Tamanho fetal reduzido aumenta risco de asma
Estudo da Universidade de Aberdeen
Um tamanho fetal reduzido está associado a um risco de asma aumentado e
a uma menor função pulmonar nas crianças entre os cinco e os 15 anos de
idade, sugere um estudo apresentado no Congresso Internacional da
Sociedade Respiratória Europeia.
O estudo conduzido pelos investigadores da Universidade de Aberdeen, no
Reino Unido, sugere que os fatores pré-natais na gravidez contribuem
para o bem-estar respiratório durante toda a vida da criança.
Numa pesquisa anterior, os investigadores, liderados por Stephen
Turner, já tinham associado o tamanho reduzido do feto no primeiro e
segundo trimestres de gravidez a um risco aumentado de asma aos dez anos
de idade. Neste estudo, a mesma equipa de cientistas decidiu averiguar
se o tamanho fetal reduzido estava associado a uma função pulmonar
reduzida e a asma persistente entre os cinco e os 15 anos.
Para o estudo, os investigadores recrutaram um total de duas mil mães
entre 1997 e 1999. O tamanho fetal no primeiro e segundo trimestres de
gravidez foi avaliado através de ecografias de rotina. A asma e a função
pulmonar foram determinadas aos cinco, dez e 15 anos.
Os investigadores constataram que os fetos maiores apresentavam um
risco reduzido de asma e tinham uma melhor função pulmonar. O tamanho
fetal foi expresso sob a forma de pontuação z, um método estatístico
utilizado para diferenciar dos parâmetros normais. Cada aumento de uma
unidade na pontuação Z no tamanho fetal no primeiro trimestre foi
associado a um risco 22% menor de asma entre os cinco, 10 e 15 anos.
O aumento do tamanho do feto foi também associado a um aumento da
função pulmonar. A asma persistente foi associada a reduções do tamanho
do feto no primeiro e segundo trimestres de gravidez, bem como a uma
diminuição do volume máximo de ar que é possível exalar no primeiro
segundo numa expiração forçada aos cinco, dez e 15 anos,
comparativamente com os outros grupos.
Stephen Turner, um dos autores do estudo, refere que o tamanho fetal no
primeiro trimestre é relevante para os sintomas e fisiologia
respiratória até aos 15 anos de idade. “Estes resultados sugerem que os
fatores pré-natais contribuem para o bem-estar das vias respiratórias ao
longo da vida”, referiu, em comunicado de imprensa, o investigador.
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/tamanho-fetal-reduzido-aumenta-risco-de-asma?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20160912)
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