terça-feira, 16 de outubro de 2012

"ReumaCensus"
Estudo da Sociedade Portuguesa de Reumatologia
15 Outubro 2012

O estudo epidemiológico transversal "ReumaCensus" apurou que 70% dos mais de 4.000 portugueses inquiridos apresentam sintomas de doenças reumáticas.
 
O estudo realizado pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) teve como objetivo a avaliação das doenças reumáticas no país e identificar qual a sua prevalência entre a população portuguesa.
 
A notícia avançada pela agência Lusa refere que após um ano a "correr o País de norte a sul", a Sociedade Portuguesa de Reumatologia estimou que dos 4.211 entrevistados, 2.910 apresentam sintomatologia reumática, tendo, até à data, 1.381 pessoas sido reencaminhadas para a consulta com o médico reumatologista".
 
A média de idades dos inquiridos "situou-se por volta dos 51 anos de idade", sendo, na sua maioria, mulheres (62 por cento), precisa a SPR, em comunicado.
 
O estudo teve início em setembro de 2011 e foi constituído por duas fases: a aplicação de um questionário e um exame para confirmação do diagnóstico, ao qual foram sujeitas as pessoas com "screening" positivo no primeiro questionário, e vinte por cento dos inquiridos com screening negativo.
 
Quanto às doenças reumáticas, são consideradas doenças crónicas as que afetam o sistema musculosquelético, ou seja músculos, ossos e cartilagens.
 
As causas podem ter diversas origens, entre as quais degenerativas – em que o aparelho locomotor vai perdendo as suas características originais, como nos casos de artrose e osteoporose -, imunológica e inflamatória, como é o caso da artrite reumatóide, espondilite anquilosante, lúpus eritematoso sistémico e a esclerodermia infeciosa, como as artrites reativas, ou metabólicas, como a gota.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/reumacensus)
Artrite reumatóide aumenta risco de formação de coágulos
Estudo publicado no “Journal of the American Medical Association”
08 Outubro 2012

Os indivíduos com artrite reumatóide têm um maior risco de tromboembolismo venoso (formação de coágulos nas veias), refere um estudo publicado, no “Journal of the American Medical Association”.
 
Apesar de a admissão em hospitais ser também um fator de risco para o tromboembolismo venoso nos pacientes com artrite reumatóide, os investigadores do Karolinska Institute, na Suécia, verificaram que este não era maior do que para a população geral. Acredita-se que a hospitalização aumenta os riscos de formação de coágulos neste tipo de pacientes porque a inflamação crónica pode facilitar a formação de coágulos. Contudo, esta presunção pode conduzir a conclusões erradas sobre os mecanismos biológicos responsáveis pelo tromboembolismo venoso nos pacientes com artrite reumatóide e desencadear tratamentos inapropriados.
 
Neste estudo os investigadores utilizaram dois grupos de indivíduos. Um grupo incluiu 37.856 pacientes com artrite reumatóide e 169.921 indivíduos saudáveis. O outro grupo era constituído por 7.904 pacientes e 37.350 indivíduos que ingressaram o grupo de controlo.
 
Os investigadores constataram que os pacientes com artrite reumatóide apresentavam um maior risco de tromboembolismo venoso em comparação com a população em geral, 5,9% e 2,7% por 1000 pessoas ano, respetivamente. O início do aparecimento dos sintomas da artrite reumatóide não estava estaticamente associado com história de tromboembolismo venoso.
 
O estudo apurou também que, no primeiro ano após o diagnóstico, os pacientes com artrite reumatóide tinham, em comparação com os indivíduos saudáveis, um risco aumentado de tromboembolismo venoso, 3.8% e 2.4% por 1000 pessoas ano, respetivamente. Contudo, este risco permaneceu inalterado ao longo da primeira década após o diagnóstico
 
Assim, os investigadores concluem que “em comparação com a população em geral, os pacientes suecos com artrite reumatóide tinham um elevado risco de tromboembolismo venoso, mantendo-se este estável 10 anos após o diagnóstico”.
 
A artrite reumatóide é uma doença crónica, progressiva e incapacitante que provoca inflamação, dor e inchaço das articulações. A inflamação persistente pode danificar articulações afetadas. O grau de deficiência varia em função da gravidade, mas, eventualmente, afeta a capacidade da pessoa para realizar as tarefas diárias.
 
As mulheres são três vezes mais propensas a desenvolver a doença do que os homens, afetando mais frequentemente indivíduos entre os 40 e 60 anos.
 
Atualmente ainda não existe cura para esta doença autoimune, mas quanto mais cedo for diagnosticada maior é o efeito do tratamento no seu curso e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/artrite-reumatoide-aumenta-risco-de-formacao-de-coagulos?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121015)
Tomate diminui risco de acidente vascular cerebral
Estudo publicado na revista “Neurology”
11 Outubro 2012

O consumo de tomate diminui o risco de acidente vascular cerebral (AVC), revela um estudo publicado na revista “Neurology”.
 
