terça-feira, 30 de agosto de 2011

Comer ameixas secas ajuda a evitar fracturas e osteoporose


A saúde óssea de mulheres na pós-menopausa – bem como nas pessoas de todas as idades – pode ser melhorada com o consumo de ameixas secas, que, segundo um grupo de investigadores da Universidade do Estado da Florida e da Universidade do Estado de Oklahoma, EUA, representa uma solução simples e pró-activa para ajudar a evitar fracturas e osteoporose. O estudo foi publicado no “British Journal of Nutrition”.

"Durante minha carreira testei numerosos frutos, incluindo figos, tâmaras, morangos e passas de uvas, e nenhum deles chega perto de ter o efeito sobre a densidade óssea que as ameixas secas têm", disse, em comunicado, o autor da investigação, Bahram H. Arjmandi, da Universidade do Estado da Florida. "Todas as frutas e os vegetais têm um efeito positivo na nutrição, mas em termos de saúde óssea, este alimento especial é excepcional."

Para o estudo, os investigadores testaram dois grupos de mulheres na pós-menopausa. Ao longo de um período de 12 meses, o primeiro grupo, composto por 55 mulheres, foi instruído a consumir 100 gramas de ameixas secas (cerca de 10 ameixas secas) por dia, enquanto o segundo - um grupo de controlo comparativo de 45 mulheres - foi orientado a consumir 100 gramas de maçãs secas. Todas as participantes do estudo também receberam doses diárias de cálcio (500 mg) e vitamina D (400 unidades internacionais).

O grupo que consumiu as ameixas secas apresentou uma densidade mineral óssea significativamente maior no cúbito (um dos dois ossos longos do antebraço) e na coluna, em comparação com o grupo que comeu maçãs secas. Segundo Arjmandi, isto deve-se em parte à capacidade das ameixas secas para suprimirem a taxa de reabsorção óssea, o que reduz os riscos de fractura óssea.

ALERT Life Sciences Computing, S.A (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/comer-ameixas-secas-ajuda-a-evitar-fracturas-e-osteoporose?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20110829)
Manga pode ajudar a prevenir o cancro

A manga, fruta tropical de sabor exótico, contém em si substâncias com um grande potencial no combate a células cancerosas de vários tipos de tumores, refere um estudo do Texas AgriLife Research, divulgado pelo sítio “Eurekalert”.

SusanneTalcott, membro da equipa de investigadores, explicou que, apesar de a manga ter cinco vezes menos capacidade antioxidante que a uva, ela pode ter um impacto positivo contra diversos tipos de tumores.

Em testes laboratoriais com extractos de polifenóis das cinco variedades mais comuns da fruta, os cientistas descobriram que esses componentes tinham algum impacto sobre as células cancerosas do pulmão, da próstata e do sangue (leucemia).

Contudo, o maior efeito foi observado em células tumorais da mama e do intestino. “Verificámos que nem todas as linhas celulares são sensíveis, na mesma medida, a um agente antitumoral, mas as linhas de células de cancro da mama e do cólon sofreram apoptose, ou morte celular programada (ou seja, o processo tumoral foi interrompido)”, explicou a investigadora.

A cientista, que realizou o estudo em parceria com o seu marido, Steve Talcott, disse ainda à Eurekalert que, quando foram testadas células saudáveis do cólon e células cancerosas do cólon, se verificou que os polifenóis da manga não prejudicaram as células saudáveis.

ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/manga-pode-ajudar-a-prevenir-o-cancro)

Chá de papaia reduz crescimento de tumores e não é tóxico

O chá do extracto da folha de papaia inibe o crescimento de células cancerosas e não produz efeitos tóxicos, revela um estudo publicado no “Journal of Ethnopharmacology”.

Os poderosos efeitos anticancerígenos da papaia já foram confirmados laboratorialmente numa ampla variedade de tumores, incluindo os do útero, da mama, do fígado, do pulmão e do pâncreas.

