Hipertensão, obesidade e diabetes com elevada prevalência em Portugal
Primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico
Um estudo relativo a 2015 revelou uma elevada prevalência de algumas
doenças crónicas como a hipertensão arterial (38%), a obesidade (28,7%) e
a diabetes (9,8%), noticiou a agência Lusa.
O estudo, que é o primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico
(INSEF), constatou também que 67,6% da população tinha excesso de peso
ou obesidade e 52,3% tinha alteração dos lípidos do sangue (colesterol
alto), valor que aumentava para 63,3% ao incluir nesta estimativa a
população que referiu tomar medicamentos para controlar esta condição.
O INSEF é um estudo epidemiológico observacional, transversal de base
populacional, programado e realizado para ser representativo ao nível
regional e nacional, com o objetivo de contribuir para melhorar a saúde
pública e reduzir as desigualdades em saúde.
A população alvo consistiu nos indivíduos entre os 25 e os 74 anos de
idade, residentes em Portugal continental ou regiões autónomas há mais
de 12 meses.
O estudo contou com 4.911 participantes (2.265 homens e 2.646
mulheres), para os quais os procedimentos do INSEF (exame físico,
colheita de sangue e entrevista) foram concretizados na íntegra.
As diferenças observadas nas estimativas populacionais de vários dos
indicadores justificam, segundo os responsáveis pelo inquérito, a
atenção das intervenções de saúde quer sobre algumas áreas do estado de
saúde que afetam um elevado número de portugueses: 52,3% no caso de
colesterol total superior a 190 mg/dl, 38% no caso da hipertensão
arterial ou 28,7% no caso da obesidade, quer noutras, como a diabetes
‘mellitus’, cuja estimativa é de 9,8%.
Entre os determinantes são realçadas as elevadas frequências de
sedentarismo nos tempos livres (44,8%), o consumo arriscado de bebidas
alcoólicas, reportado por 33,8% da população masculina, ou a exposição
ambiental ao fumo do tabaco que afetava 12,8% da população.
Na área preventiva, de acordo com o INSEF, a elevada proporção da
população feminina entre os 50 e os 69 anos que reportou ter realizado
mamografia nos dois anos anteriores ao inquérito (94,8%), em particular
quando referia ter médico de família atribuído, constitui um indicador
positivo, pese embora a menor frequência na população desempregada
(89,3%).
Já a consulta de saúde oral no ano anterior foi reportada por um pouco
mais de metade da população (51,3%), verificando-se valores mais baixos
entre os 65 e 74 anos (43,8%).
De igual forma, a pesquisa de sangue oculto nas fezes nos dois anos
anteriores à entrevista (45,7%) e a não realização deste exame na vida
(44,2%) revelaram valores muito baixos a nível nacional, conclui o
inquérito.
Embora a obesidade fosse mais elevada entre as mulheres (32,1% ‘versus’
24,9%), o excesso de peso e a obesidade abdominal eram mais prevalentes
entre os homens.
A prevalência destas doenças aumentava com a idade verificando-se os
valores mais elevados entre os 65 e os 74 anos (71,3% no caso da
hipertensão; 41,3% no caso da obesidade; 88,1% no caso da obesidade
abdominal; 23,8% no caso da diabetes).
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/hipertensao-obesidade-e-diabetes-com-elevada-prevalencia-em-portugal?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20170605)
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