Declarações da Associação Portuguesa da Psoríase
A psoríase deveria ser reconhecida como doença crónica e os doentes deveriam adquirir um estatuto semelhante às outras doenças crónicas, de acordo com a Associação Portuguesa da Psoríase.
Em causa está a problemática das isenções das taxas moderadoras para os doentes crónicos, uma vez que o actual ministro da Saúde, Paulo Macedo, declarou recentemente que passa a haver isenção, não pelo doente em si, mas por tudo o que é relacionado com a doença, ou seja, tudo o que são consultas e sessões de hospital de dia, actos complementares no decurso e no âmbito da doença.
O presidente da Associação Portuguesa da Psoríase revelou à agência Lusa que nesse sentido, “iremos desenvolver várias iniciativas, nomeadamente a realização de sessões de esclarecimento, de modo a mostrar à população como a doença pode atingir qualquer pessoa, em qualquer idade, mas que não é contagiosa, nem prejudica a actividade profissional”.
A psoríase, que afecta mais de 250 mil portugueses, é uma doença auto-imune, crónica, que se manifesta no maior órgão, a pele. Esta doença não contagiosa pode surgir em qualquer idade. O seu aspecto, extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que atingem sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Desenvolve-se quando o sistema imunitário do corpo faz disparar o crescimento rápido das células cutâneas.
Cerca de 10 % dos doentes acabam por desenvolver artrite psoriática, que se traduz por dor e deformidade, por vezes bastante debilitante, das pequenas ou grandes articulações.
Sem comentários:
Enviar um comentário