Ferramenta acelera a adaptação de próteses para amputados
Iniciativa da startup Adapttech
Está a ser desenvolvida no Porto uma ferramenta que permite aos
técnicos adaptarem melhor e mais rapidamente as próteses às necessidades
dos amputados do membro inferior, oferecendo-lhes um maior conforto.
A ferramenta é constituída por um sistema de sensores – posicionado
entre o membro amputado e o encaixe da prótese – e um scanner, que
permite a criação de um modelo 3D onde são representados os resultados
obtidos.
Frederico Carpinteiro, um dos fundadores da Adapttech, a startup
envolvida no projeto, explicou à agência Lusa que esta tecnologia
permite ao técnico verificar a pressão, o movimento, o atrito e a
temperatura na zona de encaixe. Isto traduz-se num maior conforto para o
paciente e na adaptação máxima da prótese em apenas uma ou duas
sessões, ao contrário das sucessivas sessões que são atualmente
necessárias.
Atualmente, o processo usado para a adaptação das próteses prolonga-se
por várias sessões, "muitas vezes sem que se consiga atingir um bom
resultado", acrescentaram.
Essa situação deve-se, em grande parte, à falta de precisão por parte
do amputado em identificar o local onde tem dores (pode ocorrer devido a
uma troca na posição dos nervos após uma cirurgia) e à inexistência de
uma medida quantitativa ou de observação que o técnico possa utilizar.
"A solução que nós temos não é uma solução para o problema, é a melhor
solução para os nossos clientes", afirmou Mário Espinoza, outro dos
fundadores da startup.
Mário Espinoza e Frederico Carpinteiro começaram por participar no
iUP25k – Concurso de Ideias de Negócio da Universidade do Porto, em
2013, tendo chegado, no mesmo ano, à final do Concurso BES Realize o Seu
Sonho.
A primeira conquista deu-lhes acesso ao programa de aceleração de
empresas do Parque da Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto
(UPTEC), onde estiveram incubados cerca de dois anos.
Em fevereiro de 2015, entraram para o programa COHiTEC, da COTEC
Portugal, tendo sido selecionados, antes do fim da formação, para
participar no inRes 2015, do Programa CarnegieMellon Portugal,
oportunidade que lhes permitiu ter uma série de formações em Portugal e
nos Estados Unidos.
Há cerca de três semanas a startup teve acesso a um financiamento por
parte da sociedade de gestão de ativos Hovione Capital, o que vai
possibilitar à equipa desenvolver, ao longo de um ano, o protótipo beta,
praticamente idêntico ao produto que vai ser comercializado no mercado
europeu, em 2018.
Atualmente a startup está alojada, neste momento, no Founders, espaço que alberga empresas de diferentes áreas.
Fonte -http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/ferramenta-acelera-a-adaptacao-de-proteses-para-amputados?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160613
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