sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Desenvolvido tratamento prometedor para as lesões da espinal medula
Estudo publicado na revista “Nature”


Investigadores americanos desenvolveram um composto químico que parece ser bastante prometedor na restauração da função da espinal medula danificada, dá conta um estudo publicado na revista, “Nature”.
 
O composto, ao qual os investigadores da Case Western Reserve, nos EUA, chamaram peptídeo sigma intracelular (ISP, sigla em inglês), permitiu a ativação dos músculos paralisados, incluindo os envolvidos na micção e movimentação, de mais de 80% dos animais testados.
 
Imediatamente após uma lesão do sistema nervoso central, as moléculas conhecidas como proteoglicanos acumulam-se no tecido da cicatriz, no local da lesão e na rede perineuronal (PNN). No tecido saudável, os proteoglicanos são componentes-chave na matriz entre as células e desempenham um papel importante na manutenção da estrutura do sistema nervoso.
 
No entanto, após a lesão, os proteoglicanos  abundam em excesso no tecido cicatricial e nas redes impenetráveis em torno das sinapses no cérebro e na medula espinal. Isto resulta na formação de uma enorme barreira que impede a regeneração e o estabelecimento de novas ligações nervosas.
 
Os investigadores desenharam o peptídeo ISP para desativar o recetor do proteoglicano nos neurónios. Foi também adicionado um transportador para enviar o peptídeo através do sistema nervoso central e das membranas celulares. Assim, o ISP é capaz de penetrar nas membranas, incluindo no local danificado coberto de tecido cicatricial. Uma vez que o ISP é capaz de penetrar no tecido, este pode ser administrado sistemicamente em vez de diretamente na espinal medula.
 
Para este estudo, os investigadores administraram injeções diárias, durante sete semanas, a 26 ratinhos com lesões severas na medula espinal. Durante este período, os animais foram avaliados quanto à sua capacidade de andar, de se equilibrar e controlar a urina. O estudo apurou que 21 dos 26 animais recuperaram uma ou mais das funções logo após o início do tratamento. Alguns animais conseguiram mesmo recuperar as três funções e outros uma ou duas.
 
“Esta é uma descoberta sem precedentes. Para qualquer paciente com lesão da medula espinal seria considerado extraordinário a recuperação de pelo menos uma destas funções, especialmente a função urinária”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Jerry Silver.
 
O investigador acrescentou que o ISP tem o potencial de tratar doenças onde o organismo produz cicatrizes destrutivas, tais como no enfarte agudo do miocárdio, lesão do nervo periférico e esclerose múltipla.
 
Fonte - http://www2.alert-online.com/pt/news/health-portal/desenvolvido-tratamento-prometedor-para-as-lesoes-da-espinal-medula.

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