Mirtilos podem ajudar a combater a doença de Alzheimer
Estudo da Universidade de Cincinatti
Os mirtilos, um superalimento conhecido por diminuir o risco de doença
cardíaca e cancro, parece também ajudar a combater a doença de
Alzheimer, dá conta um estudo apresentado na Reunião Anual da Sociedade
Química Americana.
Os investigadores da Universidade de Cincinatti, nos EUA, defendem que
esta fruta tem grandes quantidades de antioxidantes saudáveis, que podem
ajudar a impedir os efeitos nefastos desta forma mais comum da doença.
“Os nossos resultados corroboram os estudos prévios realizados em
animais e estudos preliminares humanos, apoiando a noção de que os
mirtilos podem, de facto, melhorar a memória e a função cognitiva de
alguns idosos”, revelou, em comunicado de imprensa, o líder do estudo,
Robert Krikorian.
Na opinião do investigador, os efeitos benéficos dos mirtilos podem ser
devido aos flavonoides, denominados antocianinas, que já demonstraram
melhorar a função cognitiva em experiências realizadas em animais.
Atualmente a doença de Alzheimer atinge cerca de 5,3 milhões de
indivíduos nos EUA e em 2025 acredita-se que este número aumente para
sete milhões. Com o intuito de melhorar esta tendência, os
investigadores realizaram dois estudos em humanos.
Um dos estudos envolveu 47 indivíduos com mais de 68 anos e distúrbio
cognitivo ligeiro, uma condição que aumenta o risco de doença de
Alzheimer. Os participantes ingeriram, diariamente, pó de mirtilo
liofilizado, equivalente a uma chávena, ou um placebo durante 16
semanas.
O estudo apurou que houve uma melhoria no desempenho cognitivo e na
função cerebral dos indivíduos que ingeriram o pó de mirtilo,
comparativamente com aqueles que tomaram o placebo. “O grupo que ingeriu
mirtilos apresentou melhorias na memória e no acesso a palavras e
conceitos”, referiram os investigadores. As ressonâncias magnéticas
funcionais realizadas demonstraram também que os indivíduos que
ingeriram o pó de mirtilo apresentavam um aumento da atividade cerebral.
O segundo estudo envolveu 94 indivíduos com idades compreendidas entre
62 e 80 anos, que foram divididos em quatro grupos distintos. Os
participantes foram convidados a ingerir pó de mirtilo, óleo de peixe,
óleo de peixe e pó de mirtilo ou um placebo. Os indivíduos não
apresentavam problemas cognitivos, mas sentiam que a memória estava em
declínio.
Apesar de os resultados não terem sido tão robustos quanto os do
primeiro estudo, verificou-se que a função cognitiva melhorou
ligeiramente nos indivíduos que ingeriram pó de mirtilo ou óleo de peixe
separadamente. Contudo, a memória sofreu poucas melhorias.
Os investigadores concluíram que os dois estudos indicam que os
mirtilos parecem ser mais eficazes para os pacientes com distúrbios
cognitivos, mas não demonstraram ter benéficos mensuráveis para aqueles
com problemas de memória ligeiros ou para aqueles que ainda não
desenvolveram problemas cognitivos.
Os investigadores estão a planear realizar um estudo em indivíduos com
idades compreendidas entre 50 e os 65 anos, que inclua pessoas com risco
da doença de Alzheimer, de forma determinar se os mirtilos podem ajudar
a impedir o início dos sintomas da doença.
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/mirtilos-podem-ajudar-a-combater-a-doenca-de-alzheimer?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160321)
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