, ácido aspartico serina
• Ácido glutâmico, treonica
• Alanina, prolina
• Tirosina, tripofano
• Fenilalanina, mettionina, valina
• Leucina, isoleucina
• Oligoelementos minerais
• Ácido Fólico
• Inositol
• Biofina

EFEITOS CLÍNICOS COMPROVADOS

• Foram constatados resultados clínicos bastante satisfatórios em 218 casos, tais como: sistema nervoso, aparelho digestivo, aparelho respiratório, fígado, problemas de menopausa, doenças de pele, hemorróidas, pós-operatório, velhice, astenia sexual, impotência, insónia, diabetes etc. (Dr. Hiroshi Wataru – Japão).
• Extraordinários resultados foram obtidos em vários casos clínicos, tais como: gastroptose, ulcera, pós-operatório de doenças oncológicas, desgaste físico, crescimento insuficiente nas crianças, etc. (Dr. Takeuchi – Japão).
• Conforme resultados das experiências, a Geleia Real proporciona óptimas influências nos processos químicos internos do corpo humano, auxiliando o seu desenvolvimento. Possui poder de combater micróbios, concede maior saúde ao corpo e aumenta a longevidade do homem.
• Quando a Geleia Real foi utilizada no tratamento de queimaduras, foi constatado uma maior rapidez na formação de novas células de pele no local afectado do que nos outros tipos de tratamentos. (Dr. Ginbell da Faculdade de Medicina de Wien).
• Nos casos de doenças de pele, queimaduras de sol e eczemas, constatou-se rápido restabelecimento da pele com aplicação da Geleia Real. (Dr. Piscaefe – Checoslováquia).
• A Geleia Real possui o poder de combater doenças oncológicas. (Dr. Tausento – Canada).
• Resultados bastante significativos nos problemas de menopausa e nos processos de envelhecimento (Dr. Prof. Kushima – Japão).


Fonte - http://espondiliteanquilosante.wordpress.com/apicultura/