Retinoblastoma é o tumor ocular mais comum em crianças
Dia Mundial de Luta contra o Cancro
O retinoblastoma é um tumor ocular maligno que tem origem nas células
imaturas da retina cujo diagnóstico e tratamento atempados são
essencial, lembra a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia no dia em que
se assinala o Dia Mundial de Luta contra o Cancro.
“Quando é tratado numa fase em que ainda está confinado ao globo
ocular, a taxa de sobrevivência é superior a 95%, mas cai de forma
abrupta quando o tumor invade estruturas à volta do olho (órbita) ou
desenvolve metástases à distância, podendo levar à morte”, explicou
Guilherme Castela, oftalmologista da SPO.
De acordo com o comunicado de imprensa enviado à ALERT, o diagnóstico
atempado deste tipo de tumor também é importante porque pode evitar a
necessidade de retirar o olho e permitir que as crianças não percam a
visão completamente.
Em 90% dos casos o tumor manifesta-se antes dos 5 anos, sendo a idade
média de diagnóstico os 12 meses nos casos bilaterais e 24 meses nos
unilaterais. Este tipo de tumor afeta mais frequentemente um olho -
unilateral - (75% dos casos), mas também pode ser bilateral e até
trilateral, se chegar à região cerebral da glândula pineal.
Os retinoblastomas podem ser hereditários sendo por isso importante o estudo genético das famílias, refere o médico.
A principal manifestação clínica deste tumor é a Leucocória (pupila
branca) que ocorre em 60% dos casos. O oftalmologista explica que “o
tumor cresce dentro do olho e apresenta um reflexo branco que se vê pela
pupila. Este reflexo também pode aparecer nas fotografias com flash,
deixando de aparecer o típico «olho vermelho». Nestes casos chama-se
fotoleucocória”.
A pesquisa do reflexo vermelho é a forma mais eficaz para diagnosticar
precocemente este tumor. Guilherme Castela aconselha que esta pesquisa
seja realizada por todos os pediatras e oftalmologistas. “Todas as
crianças devem ser rastreadas desde que nascem e pelo menos até aos 5
anos de idade”, diz Guilherme Castela.
Outra forma de apresentação menos frequente é o estrabismo convergente
(desvio do olho para dentro) que pode ocorrer em 20 por cento dos casos.
O tratamento do retinoblastoma pode ser sistémico (quimioterapia e
radioterapia), mas cada vez mais, com a evolução dos tratamentos, se
utilizam tratamentos locais no olho.
No nosso país registam-se cerca de 10 novos casos por ano de
retinoblastoma, cuja incidência ronda 1/18.000 crianças. Este tumor
representa 3% de todos os tumores em crianças até aos 15 anos de idade e
não apresenta predileção por género ou raça.
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A.(http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/retinoblastoma-e-o-tumor-ocular-mais-comum-em-criancas?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160208)
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