quinta-feira, 22 de junho de 2017

Hipertensão, obesidade e diabetes com elevada prevalência em Portugal
Primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico

Um estudo relativo a 2015 revelou uma elevada prevalência de algumas doenças crónicas como a hipertensão arterial (38%), a obesidade (28,7%) e a diabetes (9,8%), noticiou a agência Lusa.
 
O estudo, que é o primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), constatou também que 67,6% da população tinha excesso de peso ou obesidade e 52,3% tinha alteração dos lípidos do sangue (colesterol alto), valor que aumentava para 63,3% ao incluir nesta estimativa a população que referiu tomar medicamentos para controlar esta condição.
 
O INSEF é um estudo epidemiológico observacional, transversal de base populacional, programado e realizado para ser representativo ao nível regional e nacional, com o objetivo de contribuir para melhorar a saúde pública e reduzir as desigualdades em saúde.
 
A população alvo consistiu nos indivíduos entre os 25 e os 74 anos de idade, residentes em Portugal continental ou regiões autónomas há mais de 12 meses.
 
O estudo contou com 4.911 participantes (2.265 homens e 2.646 mulheres), para os quais os procedimentos do INSEF (exame físico, colheita de sangue e entrevista) foram concretizados na íntegra.
 
As diferenças observadas nas estimativas populacionais de vários dos indicadores justificam, segundo os responsáveis pelo inquérito, a atenção das intervenções de saúde quer sobre algumas áreas do estado de saúde que afetam um elevado número de portugueses: 52,3% no caso de colesterol total superior a 190 mg/dl, 38% no caso da hipertensão arterial ou 28,7% no caso da obesidade, quer noutras, como a diabetes ‘mellitus’, cuja estimativa é de 9,8%.
 
Entre os determinantes são realçadas as elevadas frequências de sedentarismo nos tempos livres (44,8%), o consumo arriscado de bebidas alcoólicas, reportado por 33,8% da população masculina, ou a exposição ambiental ao fumo do tabaco que afetava 12,8% da população.
 
Na área preventiva, de acordo com o INSEF, a elevada proporção da população feminina entre os 50 e os 69 anos que reportou ter realizado mamografia nos dois anos anteriores ao inquérito (94,8%), em particular quando referia ter médico de família atribuído, constitui um indicador positivo, pese embora a menor frequência na população desempregada (89,3%).
 
Já a consulta de saúde oral no ano anterior foi reportada por um pouco mais de metade da população (51,3%), verificando-se valores mais baixos entre os 65 e 74 anos (43,8%).
 
De igual forma, a pesquisa de sangue oculto nas fezes nos dois anos anteriores à entrevista (45,7%) e a não realização deste exame na vida (44,2%) revelaram valores muito baixos a nível nacional, conclui o inquérito.
 
Embora a obesidade fosse mais elevada entre as mulheres (32,1% ‘versus’ 24,9%), o excesso de peso e a obesidade abdominal eram mais prevalentes entre os homens.
 
A prevalência destas doenças aumentava com a idade verificando-se os valores mais elevados entre os 65 e os 74 anos (71,3% no caso da hipertensão; 41,3% no caso da obesidade; 88,1% no caso da obesidade abdominal; 23,8% no caso da diabetes).
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/hipertensao-obesidade-e-diabetes-com-elevada-prevalencia-em-portugal?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20170605)

Sem comentários:

Enviar um comentário