Desenvolvido músculo capaz de se regenerar
Estudo publicado nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”
Investigadores americanos desenvolveram músculo esquelético que se
assemelha muito a um músculo real, uma vez que se contrai com força,
rapidez e integra-se rapidamente no organismo. O estudo publicado nos
“Proceedings of the National Academy of Sciences” revela ainda que este
músculo tem a capacidade de se regenerar, tanto em meio laboratorial
como no interior do animal.
“O músculo desenvolvido representa um grande avanço, uma vez que é a
primeira vez que se desenvolve um músculo com a força de um músculo
esquelético nativo”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores
do estudo, Nenad Bursac.
Após vários anos, os investigadores da Universidade de Duke, nos EUA,
descobriram que para desenvolver músculos semelhantes aos nativos era
necessário desenvolver fibras musculares contráteis e uma população de
células estaminais conhecidas como células satélite.
Todos os músculos têm células satélite de reserva, prontas para ficarem
ativadas após uma lesão e iniciarem o processo de regeneração. A chave
do sucesso deste estudo passou pela criação de microambientes,
denominados por nichos, onde estas células estavam prontas para ser
ativadas.
“O músculo que desenvolvemos contem nichos para as células satélite se
desenvolverem e, quando necessário, restaurarem a musculatura, bem como a
sua função”, explicou o investigador.
Após terem estimulado os músculos com impulsos elétricos e medirem a
sua força contrátil, os investigadores constataram que este era 10 vezes
mais forte que qualquer músculo desenvolvido até à data. Através da
indução de danos, os autores do estudo provaram também que as células
satélites eram ativadas, multiplicavam-se e curavam com êxito as fibras
celulares danificadas.
Posteriormente, os investigadores inseriram nos músculos criados
laboratorialmente uma pequena câmara e colocaram-nos em ratinhos. Ao
longo de duas semanas foi observado o progresso dos músculos
implantados.
Após terem modificado geneticamente as fibras musculares com uma
molécula fluorescente, os investigadores foram capazes de observar e
medir em tempo real como os vasos sanguíneos cresciam nas fibras
musculares implantadas.
“Será capaz de vascularizar, inervar e reparar a função muscular
danificada. É nisso que vamos trabalhar nos próximos anos”, conclui
Nenad Bursac.
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www2.alert-online.com/pt/news/health-portal/desenvolvido-musculo-capaz-de-se-regenerar?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20140407)
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