Neste trabalho, coordenado pelo investigador Nam Dang, da University of Florida, nos EUA, em conjunto com cientistas japoneses, foram utilizados dez tipos de linhas celulares tumorais, as quais foram expostas a um extracto de papaia com diferentes concentrações durante 24 horas. Após esse período, os efeitos foram medidos e verificou-se que a concentração reduziu o crescimento dos tumores em todas as culturas. Também foi verificado que os efeitos anticancerígenos eram mais evidentes quando as células eram expostas a concentrações maiores de chá.

Contudo, segundo os cientistas, o que este estudo traz de novo reside no facto de se ter comprovado, pela primeira vez, que o extracto de folha de papaia estimula a produção de moléculas sinalizadoras denominadas de citoquinas tipo Th1, essenciais na regulação do sistema imunitário por ajudarem na luta directa contra os tumores.

Além disso, o facto de o extracto da papaia não possuir qualquer efeito tóxico nas células normais evita uma consequência devastadora comum em muitas terapias antitumorais.

ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/cha-de-papaia-reduz-crescimento-de-tumores-e-nao-e-toxico)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Febre no bebé pode não ser um sinal de dentição

Estudo publicado na revista “Pediatrics”

Se um bebé está irritadiço, a babar e com febre, com frequência a culpa é atribuída à dentição, mas um estudo recente descobriu que o romper dos dentes pode levar a que a temperatura suba ligeiramente, mas não fora do normal.

Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil, publicado na revista “Pediatrics” descobriu que, embora a temperatura do bebé suba ligeiramente no dia que rompe um dente, a febre não é um sintoma de dentição.

“Não houve qualquer associação entre a febre e o romper dos dentes primários", disse, em comunicado de imprensa, a autora do estudo Joana Ramos-Jorge, acrescentando que esse resultado surpreendeu-a “porque, tal como grande parte da população, também acreditava que a febre poderia ser um sinal do romper de um dente."

E, embora os bebés sejam mais propensos a sintomas como irritabilidade, não conseguir dormir bem e um aumento da salivação no dia que o dente rompe e no dia seguinte, os investigadores não conseguiam distinguir quais os bebés em que o romper de um dente estava prestes a acontecer segundo estes sintomas no dia anterior.

Em geral, o primeiro dente a nascer (normalmente os dois dentes frontais inferiores) acontece quando os bebés têm entre quatro e sete meses. Um ou dois meses mais tarde, geralmente, começam a aparecer os quatro dentes superiores, e a maioria das crianças têm todos os seus dentes primários por volta dos três anos, dizem os especialistas.

Para esclarecer os sinais e sintomas da dentição, os especialistas analisaram 47 bebés, entre os 5 e os 15 meses, durante um período de oito meses. No dia em que o dente rompeu, as crianças eram mais propensas a ter corrimento nasal, diarreia, erupção cutânea, perda de apetite e a sentirem-se irritados, a babarem ou a terem um aumento de salivação e um sono de má qualidade. No entanto, as temperaturas dos bebés tendiam a aumentar apenas uns décimos no dia em que o dente estava a romper e no dia seguinte (cerca de 36,98 C º).


Fonte: http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/febre-no-bebe-pode-nao-ser-um-sinal-de-denticao?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20110822

Beber café moderadamente não afecta gravidez

As mulheres grávidas que bebem três chávenas de café por dia não correm mais riscos de terem partos prematuros ou darem à luz bebés com peso inferior ao normal, indica um novo estudo publicado na revista médica britânica "British Medical Journal"

A investigação, da Universidade de Arrhus, na Dinamarca, contraria resultados de estudos anteriores que indicavam que a cafeína consumida pelas grávidas podia passar facilmente para o feto, causando-lhe problemas no metabolismo.

O novo trabalho - que se baseou em mais de mil grávidas até 20 semanas - afirma não existir qualquer relação entre o consumo moderado de cafeína e o desenvolvimento da gravidez.