Estudos anteriores já tinham constatado que o tomate apresentava vários benefícios para a saúde. Em 2011, os investigadores do the National Center for Food Safety & Technology, revelaram que um maior consumo de tomate poderia proteger contra o desenvolvimento de cancro, osteoporose e doenças cardiovasculares.
 
Neste estudo, os investigadores da University of Eastern, na Finlândia, contaram com a participação de 1.031 homens finlandeses que tinham entre 46 e 65 anos. A concentração sanguínea de um antioxidante presente no tomate, o licopeno, foi medida no início do estudo e periodicamente ao longo de uma média de 12 anos.
 
Os investigadores constaram que ao longo do período de acompanhamento 67 homens sofreram um AVC. Foi verificado que entre os 258 participantes que tinham as concentrações mais baixas de licopeno, 25 tiveram um AVC. Por outro lado, apenas 11 dos 259 que tinham concentrações mais elevadas deste oxidante sofreram um AVC.
 
Os autores do estudo concluíram que os indivíduos que apresentavam concentrações mais elevadas de licopeno tinham um risco 55% menor de desenvolverem um AVC quando comparados com aqueles que tinham concentrações mais baixas deste antioxidante. Esta associação foi ainda mais evidente quando os investigadores se focaram nos acidentes vasculares cerebrais isquémicos. Foi constatado que, em comparação com os homens que tinham concentrações mais baixas de licopeno, os que tinham concentrações mais elevadas apresentavam um risco 59% menor de AVC isquémico.
 
“Este estudo evidencia a associação entre o consumo de frutas e vegetais e um menor risco de AVC. Estes resultados apoiam as recomendações dadas no sentido de se consumir mais do que cinco porções diárias de frutas e vegetais, o que conduziria a uma diminuição considerável do número de acidentes vasculares cerebrais em todo o mundo”, conclui, um dos autores do estudo, Jouni Karppi.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/tomate-diminui-risco-de-acidente-vascular-cerebral?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121015)
Cafeína: como reduz o risco de Alzheimer?
Estudo publicado no “Journal of Neuroscience”
12 Outubro 2012
 
O consumo de cafeína tem sido associado a um menor risco de doença de Alzheimer, agora um novo estudo publicado no “Journal of Neuroscience” explica como este processo ocorre.
 
Os investigadores University of Illinois, nos EUA, analisaram o efeito da cafeína na formação de memória de dois grupos de ratinhos: um ao qual foi dado este estimulante e outro não. Todos os animais foram posteriormente expostos à hipoxia, simulando o que ocorre no cérebro durante a interrupção da respiração ou fluxo sanguíneo.
 
O estudo apurou que em comparação com os ratinhos que não foram tratados com cafeína, os que foram tratados recuperaram a capacidade de formação de novas memórias 33% mais rápido que os ratinhos controlo. Na verdade, a cafeína teve o mesmo efeito anti-inflamatório do que o bloqueio da sinalização de uma proteína que está envolvida na comunicação dos linfócitos e que medeia a inflamação, a IL-1. Esta proteína tem também sido associada com o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.
 
Os investigadores constataram que os episódios de hipoxia despoletavam a libertação de adenosina. “As nossas células são como pequenas centrais de energia, sendo alimentadas por combustível chamado ATP que é constituído por moléculas de adenosina. Quando há danos nas células, a adenosina é libertada", explicou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Gregory Freund.
 
Tal como a fuga de gasolina de um tanque é perigoso para tudo o que está em redor, a libertação da adenosina também representa um perigo para o ambiente celular. Assim a adenosina ativa uma enzima, a caspase-1, que por sua vez, despoleta a produção da IL-1 que medeia a inflamação.
 
Contudo, os investigadores verificaram que a cafeína bloqueia a atividade da adenosina, inibindo a caspase-1 e consequentemente a inflamação resultante. Deste modo os danos cerebrais ficam limitados e protegidos.
 
Na nossa opinião estes resultados poderão conduzir a formas de reverter os distúrbios cognitivos que se encontram em fase inicial. Já existem fármacos que têm por alvo determinados recetores da adenosina. O que queremos agora determinar é quais os recetores mais importantes”, conclui o investigador.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/cafeina-como-reduz-o-risco-de-alzheimer?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121015)
Afinal vitamina D não previne constipações
Estudo publicado pela “Journal of the American Medical Association”
08 Outubro 2012
 
Um estudo recente sobre a suplementação com vitamina D demonstrou que afinal esta não parece previnir a constipação comum em adultos que apresentam níveis normais de vitamina D.
 
Conduzido pela University of Otago em Christchurch, Nova Zelândia, com base numa amostra de mais de 300 adultos saudáveis, que foram acompanhados durante 18 meses, o estudo revelou que a suplementação com vitamina D não previne nem reduz a severidade das constipações. A vitamina D mantém um bom funcionamento do sistema imunitário e outros estudos tinham sugerido que a presença de maiores níveis de vitamina D no organismo trazia menos constipações.
 
