Recidiva do melanoma maior do que a esperada
Estudo publicado no “Journal of the American College of Surgeons”
A recidiva do melanoma é mais comum 10 ou mais anos após o início do
tratamento do que o anteriormente pensado, ocorrendo em mais de um em
cada 20 pacientes, sugere um estudo publicado no “Journal of the
American College of Surgeons”.
Para o estudo os investigadores do Saint John's Health Center, nos EUA,
contaram com a participação de 4.731 pacientes que tinham sido
diagnosticados com melanoma e que foram acompanhados durante um longo
período de tempo. Após uma década sem sinais de cancro, 408 dos
participantes tiveram uma recidiva.
O estudo constatou que, nos primeiros 15 anos após o tratamento
inicial, a taxa de recidiva foi de 6,8%, e ao fim de 25 anos foi de
11,3%. Após os investigadores terem incluído apenas os pacientes que
tinham sido submetidos ao tratamento inicial, foi constatado que 6,9%
dos 4.731 pacientes sofreram uma recaída deste tipo de cancro.
“Ao que tudo indica a recidiva do melanoma nunca é completamente
eliminada”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do
estudo, Mark Faries. De acordo com estes resultados, o investigador
defende que os pacientes diagnosticados com melanoma deveriam ser
acompanhados ao longo de toda a vida.
Os investigadores também constataram que a recaída tardia deste tipo de
cancro era menos predominante nos homens, comparativamente com os
pacientes cujo cancro tinha reativado nos primeiros três anos. Foi ainda
observado que os pacientes cujo cancro não foi reativado pelo menos nos
primeiros dez anos eram, em média, mais novos comparativamente com
aqueles em que houve uma reativação precoce.
O estudo apurou que, comparativamente com os pacientes que tiveram uma
recaída precoce, os que tiveram uma recaída tardia tinham um melanoma
com características mais favoráveis e apresentavam um risco 40% menor de
morrer deste tipo de cancro.
"Felizmente, a grande maioria dos pacientes com melanoma que não têm
sinais de doença ao longo de mais de 10 anos, não têm uma recidiva.
Contudo, os pacientes necessitam de estar cientes de que os sintomas
persistentes ou inexplicados, em qualquer zona do organismo, podem ser
um sinal da recidiva do melanoma, devendo certificar-se junto do seu
médico que os sintomas não estão relacionados”, conclui o investigador.
Fonte - ALERT Life Sciences Computing, S.A. (http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/recidiva-do-melanoma-maior-do-que-a-esperada?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20130708)
Sem comentários:
Enviar um comentário