sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O consumo benéfico dos medronhos
Estudo da Universidade de Aveiro


Investigadores da Universidade de Aveiro (UA) desvendam os benefícios para a saúde do consumo do medronho através da sua caracterização química detalhada.
 
O estudo realizado pelo Departamento de Química revelou que este fruto tem a capacidade de evitar a formação de radicais livres responsáveis por doenças como o cancro, de controlar os níveis de colesterol e de melhorar a saúde da pele e dos ossos.
 
De acordo com a notícia avançada pela agência Lusa, a caracterização química detalhada do medronho realizada na UA “destaca a presença de ácidos gordos insaturados, nomeadamente ómega 3 e 6, fitoesteróis e triterpenóides”, compostos com importante atividade biológica.
 
“Os ómegas 3 e 6 são ácidos gordos essenciais que têm de ser obtidos a partir da dieta, uma vez que o nosso organismo não os sintetiza”, explicou uma das autoras do estudo, Sílvia Rocha.
 
Estes compostos “têm demonstrado um papel importante no controlo dos níveis de colesterol, na saúde da pele e dos ossos, e existe uma relação inversa entre o consumo de ómega 3 e a perda de funções cognitivas”.
 
A investigadora referiu ainda que “os esteróis têm um importante papel na saúde, uma vez que contribuem para regular o nível de colesterol; e os triterpenóides, para além de ajudarem igualmente a controlar o colesterol, têm uma ação anti-inflamatória, antimicrobiana e antifúngica”.
 
O estudo apurou ainda que os medronhos da Serra da Beira apresentam uma atividade antioxidante superior à de frutos de outras proveniências, tanto de Portugal como de outros países europeus.
 
“A atividade antioxidante reflete a capacidade de evitar a formação de radicais livres, substâncias que, quando produzidas em excesso são responsáveis pelo stress oxidativo, conhecido por provocar danos no organismo humano, os quais estão associados ao envelhecimento e aumento da suscetibilidade a diversas doenças, nomeadamente as doenças civilizacionais emergentes”, disse Sílvia Rocha.
 
Estas são razões suficientes para que a equipa de investigadores da UA, em colaboração com a Cooperativa Portuguesa de Medronho, queira ver o medronho nacional, aproveitado quase exclusivamente para a produção de aguardentes e licores, também fora das garrafas e consumido fresco ou incluído noutros alimentos.
 
Fonte - http://www2.alert-online.com/pt/news/health-portal/o-consumo-benefico-dos-medronhos

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