Minipulmões desenvolvidos laboratorialmente
Estudo publicado na revista “eLife”
Investigadores americanos transplantaram minipulmões desenvolvidos em
laboratório em ratinhos imunossuprimidos onde as estruturas foram
capazes de sobreviver, crescer e amadurecer, dá conta um estudo
publicado na revista “eLife”.
As doenças respiratórias são responsáveis por quase uma em cinco mortes
no mundo, e as taxas de sobrevivência ao cancro do pulmão permanecem
baixas apesar dos numerosos avanços terapêuticos alcançados durante os
últimos 30 anos. Desta forma, há necessidade de novos modelos
fisiologicamente relevantes.
Assim, os minipulmões desenvolvidos em laboratório podem ajudar na
investigação desta área, uma vez que fornecem um modelo humano para
testar fármacos, compreender a função genética, gerar tecidos humanos
transplantáveis e estudar doenças complexas, como a asma.
Os investigadores da Universidade de Michigan, nos EUA, utilizaram
várias vias de sinalização envolvidas no crescimento celular e formação
de órgãos para incentivar as células estaminais a diferenciaram-se em
minipulmões.
Os cientistas, liderados por Jason Spence, já tinham demonstrado que os
minipulmões desenvolvidos laboratorialmente apresentavam estruturas
semelhantes às vias aéreas que movimentam o ar para dentro e para fora
do corpo, os brônquios, e aos pequenos sacos pulmonares que são
importantes para a troca gasosa durante a respiração, os alvéolos.
Contudo, para superar a estrutura imatura e desorganizada, os
investigadores tentaram transplantar os minipulmões em ratinhos, uma
abordagem que tem sido amplamente adotada na área das células
estaminais. No entanto, muitas das estratégias iniciais utilizadas para
transplantar os minipulmões não foram bem-sucedidas.
O estudo apurou que, em apenas oito semanas, o tecido transplantado
tinha estruturas impressionantes em forma de tubo, similares às vias
aéreas pulmonares dos adultos.
Os investigadores caracterizaram os minipulmões transplantados como um
tecido bem desenvolvido que continha uma camada epitelial altamente
organizada a revestir o órgão. Contudo, verificou-se que não houve
crescimento de células alveolares nos transplantes.
Ainda assim, observou-se a presença de vários tipos de células
pulmonares especializadas, como as células produtoras de muco, as
células multiciliadas e células estaminais encontradas no pulmão adulto.
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/minipulmoes-desenvolvidos-laboratorialmente?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20161121)
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