Horários irregulares de sono afetam saúde metabólica das mulheres
Estudo publicado na revista “Sleep”
As alterações frequentes no horário do sono podem afetar negativamente a
saúde metabólica das mulheres de meia-idade que não trabalham por
turnos, defende um estudo publicado na revista “Sleep”.
Para o estudo os investigadores da Universidade de Pitsburgo, nos EUA,
contaram com a participação de 370 mulheres com idades compreendidas
entre os 48 e os 58 anos que não trabalhavam por turnos. Com base em
relatórios diários da hora de dormir das participantes, os
investigadores calcularam, a hora média, variabilidade, atraso e
antecipação da hora de deitar. O índice de massa corporal (IMC) e a
resistência à insulina foram avaliados no início do estudo e, em média,
após cinco anos.
O estudo apurou que uma maior variabilidade e atraso na hora de deitar
estavam associados a uma maior resistência à insulina. Por outro lado,
uma maior antecipação na hora de deitar foi associado a um maior IMC. Os
investigadores, liderados por Martica Hall, verificaram que permanecer
acordado durante mais de duas horas que o habitual também estava
associado a um risco do aumento da insulina, cinco anos mais tarde.
As associações transversais e prospetivas entre estas medidas apenas
foram significativas quando os dias de semana bem como os fins-de-semana
foram incluídos na análise, o que sugere que grandes desvios na hora de
dormir entre os dias de trabalho e fim-semana afetaram a regulação da
glicose.
"Os resultados são importantes porque o risco da diabetes aumenta nas
mulheres de meia-idade. O nosso estudo sugere que os horários
irregulares de sono podem ser um fator importante. A boa notícia é que o
tempo de sono é um comportamento modificável”, revelou, em comunicado
de imprensa, a investigadora.
Os investigadores verificaram que a saúde metabólica era melhor nas
mulheres que tinham horários de sono mais regulares, tanto à semana como
ao fim-semana.
De acordo com os autores, os horários irregulares de sono expõem o
corpo a diferentes níveis de luz, que é o sinal de temporização mais
importante para o relógio circadiano do corpo. Ao interromper o ritmo
circadiano, a variabilidade das horas de deitar pode prejudicar o
metabolismo da glicose e equilíbrio energético.
Os investigadores sugerem que estudos futuros deverão analisar os
mecanismos potencialmente envolvidos nesta associação, incluindo a
melatonina, bem como outras hormonas relevantes para a saúde metabólica e
sensíveis a alterações do relógio circadiano, incluindo a leptina, a
grelina e o cortisol.
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A.(http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/horarios-irregulares-de-sono-afetam-saude-metabolica-das-mulheres?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160208)
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