O grupo de 300 pessoas foi dividido em dois, sendo que a um grupo foi oferecida vitamina D por via oral e ao outro, um placebo, também em forma de comprimido. O primeiro grupo consumiu cerca de 6.600 UI durante os primeiros dois meses e cerca de 3.300 UI no decorrer do resto do estudo.
 
Os resultados não revelaram diferenças significativas, em termos estatísticos, entre ambos os grupos relativamente ao número de ocorrências de constipações. O grupo que consumiu vitamina D registou uma média de 3,7 constipações e o grupo que tomou placebo, uma média de 3,8 constipações durante o período do estudo.
 
Não houve igualmente diferenças entre os grupos relativamente ao número de dias de falta ao trabalho devido a constipações. Os participantes de ambos os grupos faltaram em média três quartos de dia ao trabalho em virtude das constipações: Estas tiveram uma duração média de 12 dias por pessoa em ambos os grupos.
 
O autor principal do estudo, Dr David Murdoch, docente e diretor do departamento de patologia da University of Otago, afirmou que “até à data, não há nenhum suplemento que tenha demonstrado prevenir constipações”. “Precisamos de evidência a partir de estudos rigorosos – como o nosso – antes de podermos falar dos potenciais benefícios de um suplemento nutricional na prevenção das constipações”.
 
O Dr. Jeffrey Linder, docente de medicina na Brigham and Women’s Hospital and Harvard Medical School em Boston, EUA, sente-se “pessimista relativamente a podermos curar ou evitar a constipação comum”.
 
O melhor a fazer, diz o docente, é o que provavelmente já todos sabemos. Devemos manter-nos afastados de pessoas que estão a espirrar frequentemente, se espirrarmos devemos fazê-lo para uma manga ou um lenço para evitar que os germes se espalhem. É igualmente aconselhável lavar as mãos frequentemente. E podemos melhorar o nosso estado de saúde com uma dieta saudável e equilibrada, praticar exercício físico com regularidade, não fumar e descansar bastante, aconselha ainda o Dr. Linder. No entanto, acrescenta, mesmo adotando as precauções necessárias, a maioria das pessoas contrai três a quatro constipações por ano, que duram cerca de 12 dias cada.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/afinal-vitamina-d-nao-previne-constipacoes?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121015)
Maçã: mais uma razão para a degustar
Estudo publicado no “Journal of Functional Foods”
08 Outubro 2012
 
A ingestão de uma maçã por dia reduz em 40% os níveis sanguíneos de uma substância associada com o espessamento das artérias, refere no “Journal of Functional Foods”.
 
Neste estudo os investigadores da Ohio State University, nos EUA, contaram com a participação de 51 indivíduos que tinham entre 40 e 60 anos de idade, que ingeriam maçãs menos de duas vezes por mês e que também não consumiam concentrados de plantas ou suplementos de polifenóis.
 
Para o estudo, 16 participantes ingeriram uma maçã por dia durante quatro semanas, 17 tomaram, diariamente, um comprimido que continha 194mg de polifenóis, e 18 ingerirem um placebo durante o mesmo período de tempo.
 
Os investigadores verificaram que o consumo diário de uma maçã diminui os níveis do colesterol LDL (“mau” colesterol) oxidado. Quando o colesterol LDL interage com os radicais livres fica oxidado e apresenta uma maior probabilidade de promover a inflamação e causar danos nos tecidos.
 
“Quando o LDL fica oxidado a aterosclerose é iniciada. Obtivemos ótimos resultados apenas com a ingestão de uma maçã por ida durante quatro semanas”, referiu, em comunicado de imprensa, o líder do estudo, Robert DiSilvestro.
 
Os investigadores verificaram que a ingestão diária de uma maçã teve mais efeito na redução do LDL oxidado, do que outros oxidantes avaliados, nomeadamente a curcumina, chá verde e extrato de tomate. Por outro lado, foi constatado que a toma de comprimidos contendo polifenóis, um tipo de antioxidante encontrado nas maçãs, tinha um efeito semelhante mas não tão pronunciado na redução do LDL oxidado.
 
Na opinião dos aurores do estudo podem haver outras substâncias na maçã que contribuem para este efeito ou, em alguns casos, estes compostos bioativos podem ser melhor absorvidos quando ingeridos através de alimentos.
 
O estudo apurou ainda que a maçã produzia alguns efeitos antioxidantes na saliva, os quais têm implicações na saúde oral. Estes resultados podem agora fazer parte da lista, já de considerável dimensão, dos benefícios associados ao consumo de maçã, reforçando mais uma vez a ideia que que o consumo deste fruto pode manter os médicos afastados.
 
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/maca-mais-uma-razao-para-a-degustar?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20121015)