Para realizar o estudo, os investigadores administraram café a metade do grupo de mulheres e descafeinado às restantes e acompanharam o peso dos 1.150 bebés recém-nascidos e a duração das gravidezes. Segundo os resultados obtidos, o peso médio dos bebés nascidos das mulheres que beberam café descafeinado foi 16 gramas superior ao das que tomaram cafeína, enquanto a sua gravidez foi dois dias mais longa, em média, do que as do outro grupo.

O estudo, segundo o qual as diferenças encontradas "não têm qualquer relevância", refere que o grupo das que tomaram cafeína teve 4,2% de partos prematuros e 4,5% de bebés com peso inferior ao normal. As percentagens correspondentes às grávidas que tomaram café descafeinado foram de 5,2% e 4,7% respectivamente, indica o estudo.

Fontes: Lusa e Imprensa Internacional (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/beber-cafe-moderadamente-nao-afecta-gravidez)


Cafeína reduz risco de cancro da pele

Estudo publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences”

A cafeína parece proteger a pele ao nível molecular contra certos tumores, de acordo com um estudo publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS) que explica como funciona esse processo.

O estudo, liderado por Masaoki Kawasumi, da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em Seattle, EUA, usou ratinhos geneticamente modificados para reduzir a função na pele da ataxia telangiectasia e da enzima relacionada Rad3 (ATR).

Estudos anteriores indicaram que a cafeína inibia a ATR e, deste modo, promovia a morte das células com ADN danificado.

Entre os ratos geneticamente modificados expostos aos raios ultravioletas, com a acção da proteína ATR fortemente reduzida, os tumores da pele desenvolveram-se três semanas mais tarde que nos outros roedores que não foram manipulados geneticamente.

Após 19 semanas de exposição aos raios ultravioletas, os ratos geneticamente modificados tinham 69% menos tumores na pele, e quatro vezes menos tumores agressivos que os ratos “normais”.

A persistência da radiação acabou por danificar as células da pele dos ratos geneticamente modificados após 34 semanas de exposição. Os resultados sugerem que os efeitos protectores da cafeína contra os raios ultravioletas, já documentados noutros estudos, explicam-se provavelmente pela inibição da proteína ATR durante a fase pré-cancerosa, antes de os tumores da pele induzidos pelos raios ultravioletas se desenvolverem totalmente, destacam os cientistas em comunicado de imprensa.

Os cientistas sugerem que a aplicação tópica de cafeína na pele possa ser útil na prevenção de tumores, com o benefício adicional de absorver a luz ultravioleta directamente, actuando, assim, como um protector solar.

Fonte: http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/cafeina-reduz-risco-de-cancro-da-pele?utm_source=NL_NOTICIAS_DESTAQUES&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20110822 ALERT Life Sciences Computing, S.A.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Diabetes tipo 2 eliminada com cirurgia

ICBAS e Hospital de São Sebastião promovem estudo


O bypass gástrico metabólico, uma modalidade de cirurgia bariátrica, conduz a uma elevada taxa de desaparecimento da diabetes tipo 2 e melhora o controlo metabólico nos casos em que a doença persiste, revelou um estudo desenvolvido por investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira).

Mariana Monteiro, endocrinologista que colidera esta investigação a par do cirurgião Mário Nora, explicou ao “Ciência Hoje” que esta alternativa permite “reduzir o volume do estômago e fazer com que os alimentos não passem por parte do intestino, diminuindo o percurso do trânsito intestinal em dois metros”, enquanto o “bypass clássico elimina apenas 70 centímetros deste ‘percurso’”.

Segundo a especialista, esta cirurgia provoca um “aumento das hormonas que fomentam a função pancreática” e “permite uma remissão maior da diabetes do que a descrita para o bypass clássico”. Contudo, não é conhecido o mecanismo por detrás desse incremento. “Sabemos que as hormonas aumentam mas ainda não conhecemos a razão que desencadeia essa resposta”, sublinhou.

Os resultados obtidos pelos investigadores do ICBAS e do CHEDV não deixam margens para dúvidas. Participaram 94 doentes obesos com diabetes tipo 2, que foram submetidos a bypass gástrico metabólico e que tiveram um acompanhamento médio de 2,6 anos.

A percentagem de excesso de peso perdido foi de 69 por cento e a taxa de desaparecimento da diabetes, definida pela normalização dos níveis de glicose e ausência de tratamento com fármacos antidiabéticos, foi de 92 por cento aos dois anos e cem por cento aos três, um valor superior aos 84 por cento que estão descritos para o bypass clássico.

Diabetes tipo 2

A diabetes tipo 2 está fortemente associada ao excesso de peso e 60 a 70 por cento dos doentes diabéticos são obesos. Dieta, exercício e medicamentos antidiabéticos continuam a ser os componentes-chave para o tratamento da doença. No entanto, apesar da terapêutica médica adequada, a glicemia tende a aumentar com os anos de duração da doença, reflectindo a progressiva deterioração da função pancreática.

Desta forma, a investigação realizada demonstrou que o bypass gástrico metabólico em doentes obesos está associado a uma alta taxa de desaparecimento da diabetes tipo 2 e da melhoria do controlo metabólico.

Investigadores querem testes novos doentes

Este modelo de cirurgia bariátrica é, de acordo com Mariana Monteiro, apenas “permitida” em doentes com Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 35 quilogramas por metro quadrado. Além disso, é “reconhecidamente o tratamento mais eficaz da diabetes tipo 2 em doentes obesos, estando associada a taxas de desaparecimento da doença que variam consoante a técnica utilizada”.

Tendo em conta que também há evidências de que esta cirurgia possa ser benéfica em doentes diabéticos apenas com excesso de peso ou graus menores de obesidade - embora seja ainda necessária a confirmação com estudos controlados -, o mesmo grupo de investigadores está já a realizar um estudo para avaliar os benefícios desta técnica cirúrgica em doentes diabéticos com excesso de peso ou obesidade com um IMC inferior a 35 quilogramas por metro quadrado, anunciou a endocrinologista.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=50334&op=all

Novos anti-depressivos são mais nocivos para idosos

Estudo verificou que problemas de saúde aumentam


Anti-depressivos são os medicamentos mais vendidos em todo o mundo

Os novos medicamentos anti-depressivos, chamados inibidores selectivos de receptação de serotonina, podem aumentar o risco de graves problemas de saúde em idosos, comparativamente com os fármacos mais tradicionais – tricíclicos -, conclui um estudo publicado na revista “British Medical Journal”.

Uma equipa de cientistas da universidade britânica de Notthingham e East Anglia analisou dados de mais de 60 mil pessoas com mais de 65 anos, a quem tinha sido diagnosticado depressão, entre 1996 e 2007, e concluiu que os ataques de coração, as apoplexias, as quedas, as convulsões e, mesmo, as mortes eram mais frequentes em doentes que tomaram os inibidores de serotonina.

A investigação revela que os idosos que não foram tratados com qualquer anti-depressivo apresentavam um risco de sete por cento de morte devido a distintas causas. O risco aumentou 8,1 por cento para os pacientes tratados com anti-depressivos tricíclicos e 10,6 por cento para os doentes que tomaram inibidores selectivos de receptação de serotonina.

Os inibidores são usados geralmente em casos de depressão ligeira ou moderada de doentes em regime ambulatório, ao passo que os anti-depressivos tricíclicos se destinam a aliviar sintomas como a ansiedade.

Para o estudo foram ponderados outros factores, além da idade, como o sexo, a gravidade da depressão, outras doenças e a toma de outros medicamentos.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=50343&op=all